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Mostrando postagens de abril, 2016

Temporizadores microscópicos revelam fonte provável da radiação espacial galácticas

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Um enxame de estrelas massivas, visto pelo Telescópio Espacial Hubble. Este enxame é rodeado por nuvens de gás e poeira interestelar a que chamamos nebulosa. A nebulosa, localizada a 20.000 anos-luz de distância na constelação Quilha (Carina), contém o enxame central de estrelas gigantes e quentes, com o nome de NGC 3603. Investigações recentes mostram que os raios cósmicos galácticos que fluem para o nosso Sistema Solar são originários de enxames como este. Crédito: NASA/U. Virginia/INAF, Bolonha, Itália/USRA/Ames/STScI/AURA De acordo com novos resultados da missão ACE (Advanced Composition Explorer) da NASA, a maioria dos raios cósmicos que detetamos cá na Terra foram criados há relativamente pouco tempo em enxames estelares vizinhos. O ACE permitiu com que a equipa de investigação determinasse a fonte destes raios cósmicos através das primeiras observações de um tipo muito raro de raio cósmico que atua como um pequeno temporizador, limitando a distância a que a fonte poderá esta

Hubble flagra estrela “inflando” uma bolha gigante

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Em comemoração ao aniversário de 26 anos do telescópio Hubble, no dia 24 de abril, uma imagem captada por ele recebe destaque. Ela mostra uma enorme bolha sendo criada no espaço por uma estrela massiva.  Enquanto o Hubble completa a sua 26ª translação ao redor de nossa estrela, o sol, celebramos esse evento com uma imagem espetacular de uma interação empolgante de uma estrela jovem com seu ambiente”, diz o astronauta John Grusfeld.  A Nebulosa da Bolha, ou NGC 7635, tem sete anos-luz de diâmetro – cerca de 1,5 vezes a distância entre o sol e Alpha Centauri, a estrela mais próxima. Ela fica na constelação de Cassiopeia, a 7,1 anos-luz da Terra. A Câmara de Grande Angular 3 (Wide Field Camera 3) do Hubble captou a imagem da bolha em fevereiro de 2016. A Nebulosa é um dos poucos objetos espaciais que já foi observado com diferentes equipamentos do Hubble, nos anos de 1999 e 1992. Esta bolha fica ao redor de uma estrela de massa 45 vezes maior que a do sol. O vento estelar de ve

Faróis cósmicos revelam núcleo da Via Láctea

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O plano da Via Láctea, visto no infravermelho pelo satélite WISE. Crédito: NOAO/AURA/NSF/AIP/A. Kunder Uma equipe internacional de astrónomos liderada pela Dra. Andrea Kunder do Instituto Leibniz de Astrofísica de Podstam, Alemanha, e pelo Dr. R. Michael Rich da Universidade da Califórnia em Los Angeles, EUA, descobriu que os 2000 anos-luz centrais da Via Láctea abrigam uma população antiga de estrelas. Essas estrelas têm mais de 10 mil milhões de anos e as suas órbitas no espaço preservam o início da história da formação da Via Láctea. Pela primeira vez, a equipe "desembaraçou" este componente antigo da população estelar que atualmente domina a massa central da Galáxia. Os astrónomos usaram o espectrógrafo AAOmega do AAT (Anglo Australian Telescope) perto de Siding Spring, Austrália, e focaram-se numa classe bem-conhecida e antiga de estrelas, as chamadas variáveis RR Lyrae. O brilho destas estrelas pulsa mais ou menos uma vez por dia, o que as torna mais difíc

O Hubble acabou de descobrir uma lua lá no fundo de nosso Sistema Solar

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Astrônomos acabam de descobrir uma nova lua se escondendo no nosso próprio Sistema Solar. Ela foi encontrada orbitando o planeta Makemake, o terceiro maior planeta anão do Sistema Solar. Então como nunca o encontramos antes no nosso próprio quintal? A nova lua, chamada temporariamente de S/2015 (136472), com o apelido MK2 (em homenagem ao planeta), conseguiu permanecer escondida todo esse tempo porque é incrivelmente escura. A lua reflete tão pouca luz que ficou praticamente invisível quando comparada à luz refletida por Makemake. A MK2 é 1300 vezes menos brilhante que o planeta que orbita. Ela só foi identificada porque astrônomos decidiram apontar as lentes do Hubble para a região do Makemake por mais de duas horas seguidas em abril de 2015. O astrônomo Alex Parker, do Southwest Research Institute no Texas, estava verificando informações captadas e enxergou uma luz fraca se movendo ao redor do Makemake.  Eu tinha certeza que alguém já tinha a visto”, contou Parker ao Nationa

Experiência final da VENUS EXPRESS lança luz sobre atmosfera polar de VÉNUS

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Visualização da Venus Express durante a manobra de aerotravagem, na qual a sonda orbitou Vénus a uma altitude de aproximadamente 130 km entre 18 de junho e 11 de julho de 2014. No mês anterior, a altitude foi reduzida gradualmente de cerca de 200 km para 130 km.  Crédito: ESA - C. Carreau Alguns dos resultados finais enviados pela sonda Venus Express da ESA, antes de mergulhar através da atmosfera do planeta, revelaram a presença de ondas atmosféricas - e uma temperatura média de -157º C, mais frio do que em qualquer outro lugar da Terra. Além de nos dizer muito sobre as regiões polares - anteriormente inexploradas - de Vénus, e de melhorar o nosso conhecimento deste vizinho planetário, a experiência é uma grande promessa para a missão ExoMars da ESA, que está neste preciso momento a caminho do Planeta Vermelho. Os resultados foram publicados na edição de 11 de abril de 2016 da revista Nature Physics. A Venus Express da ESA chegou a Vénus em 2006. Passou oito anos a explora

A elegância da NGC 4111

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A elegante simplicidade da NGC 4111, vista aqui numa imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble, da NASA/ESA, esconde uma história muito mais violenta do que você possa imaginar. A NGC 4111 é uma galáxia lenticular, ou em forma de lente, que localiza-se a cerca de 50 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Canes Venatici. Galáxias lenticulares são um tipo intermediário de galáxias, entre as elípticas e as espirais. Elas abrigam estrelas velhas como as galáxias elípticas e possuem um disco como uma galáxia espiral. Contudo, aí é onde as similaridades terminam: elas se diferem das elípticas pois elas possuem um bulbo e um disco fino, mas são diferentes das espirais pois os discos lenticulares contêm muito pouco gás e poeira, e não apresenta nenhum tipo de estrutura, que caracteriza as galáxias espirais. Nessa imagem nós observamos o disco da NGC 4111 de lado, então ele aparece como uma fina lâmina de luz no céu. Numa primeira olhada, a NGC 4111 se parece

Objeto solitário de massa planetaria em família de estrelas

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Um mundo que flutua livremente, sozinho no espaço. Pensa-se que este objeto, chamado WISEA J114724.10−204021.3, seja uma anã castanha de baixa-massa, uma estrela sem massa suficiente para queimar combustível nuclear e brilhar como uma estrela normal. Os astrónomos usaram dados do WISE e do 2MASS para descobrir o objeto em TW Hydrae - uma associação de estrelas com 10 milhões de anos. Crédito: NASA/JPL-Caltech Em 2011 , astrónomos anunciaram que a nossa Galáxia está provavelmente repleta de planetas que flutuam livremente. De facto, estes mundos solitários, que ficam em silêncio na escuridão do espaço sem quaisquer companheiros planetários ou até mesmo uma estrela hospedeira, podem superar o número de estrelas na nossa Via Láctea. A descoberta surpreendente leva à questão: de onde é que estes objetos vêm? São planetas expulsos de sistemas solares, ou são na realidade estrelas leves chamadas anãs castanhas que se formam sozinhas no espaço como as estrelas? Um novo estudo, uti

Primeiro exoplaneta foi observado em 1917 - mas ninguém notou

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Placa fotográfica feita em 1917 mostrando o espectro da estrela de van Maanen. O destaque mostra as fortes linhas surpreendentemente fortes dos elementos pesados. [Imagem: Carnegie Institution] Primeiro planeta extrassolar detectado Com centenas de milhares de placas fotográficas de observações astronômicas feitas ao longo de mais de um século, a equipe dos Observatórios Carnegie, nos EUA, não estranhou quando receberam a solicitação de uma antiga observação que continha o espectro eletromagnético da estrela de van Maanen, uma anã branca descoberta pelo astrônomo holandês Adriaan van Maanen em 1917. Espectros estelares são gravações da luz emitida pelas estrelas. O espectro se estende ao longo de todas as cores componentes da luz, como um arco-íris emergindo de um prisma. Sua principal utilização é na determinação da composição química de uma estrela, mas eles também dão informações sobre como a luz emitida por uma estrela é afetada pelo material que ela atravessa em seu

A medição da taxa de expansão do Universo cria quebra-cabeça cosmológica

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Imagem combinando luz visível, infravermelho e raio-X de M101 , a Galáxia do Catavento, uma das estudadas Trabalhando com um método novo para medir a expansão do universo, que usa lâmpadas padrão em vez do mapa da radiação cósmica de fundo, físicos trabalhando nos Estados Unidos encontraram um valor 8% maior do que o previsto pelas leis da física atuais. Este resultado, se confirmado por trabalhos independentes, pode forçar uma revisão na compreensão de como a matéria escura e a energia escura têm influenciado a evolução do universo nos últimos 13,8 bilhões de anos, e alguma coisa no modelo padrão de partículas provavelmente vai ter que mudar. Acho que há algo no modelo cosmológico padrão que não entendemos”, afirmou o pesquisador Adam Riess, da Universidade Johns Hopkins, um dos codescobridores da energia escura em 1998.  Desde a descoberta da energia escura, a evolução do universo tem sido explicada em termos da competição entre o efeito de expansão desta energia, que

Sonda Cassini descobre matéria de fora do sistema solar

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Desde 2004 , a sonda Cassini tem orbitado Saturno e estudado o planeta gigante, seus anéis e suas luas. Uma das coisas que ela tem feito é coletar milhões de grãos de poeira com gelo, com o instrumento de análise de poeira cósmica. A maioria destes grãos se originou dos jatos que estão em ação ainda hoje na lua Encélado. Mas dentre estes, existem uns poucos, meros 36 grãos, que se destacam dos outros.  Pela análise dos cientistas, estes ciscos de matéria têm sua origem no espaço interestelar, o espaço imenso, escuro e frio que há entre as estrelas. Não que a descoberta tenha sido inesperada – nos anos 1990, a missão conjunta da NASA/ESA Ulysses fez a primeira observação deste material, mais tarde confirmado pela sonda Galileu. A origem destes grãos foi determinada como sendo uma nuvem interestelar local, uma bolha de gás e poeira praticamente vazia que está sendo atravessada pelo nosso sistema solar. Mas como os cientistas determinam que aqueles grãos são de origem interestel

Misterioso alinhamento de buracos negros é descoberto por astrônomos

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Uma imagem de rádio do espaço profundo mostrou uma coisa espantosa: vários jatos relativísticos de buracos negros supermassivos orientados na mesma direção. A imagem foi feita por pesquisadores da Universidade da Cidade do Cabo e Universidade do Cabo Ocidental, na África do Sul. O curioso da imagem, além dos jatos em rádio, é que eles apontam na mesma direção. A causa deste fenômeno estranho é, provavelmente, uma flutuação de massa no universo primordial. A imagem só se tornou possível por causa de um levantamento de ondas de rádio feito pelo Giant Metrewave Radio Telescope, GMRT, ou Rádio Telescópio Metrewave Gigante, por um período de 3 anos.  Os jatos são produzidos pelos buracos negros supermassivos no centro de galáxias, e a única possibilidade para estarem alinhados é todos estarem girando na mesma direção . A descoberta, com o título “Alignments of Radio Galaxies in Deep Radio Imaging of ELAIS N1”,  foi publicada no periódico  Monthly Notices of the Royal Astronomical Soci

5 estrelas estranhas encontradas em nossa galáxia

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A Via Láctea é o lar de cerca de 200 bilhões de estrelas. Como em uma grande cidade, apesar da maioria das pessoas parecer normal, você inevitavelmente vai encontrar alguns esquisitos no meio de toda a gente. Nossa galáxia não é exceção. Escondendo-se em nosso céu estão algumas das mais excêntricas estrelas conhecias. Elas se destacam desafiando nossas expectativas e até mesmo o nosso senso comum, forçando os astrônomos a repensar os limites do que é fisicamente possível e suas suposições fundamentais sobre o universo. Estrelas cobertas com nuvens de metal Estas estrelas exóticas são um tipo de anã branca – pequenos remanescentes superdensos de estrelas como o nosso sol. Por “superdenso”, queremos dizer que uma colher de chá desse material pesaria cerca de 15 toneladas. Agora imagine o mesmo objeto assustadoramente denso coberto de nuvens metálicas. É importante notar que o termo “nuvens” pode ser um pouco enganador. Nuvens sobre uma anã branca não se assemelham às nuve

No interior da Fornalha Ardente

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O Telescópio de Rastreio do VLT captura o Aglomerado da Fornalha Esta nova imagem , obtida pelo Telescópio de Rastreio do VLT (VST) instalado no Observatório do Paranal do ESO no Chile, mostra a concentração de galáxias conhecida por Aglomerado da Fornalha, que se situa na constelação da Fornalha no hemisfério sul. O aglomerado comporta uma quantidade de galáxias de todas as formas e tamanhos, algumas das quais escondem alguns segredos. Galáxias parecem ser "sociais", gostando de se juntar em grupos grandes, a que chamamos aglomerados . Na realidade é a gravidade que mantém as galáxias unidas num aglomerado, como se de uma única identidade se tratassem, com a força gravitacional a ser exercida tanto por grandes quantidades de matéria escura invisível como por galáxias que podemos ver. Os aglomerados contêm entre cerca de 100 a 1000 galáxias e podem ter dimensões que vão desde os 5 aos 30 milhões de anos-luz . Os aglomerados de galáxias não têm formas claramente definid

Astronomia: A supernova que atingiu a Terra

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Explosão de supernova atingiu a Terra cerca de 2 milhões de anos atrás, dizem cientistas BEM ME QUER, MAL ME QUER - É difícil dizer se supernovas são heroínas ou vilãs. Esse é o nome a que se dá às imensas explosões que ocorrem às estrelas de alta massa quando elas esgotam seu combustível e não conseguem mais se manter estáveis. Parece ruim, não é? A FANTÁSTICA FÁBRICA - Acontece que é graças a elas que elementos mais pesados — como oxigênio, carbono e ferro — são produzidos e então espalhados pelo Universo. No Big Bang, foram fabricados apenas hidrogênio, hélio e um tantinho de lítio. VALEU, SUPERNOVA! Sem esse semear feito por algumas supernovas caridosas na nuvem de gás primordial que deu origem ao Sol e seus planetas, há 4,6 bilhões de anos, nós não poderíamos estar aqui. Os átomos mais pesados que estão no seu corpo hoje foram forjados no coração das estrelas. OPORTUNO, MAS NÃO PARA O MOMENTO - Em compensação, depois que já estamos aqui, felizes, contentes e s

NASA avista algo muito estranho no interior do ‘Anel de Einstein’

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Um misterioso círculo espacial, conhecido como o Anel de Einstein, pode esconder outra galáxia, segundo os cientistas. O ‘Anel de Einstein’ é produzido por uma vasta galáxia que “dobra a luz” de uma galáxia que fica atrás dela, a quase 12 bilhões de anos luz de distância. Agora, os cientistas parecem ter visto uma ‘galáxia anã’ através do Anel, o que provavelmente levará a muitas outras descobertas. Em 2014, os astrônomos estudaram uma variedade de objetos astronômicos para testar o poder de um novo telescópio de alta resolução. Uma das imagens experimentais mostra o Anel de Einstein, produzido pela gravidade de uma galáxia sobre outra, que está a quase 12 bilhões de anos luz de distância. Este fenômeno, chamado de lente gravitacional, foi previsto pela teoria da relatividade de Einstein e oferece uma poderosa ferramenta para estudar as galáxias que, de outra forma, estariam distantes demais para se observar. A nova descoberta pode oferecer aos cientistas uma forma de observ