Buraco negro supermassivo pode ter "assassinado" sua própria galáxia
Localizada
a cerca de 12,5 bilhões de anos-luz de distância, a galáxia GS-9209 foi
observada pela primeira vez no início dos anos 2000. Por apresentar algumas
peculiaridades, os astrônomos usaram telescópios terrestres para estudá-la e
descobriram que ela não está muito ativa.
Agora,
foi a vez de obter dados sobre ela com o Webb, ou seja, observar suas luzes em
infravermelho. Isso permitiu medir a distância da galáxia, que antes era
confusa devido à interferência da atmosfera da Terra.
Com
isso, os cientistas perceberam que essa galáxia se formou 600 milhões de anos
após o Big Bang, com uma enorme explosão de formação estelar. Isso ocorreu
devido às condições turbulentas do universo jovem e o colapso de uma nuvem de
gás gigantesca.
Quasares
acumulam uma grande quantidade de material ao redor de si, girando tão rápido
que atinge temperaturas o suficiente para afastar nuvens de gás próximas. “Se
você tem um buraco negro enorme e coisas estão caindo nele, isso leva a muita
energia irradiando desse acréscimo”, disseram os autores.
Embora
o estudo não seja conclusivo, os autores disseram que “este é basicamente o
único processo que pensamos ser capaz de injetar energia suficiente no gás da
galáxia em um curto espaço de tempo para aquecê-lo de forma que não colapse
para formar mais estrelas ou para limpar completamente a galáxia de gás
formador de estrelas”.
Não
é a primeira vez que astrônomos encontram galáxias “mortas”, mas esta é a mais
distante delas, ou seja, é a luz mais antiga já obtida de uma galáxia desse
tipo.
Fontes: Live Science
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