Ligação explosiva
Astrónomo do Porto revê teoria Ao observar os jatos de gás de uma estrela binária distante, o astrónomo Paulo Garcia deu de caras com um fenómeno explosivo. É o que acontece quando colidem as estruturas magnéticas de dois sóis. Bem longe no céu, a 378 anos-luz de nós, na constelação do Camaleão, um novo sistema solar está em processo de formação. No seu centro, rodeado por um disco de gás, poeira e outros fragmentos de matéria, encontra-se uma das estrelas mais brilhantes, dentro da sua classe, que se podem observar do hemisfério sul. Conhecido entre os astrónomos como HD 104237, este objeto distingue-se do nosso Sol por uma característica que faz toda a diferença: em vez de uma, estamos perante duas enormes bolas de gás incandescente. Ou seja, trata-se de uma estrela binária. Uma das pessoas que se sentiram atraídas pelos seus mistérios foi Paulo Garcia, investigador da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). À frente de uma equipe internacional consti...