Asteroide camuflado pelo Sol quase atingiu a Terra
O UA1, nome dado ao asteroide, tinha meros dois metros de diâmetro e
sobrevoou a Antártica a uma distância de 3000km do solo. Apesar de parecer
longe, o asteroide passou mais perto do planeta do que muitos satélites, sendo
o terceiro meteoro mais próximo da Terra em sua trajetória.
Felizmente, o tamanho do UA1 era irrisório para causar qualquer dano na
superfície terrestre. Isso porque todo o material do meteoro provavelmente iria
queimar na atmosfera antes de poder explodir nas terras geladas da Antártica.
O problema deste meteoro, contudo, foi a sua discrição. Acontece que
especialistas apenas conseguiram detectar o asteroide ao menos 4 horas após ele
ter passado sobre o ponto mais próximo da Terra de sua trajetória.
Segundo especialistas, isso ocorreu pois o asteroide veio em direção à
Terra numa posição contrastante com o Sol. Assim, a luz da nossa estrela pode
ter ofuscado o asteroide camuflado e evitado a sua detecção.
Todos os corpos celestes que chegam a uma distância mínima do planeta
(194,5 milhões de km), ademais, recebem a denominação de NEOs, ou Near-Earth
Objects. A própria NASA tem um departamento apenas para estudo destes
asteroides, o CNEOS. O principal objetivo desta equipe, entre diversas outras,
é monitorar asteroides possivelmente perigosos, para evitar que tenhamos um fim
parecido com o dos dinossauros.
Como evitar o próximo asteroide
Para representar uma ameaça realmente significativa contra a Terra, um
asteroide precisa atingir os 140 metros de diâmetro. A título de comparação, o
asteroide que atingiu a Península de Iucatán e eliminou os dinossauros do
planeta tinha 9,6 mil metros de diâmetro.
Apesar da maioria dos NEOs não chegarem nem perto do asteroide dos
dinossauros, contudo, diversos órgãos espaciais, como a NASA, estão preocupados
em rastrear e combater essas ameaças.
No dia 24 de novembro deste ano, por exemplo, a Agência Espacial
Americana irá lançar uma missão com o objetivo de atingir o asteroide Didymos
(de 780 metros de diâmetro) com uma nave remota de alta velocidade. Com essa
estratégia, pesquisadores buscam avaliar a possibilidade de desviar trajetórias
de NEOs com impactos controlados.
Apesar da passagem do asteroide camuflado UA1 ter sido por pouco,
todavia, não há motivo para se preocupar até o momento. Isso porque um meteoro
de tamanho significativo provavelmente teria sido detectado muito antes do que
neste caso, mesmo contra a luz do Sol.
Fonte: socientifica.com.br
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