Grande Nuvem de Magalhães: Mapeamento Estelar Transforma Nossa Visão de Galáxia Próxima
A Grande Nuvem de Magalhães é
mapeada de forma complexa pela Gaia da ESA, com foco em suas estrelas mais
brilhantes e áreas significativas como a 30 Doradus, usando técnicas avançadas
de imagem.
O satélite Gaia da ESA revela a Grande Nuvem de Magalhães em detalhes impressionantes, empregando mapeamento de radiação em vez de fotografia para mostrar suas estrelas massivas e brilhantes e regiões proeminentes de formação de estrelas como a 30 Doradus. Crédito: ESA/Gaia/DPAC
A Grande Nuvem de Magalhães (LMC), uma das galáxias mais próximas da nossa Via Láctea, conforme vista pelo satélite Gaia da Agência Espacial Europeia usando informações do segundo lançamento de dados da missão.
Esta visão não é uma fotografia, mas foi compilada mapeando a quantidade total de radiação detectada pelo Gaia em cada pixel, combinada com medições da radiação obtidas por diferentes filtros na espaçonave para gerar informações de cor.
A imagem é dominada pelas
estrelas mais brilhantes e massivas, que ofuscam em muito suas contrapartes
mais fracas e de menor massa. Nesta visão, a barra da LMC é delineada em grande
detalhe, junto com regiões individuais de formação de estrelas como a gigante
30 Doradus, visível logo acima do centro da galáxia.
Visão artística do satélite Gaia em frente à Via Láctea. Crédito: ESA/ATG medialab; fundo: ESO/S. Brunier
A missão Gaia da Agência Espacial
Europeia é um projeto ambicioso projetado para criar o mapa 3D mais preciso e
abrangente da Via Láctea. Lançada em dezembro de 2013, a Gaia opera de uma
posição estável a aproximadamente 1,5 milhão de quilômetros da Terra, na
direção oposta ao Sol, conhecida como o segundo ponto de Lagrange (L2). Sua
missão é crucial para entender a composição, formação e evolução da nossa
galáxia.
Os instrumentos sofisticados da
Gaia medem as posições, distâncias e movimentos das estrelas com precisão sem
precedentes. A espaçonave é equipada com dois telescópios ópticos e uma câmera
de bilhões de pixels, a maior já voada no espaço, o que lhe permite observar
mais de um bilhão de estrelas, aproximadamente 1% do total da Via Láctea. Essas
observações ajudam os cientistas a juntar as peças do quebra-cabeça galáctico,
fornecendo insights sobre as propriedades físicas das estrelas, como
luminosidade, temperatura e composição.
Os dados coletados pela Gaia têm
imenso valor científico, contribuindo para uma ampla gama de campos
astronômicos. Além de mapear estrelas, Gaia também detecta e cataloga milhares
de exoplanetas, asteroides dentro do nosso sistema solar e galáxias distantes.
Além disso, ele testa a teoria da relatividade geral de Einstein medindo a
curvatura da luz das estrelas pela gravidade do Sol. A missão de Gaia,
originalmente programada para durar até 2020, foi estendida, prometendo
pesquisas e descobertas ainda mais detalhadas que continuam a moldar nossa
compreensão do cosmos.
Fonte: scitechdaily.com
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