NGC 1087: A fascinante Galáxia Serpente revelada pelo Telescópio Hubble
Uma nova imagem capturada pelo Telescópio Espacial Hubble destaca uma distante galáxia com uma aparência de serpente, apresentando braços espirais adornados com estrelas jovens e maduras.
Esta imagem do Telescópio Espacial Hubble apresenta a galáxia espiral em forma de serpente NGC 1087, cujos braços giratórios abrigam estrelas novas e antigas. (Crédito da imagem: Telescópio Espacial Hubble da NASA, ESA, R. Chandar (Universidade de Toledo) e J. Lee (Instituto de Ciência do Telescópio Espacial); Processamento: Gladys Kober (NASA/Universidade Católica da América))
Aproximadamente
80 milhões de anos atrás, a luz originária desta galáxia iniciou sua jornada em
direção à Terra, um período que antecede a extinção dos dinossauros. Esta
imagem está sendo revelada como parte da Semana da Galáxia Hubble da NASA,
celebrada de 2 a 7 de outubro.
A
galáxia em foco é a NGC 1087, uma galáxia espiral situada na constelação de
Cetus. Esta região específica do céu noturno recebe seu nome de um lendário
monstro marinho grego e serve como a residência celestial das conhecidas
constelações de Aquário e Peixes.
Os
fragmentados filamentos de luz vermelha indicam a presença de gás molecular
frio, que serve como a matéria-prima fundamental para a formação e evolução de
novas estrelas ao longo de inúmeras eras. Em contraste, as áreas azuis abrigam
estrelas quentes que se formaram no passado distante, muitas das quais se
acredita pertencerem a uma categoria rara de estrelas altamente instáveis,
conhecidas como Wolf-Rayet.
Apesar
de sua luminosidade, a NGC 1087 é famosa por hospedar apenas um evento
documentado de supernova, que ocorreu em agosto de 1995, coincidindo com um
aumento temporário na luminosidade da galáxia.
No
entanto, a característica mais proeminente da NGC 1087 é a sua barra branca e
brilhante, repleta de estrelas, posicionada no centro de seus intrincados
rastros de gás. Essa região abriga sinais intrigantes de formação de estrelas,
tornando a galáxia um tema fascinante para os astrônomos estudarem. A barra se
assemelha, embora em menor escala, à barra central de nossa própria Via Láctea.
Os
desafios inerentes à nossa localização dentro da Via Láctea tornam extremamente
difícil mensurar com precisão o tamanho e a forma de sua barra central.
Portanto, galáxias semelhantes à NGC 1087, que exibem atributos semelhantes,
são de grande interesse para estudos observacionais.
A
NGC 1087, quando observada a partir de nossa posição, é visível um pouco ao sul
do equador celeste, tornando-a visível tanto no hemisfério norte quanto no
hemisfério sul.
De
acordo com uma declaração que acompanha a imagem recém-revelada, os astrônomos
utilizam o Telescópio Espacial Hubble, que iniciou sua missão em órbita
terrestre em 1990, para obter insights sobre o destino de bolsões de gás após o
nascimento de estrelas dentro deles, entre uma infinidade de outros
empreendimentos científicos.
Este
avançado telescópio espacial tem sido uma ferramenta inestimável para a
exploração do cosmos. Ele nos oferece uma visão sem precedentes do universo
distante, permitindo que os astrônomos estudem galáxias, estrelas, planetas e
fenômenos cósmicos com detalhes surpreendentes. Além disso, tem desempenhado um
papel fundamental na nossa compreensão da evolução do universo e das forças que
o moldam.
Uma
das características notáveis da NGC 1087 é a presença de gás molecular frio,
representado pelas fibras de luz vermelha na imagem. Esse gás é o ingrediente
fundamental para a formação de novas estrelas. À medida que o gás se condensa e
se aglomera sob a influência da gravidade, ele eventualmente se acende e se
transforma em estrelas jovens e quentes. As áreas azuis na imagem representam
essas estrelas recém-formadas, algumas das quais pertencem a uma classe rara de
estrelas chamadas Wolf-Rayet, conhecidas por sua instabilidade e alta
temperatura.
Embora
a NGC 1087 brilhe intensamente no espaço, ela é notável por ter apenas um
evento de supernova conhecido, que ocorreu em agosto de 1995. Esses eventos
explosivos marcam o fim da vida de estrelas massivas e liberam enormes
quantidades de energia e material no espaço circundante.
Um
dos aspectos mais intrigantes da NGC 1087 é sua barra central brilhante e
estrelada, localizada no coração de seus braços espirais. Essa barra é
semelhante, embora menor, à barra central da nossa própria Via Láctea, a
galáxia em que a Terra reside. A presença de uma barra central em galáxias é
uma característica comum e desempenha um papel importante na dinâmica e
evolução desses sistemas estelares massivos.
A
Via Láctea também possui uma barra central, que é muito maior em escala do que
a da NGC 1087. Essa barra é formada por estrelas e serve como um ponto focal
para o movimento das estrelas na galáxia. A presença de uma barra central em
galáxias como a NGC 1087 é de grande interesse para os astrônomos, pois ajuda a
entender melhor a formação e evolução desses sistemas estelares complexos.
A
localização da NGC 1087 no céu noturno a torna visível tanto para observadores
no hemisfério norte quanto para aqueles no hemisfério sul. Isso a torna um alvo
acessível para astrônomos em todo o mundo que desejam estudar suas
características e aprender mais sobre a evolução das galáxias espirais.
O
Telescópio Espacial Hubble, lançado em órbita terrestre em 1990, tem
desempenhado um papel crucial na exploração do universo e na expansão de nosso
conhecimento sobre o cosmos. Com sua capacidade de capturar imagens de alta
resolução e coletar dados precisos sobre objetos celestes distantes, o Hubble
continuará a ser uma ferramenta indispensável para a pesquisa astronômica nos
anos vindouros.
Fonte:
Hypescience.com
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