Anel de poeira “perdido” de Urano é redescoberto
Quase
quarenta anos após o lançamento da missão Voyager 2, da NASA, os astrônomos
ainda estão descobrindo fatos novos a respeito do anel zeta, de Urano. Até
agora, essa missão foi a primeira a visitar o gigante de gelo. Graças a ela,
foi detectada a presença de anéis em Urano.
O
anel zeta visto pelos pesquisadores em determinada ocasião pregou uma peça nos
profissionais, pois eles ninguém voltou a localizá-lo por quase 20 anos. O
cientista planetário Matthew Hedman delclarou que “por muito tempo pensamos que
só tínhamos duas imagens deste anel. Isso mostra que há muitas informações
ainda codificadas nos dados da Voyager que merecem uma segunda olhada”.
Os
cientistas pensaram que tinham “perdido” o anel mais próximo de Urano porque
ele não era visível em nenhuma imagem individual. Entretanto, o processador de
imagens amador Ian Regan conseguiu recombinar uma série de imagens para que o
recurso aparecesse. De acordo com Hedman, o processador conseguiu fornecer “a
visão mais abrangente do anel zeta que existe e não sabíamos que estava nos
dados da Voyager há décadas”.
Graças
a imagem, os pesquisadores conseguiram informações suficientes para calcular a
distância entre o anel e Urano -cerca de 37 mil quilômetros acima do planeta-,
e conseguiram estimar o seu brilho. O Observatório Keck, no Havaí, reuniu as
primeiras observações do anel zeta desde a Voyager 2, em 2007. Essas
observações mostraram o anel a 40 mil quilômetros acima do planeta — um pouco
mais longe de Urano do que as observações da Voyager 2 mostraram.
De
acordo com os dados comparados da Voyager 2 e do Observatório Keck, a
localização do anel não era corroborada entre os estudos. “Algo mudou sobre este
anel ao longo de 20 anos. Nós ainda não temos certeza do que é”, alegou Hedman.
Além
desse suposto afastamento observado, os cientistas também indicam que um sinal
mais forte foi detectado nas observações do Keck. O cientista disse que “[o
anel] ficou significativamente mais brilhante, o que significa que a poeira foi
introduzida no sistema em algum momento”.
Novas missões direcionadas para explorar Urano e seu anel
Uma
das hipóteses levantadas é de que Urano poderia ter sido atingido por uma rocha
espacial, que se fragmentou em detritos, e se estabeleceu no anel zeta.
Todavia, o que aconteceu provavelmente foi dramático o suficiente para afetar
os anéis, mas também não ter sido captado pelos radares dos cientistas.
Nos
próximos anos, Urano voltará a ser explorado. A NASA vai planejar uma grande
missão come essa finalidade. Porém, em um primeiro momento, os cientistas
ficarão privados de dados por algumas décadas. Felizmente, o Telescópio
Espacial James Webb está colaborando até mesmo na observação desses anéis de
Urano, uma esperança para os pesquisadores que estudam sobre esse planeta.
Fonte: Olhar Digital
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