10 fatos surpreendentes sobre buracos negros. A #1 é inacreditável
Se você fizer parte do grupo de cientistas que pensa que os buracos negros realmente existem, então você crê que ele é uma grande quantidade de matéria espremida em uma pequena área com uma enorme força gravitacional para o seu tamanho. De acordo com a teoria vigente, muitos buracos negros se formam a partir de estrelas moribundas gigantes que entram em colapso. E isso é quase tudo que sabemos sobre esses objetos extremamente misteriosos, que nos surpreendem a todo momento. Veja 10 maneiras pelas quais eles nos intrigam:
10. Nossos antepassados podem ter visto o buraco negro da Via Láctea
Durante décadas, muitos cientistas acreditavam que as fontes de raios-X extremamente brilhantes, conhecidas como fontes ultraluminosas ULX, eram causadas por buracos negros comendo estrelas ou outras matérias. Quando a imensa gravidade de um buraco negro atrai o gás de uma estrela vizinha, o gás desce em espiral para formar um disco de acreção em torno do buraco negro. O gás é aquecido a temperaturas extremamente altas e libera luz brilhante de raios-X em todas as direções. Quanto maior o buraco negro se alimentando, maior o brilho. Essa era a teoria, até observarmos uma fonte ULX que pulsava na galáxia vizinha M82, emitindo um feixe de raios-X que passava pela Terra a cada 1,37 segundo como um farol. O problema é que os buracos negros não pulsam. Pulsares pulsam. Pulsar é uma estrela de nêutrons (o remanescente de uma estrela morrendo que não é grande o suficiente para se tornar um buraco negro) que emite luz de raios-X a partir de seus polos magnéticos como um farol. Mas o pulsar na galáxia M82 é 100 vezes mais brilhante do que a sua massa devia permitir, de acordo com uma teoria da física chamada de “limite de Eddington”. Esse pulsar não deveria ser uma fonte ULX. Agora, os astrônomos precisam reexaminar outras fontes ULX para ver se elas pulsam. Tudo que sabemos com certeza é que não podemos mais assumir que toda fonte ULX é um buraco negro.
8. Comilança sem limites
Até recentemente, os cientistas pensavam que o tamanho de um buraco negro determinava a velocidade máxima em que ele poderia se alimentar e produzir luz (o limite de Eddington). Então descobriram P13, um buraco negro na galáxia NGC7793 que gira em torno de uma estrela supergigante canibalizando-a. P13 engole a estrela 10 vezes mais rápido do que os astrônomos acreditavam ser possível. Ele é provavelmente 15 vezes menor do que o nosso sol, mas um milhão de vezes mais brilhante. Além disso, tem a capacidade de devorar sua estrela companheira em menos de um milhão de anos, o que é muito rápido no tempo cósmico. Como o pulsar M82, P13 é uma fonte de raios-X ultraluminosa que viola absurdamente o limite de Eddington. Os astrônomos agora acham que pode não haver um limite de quanto um buraco negro pode comer.
7. Buracos negros supermassivos podem ser mais numerosos do que pensávamos
6. Buracos negros no início do universo comiam mais rápido
Cientistas não entendiam muito bem como um buraco negro poderia começar a vida com um número estimado de 10 massas solares e em seguida crescer rapidamente para mais de um bilhão de massas solares logo após o Big Bang. Em condições normais, o gás puxado em direção a um buraco negro espirala para baixo e forma um disco de acreção. Algum gás escorre para dentro do objeto, mas vários processos retardam o crescimento do buraco. Assim, a teoria é que o universo primitivo continha correntes de gás frio muito mais densas do que as que existem hoje. Um buraco negro jovem teria se movido rapidamente, mudando continuamente de direção e se alimentando dos gases ao seu redor. Estas mudanças de direção rápidas podem ter deixado o buraco comer material diretamente destas correntes densas. À medida que o buraco negro crescia, ele comia ainda mais rápido. Em cosmicamente rápidos 10 milhões de anos, o buraco negro teria crescido de 10 massas solares para 10.000 massas solares. Depois, essa taxa de crescimento teria diminuído.
5. Buracos negros podem impedir a formação de estrelas
4. O olho de Sauron pode mostrar quanto os buracos negros pesam
Os astrônomos pensam que os buracos negros supermassivos nos centros das galáxias têm 40% mais massa do que originalmente foi teorizado. Isso pode ajudar a explicar por que o limite de Eddington não funciona com alguns objetos. Para chegar a essa conclusão, pesquisadores utilizaram a galáxia NGC 4151, cujo núcleo ativo é chamado de “Olho de Sauron” porque parece seu homônimo do Senhor dos Anéis. Uma técnica anterior havia estimado a distância da Terra ao buraco negro central de NGC 4151 entre 13 a 95 milhões de anos-luz. Cientistas decidiram usar os telescópios Keck no Havaí e matemática simples para chegar a um resultado com quase 90% de precisão. O buraco negro da NGC 4151 é ativo, alimentando-se de gás nas proximidades e produzindo luz de raios-X. Esta radiação ultravioleta, em seguida, aquece um anel de poeira que orbita o buraco negro. Observando a atividade do buraco por 30 dias, os pesquisadores calcularam a distância entre ele e o anel de poeira. Isso foi utilizado para formar a base de um triângulo isósceles. Depois de medir o ângulo no céu a partir do anel de poeira, os pesquisadores usaram geometria simples para calcular a distância do Olho de Sauron como aproximadamente 62 milhões de anos-luz. Isso agora dá-lhes a capacidade de medir a massa do buraco negro supermassivo com maior precisão.
Até recentemente, a maioria dos pesquisadores acreditava que o espaço-tempo não poderia ser turbulento. Mas três cientistas transformaram essa crença quando decidiram analisar se a gravidade poderia comportar-se como um fluido. Sob as condições corretas, os fluidos são turbulentos. Os pesquisadores usaram buracos negros que giram rápido para provar esse conceito no seu estudo. O espaço-tempo é menos viscoso em torno de buracos negros rápidos, o que aumenta a possibilidade de turbulência. “Ao longo dos últimos anos, passamos de uma séria dúvida sobre se a gravidade poderia ser turbulenta para uma alta confiança de que pode”, disse o pesquisador Luis Lehner. Em pouco tempo, isso pode ir de uma constatação teórica a uma observável. Novos instrumentos em breve terão a capacidade de detectar ondas gravitacionais, ondulações no espaço-tempo que se comportam como ondas no oceano quando um barco navega por ele. No espaço, fluido gravitacional pode repercutir em grandes eventos cósmicos, como quando dois buracos negros colidem.
2. O centro de um mistério galáctico
1. Nosso universo pode ter sido gerado de um buraco negro 4D
[Listverse]
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