Telescópio James Webb mostra detalhes de um berçário de estrelas em imagens
O
telescópio James Webb revelou detalhes do berçário de estrelas da nebulosa
Carina, localizada a cerca de 7.600 anos-luz de distância da Terra. As imagens,
tiradas em julho deste ano, passaram agora por uma análise mais completa pelos
cientistas da NASA, que descreveram toda a atividade energética dos Penhascos
Cósmicos, região gasosa que é parte do aglomerado estelar conhecido como NGC
3324.
O termo
Penhascos Cósmicos diz respeito ao visual que a dinâmica responsável pela
formação de estrelas (pontos amarelos brilhantes) vai esculpindo no espaço.
Isso cria a aparente paisagem de montanhas e vales no aglomerado (em tom
alaranjado), com picos que podem chegar a 7 anos-luz de altura.
A imagem
ainda destaca o fluxo de hidrogênio molecular (em vermelho), um ingrediente
fundamental para a formação estelar e excelente rastreador de seus estágios
iniciais. Já o “vapor”, que parece sair dos “paredões”, é na verdade gás
ionizado e poeira expulsos do NGC 3324 devido à intensa radiação.
Segundo
comunicado da agência espacial, a descoberta do James Webb marca o início de
uma nova era de investigação da formação de estrelas massivas, como o nosso
Sol. Em adição, abre novos caminhos para entender os efeitos de suas radiações
no desenvolvimento de planetas. Tudo isso foi possível graças à sensibilidade
dos instrumentos de observação infravermelho, em alta resolução do telescópio.
A análise
do James Webb juntamente com dados de 16 anos atrás do Hubble também fez com
que astrônomos conseguissem compreender melhor o quão ativas são essas regiões
de formação estelar. Com isso, os cientistas foram capazes de rastrear a
velocidade e direção de dezenas de jatos de energia e fluxos de matéria de
protoestrelas — candidatas a se tornar estrelas de fato, caso sua massa seja
grande o suficiente, o que nesse caso deve acontecer em breve.
Além disso,
as primeiras imagens do telescópio James Webb entregaram uma visão mais
completa para pesquisadores conseguirem encontrar outros ambientes com
condições de origem similares às do nosso próprio Sistema Solar.
Fonte: NASA
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