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Mostrando postagens de julho 30, 2018

A Batalha de NGC 3256

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   Marcada por uma região central excecionalmente brilhante, faixas rodopiantes de poeira e longas caudas de maré, a peculiar NGC 3256 é o rescaldo de uma colisão verdadeiramente cósmica. O confronto entre duas galáxias separadas, que já dura há 500 milhões de anos, abrange cerca de 100 mil anos-luz nesta imagem nítida do Hubble. Claro, quando duas galáxias colidem, as estrelas individuais raramente o fazem. Gigantescas nuvens galácticas de gás molecular e poeira interagem e produzem explosões espetaculares de formação estelar. Neste embate galáctico, as duas galáxias espirais originais tinham massas semelhantes. Os seus discos não são mais distintos e os dois núcleos galácticos estão escondidos pela poeira obscurecida. Na escala de tempo de algumas centenas de milhões de anos os núcleos provavelmente também fundir-se-ão à medida que NGC 3256 se torna uma única grande galáxia elíptica. NGC 3256 propriamente dita está quase a 100 milhões de anos-luz de distância na direção da cons

Físicos querem encontrar quinta dimensão estudando a gravidade

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Já há algumas ideias sobre como "ver" dimensões extras do espaço - alguns físicos acreditam que a matéria escura pode ser extradimensional.[Imagem: Andrew J. Hanson/Indiana University] Dimensão perdida   "Qual é a 5ª dimensão? Eu sei que a primeira é a altura, a segunda é a largura, a terceira é a profundidade e a quarta, o tempo. Mas ninguém parece saber o que é a quinta!". Esta pergunta foi enviada por Lena Komaier-Peeters, uma menina de 12 anos, a um programa de divulgação científica da emissora britânica BBC. Os organizadores do programa foram tentar encontrar alguma pista para responder às perguntas da garota no LHC, o maior experimento científico já construído, onde físicos do mundo todo tentam desvendar os segredos da matéria. E foram para lá por uma boa razão: algumas teorias indicam que o LHC pode dar pistas sobre os grávitons, hipotéticas partículas que explicariam a força da gravidade e, ao dar essa explicação, poderiam comprovar a existência de

M31 colidiu com galáxia massiva há 2 mil milhões de anos

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Nesta imagem, a Galáxia de Andrómeda dilacera a grande galáxia M32p, que eventualmente resultou na formação de M32 e de um grande halo de estrelas.  Crédito: Richard D'Souza. Imagem de M31 cortesia de Wei-Hao Wang. Imagem do halo estelar de M31 cortesia da AAS/IOP Cientistas da Universidade de Michigan deduziram que a Galáxia de Andrómeda, a nossa grande vizinha galáctica mais próxima, destruiu e canibalizou uma enorme galáxia há dois mil milhões de anos.   Apesar de ter sido em grande parte despedaçada, esta galáxia massiva deixou para trás uma rica trilha de evidências: um halo quase invisível de estrelas maior do que a própria Galáxia de Andrómeda, um elusivo fluxo de estrelas e uma enigmática galáxia compacta, M32. A descoberta e estudo desta galáxia dizimada ajudará os astrónomos a entender como galáxias de disco como a Via Láctea evoluem e sobrevivem a grandes fusões. Esta galáxia perturbada, de nome M32p, era o terceiro maior membro do Grupo Local de galáxias, d

Tecnologia de raios-X revela matéria nunca antes vista em torno do buraco negro

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O buraco negro em Cygnus X-1 é uma das fontes mais brilhantes de raios-X no céu. A luz perto do buraco negro vem da matéria sugada pela sua companheira. Crédito: NASA, ESA, Martin Kornmesser Em um estudo de colaboração internacional, cientistas do Japão e da Suécia esclareceram como a gravidade afeta a forma da matéria em torno do buraco negro no sistema binário Cygnus X-1. Os pesquisadores criaram dois modelos que podem ajudá-los a entender melhor a física da gravidade e a evolução dos buracos negros e das galáxias.   Perto do centro da constelação de Cygnus, uma estrela orbita o primeiro buraco negro descoberto no universo. Juntos, eles formam um sistema binário conhecido como Cygnus X-1. Este buraco negro é também uma das fontes mais brilhantes de raios-X no céu. No entanto, os cientistas não tinham certeza sobre a geometria da matéria que dá origem a essa luz.  Para descobrir isso, a equipe do novo estudo precisou desenvolver uma técnica chamada de “polarimetria de rai

Telescópio terrestre iguala Hubble em qualidade das imagens

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A imagem do planeta Netuno da esquerda foi obtida pelo telescópio terrestre VLT. A imagem da direita é uma imagem semelhante obtida pelo Hubble. Note que as duas imagens não foram capturadas no mesmo momento e nem da mesma posição, por isso as estruturas na superfície do planeta não são iguais.[Imagem: ESO/P. Weilbacher (AIP)/NASA/ESA/M.H. Wong/J. Tollefson] Telescópio com qualidade espacial   O VLT, um dos maiores telescópios do mundo, instalado no Chile, estreou seu novo sistema de óptica adaptativa com um feito histórico: atingindo uma qualidade das imagens similar - superior em alguns detalhes - à do telescópio espacial Hubble. Os telescópios espaciais são muito mais caros e não podem ser consertados - o Hubble até que podia, enquanto existiam os ônibus espaciais - mas têm a grande vantagem de sofrerem a interferência da atmosfera terrestre, o que gera imagens tipicamente mais nítidas. Mas a tecnologia da óptica adaptativa está permitindo tirar essa diferença ao

Primeiro teste bem sucedido da relatividade geral de Einstein realizado perto de buraco negro supermassivo

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Culminação de 26 anos de observações do coração da Via Láctea obtidas com instrumentos do ESO Observações obtidas com o Very Large Telescope do ESO revelaram pela primeira vez os efeitos previstos pela relatividade geral de Einstein no movimento de uma estrela passando no campo gravitacional extremo existente próximo do buraco negro supermassivo situado no centro da Via Láctea. Este resultado, há muito procurado, representa o culminar de uma campanha de observações de 26 anos realizada com os telescópios do ESO no Chile. Obscurecido pelas espessas nuvens de poeira, o buraco negro supermassivo mais perto da Terra situa-se a cerca de 26 000 anos-luz de distância, no centro da Via Láctea. Este monstro gravitacional, com uma massa de 4 milhões de vezes a massa solar, encontra-se rodeado por um pequeno grupo de estrelas que o orbitam a alta velocidade. Este meio extremo — o campo gravitacional mais forte da nossa Galáxia — é o local ideal para explorar a física gravitacional e, p

Conheça 5 curiosidades sobre cometas e asteroides

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Podemos não conhecer cada canto do nosso planeta como deveríamos, mas considerando nosso avanço tecnológico atual, a exploração espacial é um caminho natural a se seguir. Esse é um longo trajeto, onde precisaremos desenvolver novas soluções de transporte e vida no espaço, enquanto tentamos conhecer melhor os corpos celestes que estão ao nosso redor. Uma das melhores formas de se entender as origens do Sistema Solar é observando cometas e asteroides, pois sua formação ocorreu junto dele, há aproximadamente 4,6 bilhões de anos. Quando os comparamos com planetas, são relativamente pequenos, mas sua composição pode ajudar a entender melhor como tudo se formou.  Muito se fala, mas algumas pessoas desconhecem fatos bem interessantes sobre cometas e asteroides. Veja abaixo 5 curiosidades sobre esses corpos celestes, que são parte fundamental da nossa realidade. 1. Diferença entre eles Cometas se formaram em regiões mais distantes do Sol, e isso se reflete em sua composição, que é ba