Hubble capta galáxias de 10 bilhões de anos para estudar as mais raras
Imagem foi possível graças a uma nova técnica de pesquisa chamada 3D-DASH, que fornece maior campo de visão e um levantamento completo de infravermelhos próximos
Imagem de galáxias dos
últimos 10 bilhões de anos testemunhadas no programa 3D-DASH (Foto: Lamiya
Mowla)
Uma imagem de galáxias de 10 bilhões de anos divulgada nesta segunda
(6) por cientistas internacionais é o resultado do poder de uma nova e
revolucionária tecnologia acoplada ao Telescópio Espacial Hubble. A foto é
considerada a maior imagem de infravermelho próximo já obtida pelo instrumento para o projeto
Cosmic Evolution Survey (Cosmos) e foi captada graças a técnica de pesquisa
3D-DASH.
Esta é também considerada a primeira vez que a 3D-DASH fornece aos
estudiosos um levantamento completo dos famosos infravermelhos próximos – ou
seja, mais visíveis. Sendo um servidor de pesquisa em alta resolução, essa
tecnologia possibilita a vizualização de objetos e galáxias raras no espaço.
Quanto mais longo e vermelho é o comprimento de onda observado pelo Hubble,
mais perto está do infravermelho próximo – o que significa que as galáxias, por
mais distantes e antigas que sejam, podem ser visualizadas pelos astrônomos.
Essas imagens são possíveis de serem captadas, pois esse tipo de
pesquisa consegue criar imagens até oito vezes maiores do que o campo de visão
padrão do Hubble. Conhecida como drift and shift (perambular e deslocar), a
técnica produz diversas fotos ao mesmo tempo e, depois, as une em um mosaico
mestre, semelhante ao ato de tirar uma foto panorâmica em um smartphone, o que
permite a visualização de uma área maior do nosso Universo.
Além disso, a 3D-DASH consegue capta fotos mais rapidamente, alcançando
a marca de oito fotos por órbita do Hubble, atingindo em apenas 250 horas o que
era alcançado em 2 mil horas com técnincas anteriores.
“A 3D-DASH adiciona uma nova camada de observações únicas no projeto
Cosmic Evolution Survey e também é um trampolim para as pesquisas espaciais da
próxima década”, comenta em nota Ivelina Momcheva, chefe de ciência de dados do
Instituto Max Planck de Astronomia e investigadora principal do estudar.
Os benefícios que essa nova técnica pode gerar, segundo a equipe do Instituto Max Planck, é a catalogação de novas galáxias e estrelas raras, que podem ser acompanhadas na próxima década pelos telescópios James Webb, Romano Nancy Grace e Euclides. Além disso, os dados colhidos em alta resolução por esse tipo de pesquisa podem auxiliar na criação de novas técnicas para analisar esses grandes conjuntos de dados.
Fonte: Galileu
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