Energia escura holográfica: um novo modelo para entender a expansão do universo

Após a descoberta da expansão acelerada do Universo, os cientistas introduziram o conceito de energia escura, mas ele enfrentou desafios como o problema da constante cosmológica.

A descoberta da expansão acelerada do Universo levou ao problemático conceito de energia escura. Cientistas do IKBFU propuseram um modelo holográfico estável baseado em princípios quânticos, visualizando o Universo como uma entidade holográfica. 

Pesquisadores da IKBFU desenvolveram um modelo de energia escura holográfica com base na gravidade quântica, que vê o Universo como um holograma. Inicialmente, o modelo era instável, mas foi aprimorado tratando a energia escura como perturbações, o que o estabilizou. Agora, ele está sendo testado com base em dados observacionais para avaliar sua precisão.

Descoberta da Expansão Acelerada do Universo:

Em 1998, os cientistas fizeram uma descoberta surpreendente: o Universo está se expandindo de forma acelerada. Para explicar esse fenômeno, eles introduziram o conceito de energia escura, uma forma misteriosa de energia que preenche todo o espaço-tempo, mas que ainda não pode ser detectada diretamente. Embora a energia escura tenha sido incorporada ao modelo cosmológico padrão, alguns problemas como a constante cosmológica e o ajuste fino ainda não foram resolvidos. Por isso, novos modelos estão sendo desenvolvidos para tentar explicar melhor essa expansão acelerada.

Explorando a Energia Escura Holográfica:

Cientistas da Universidade Federal Báltica Immanuel Kant (IKBFU), em Kaliningrado, consideraram um modelo alternativo, chamado de energia escura holográfica, e provaram sua viabilidade. Os resultados dessa pesquisa foram publicados na revista *Physics Letters B*.

“É uma maneira um pouco diferente de entender a expansão acelerada do Universo. Ela vem do princípio holográfico, que se baseia na gravidade quântica e na teoria das cordas. Segundo esse princípio, todos os valores dentro de um volume podem ser descritos por parâmetros observados na sua fronteira. Em outras palavras, o Universo pode ser representado como um holograma, e pode ser descrito pelos parâmetros em suas bordas”, explica Alexander Tepliakov, pesquisador da IKBFU.

Revisando os Modelos de Energia Escura:

Em 2004, foi sugerido um novo modelo de energia escura dentro desse princípio holográfico. No entanto, esse modelo também tinha uma falha: a energia escura costumava ser representada como um líquido que preenche o Universo de maneira homogênea. Para analisar as flutuações nesse “líquido”, os cientistas usaram um parâmetro chamado “quadrado da velocidade do som”. Se esse valor fosse negativo, o modelo seria considerado instável. Estudos anteriores mostraram esse resultado negativo no modelo de energia escura holográfica.

Verificando a Precisão do Modelo com Dados Observacionais:

Os pesquisadores sugeriram que a energia escura holográfica não deveria ser vista como um líquido, mas como perturbações em vez disso, levando em conta as propriedades métricas do espaço. Eles concluíram que o modelo é estável, ou seja, ele é realista.

“Agora, precisamos entender o quanto nosso modelo corresponde aos dados observacionais fornecidos por telescópios espaciais. Em 2024, dados mais precisos, como a relação entre o desvio para o vermelho de supernovas do tipo Ia e oscilações acústicas de bárions, ficaram disponíveis para análise. Comparando nosso modelo cosmológico proposto com esses dados, podemos avaliar se ele realmente descreve o Universo de maneira precisa”, conclui Alexander Tepliakov.

Fonte: scitechdaily.com

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