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Mostrando postagens com o rótulo Meteorito

Água da Terra não veio a bordo de meteoritos derretidos

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  Meteoritos secos demais  A água compõe 71% da superfície da Terra, mas ninguém sabe como ou quando essa quantidade maciça de água se formou. Curiosamente, a hipótese preferida dos cientistas é de que a água foi trazida de fora para o nosso planeta. Mas a possibilidade de a água ter vindo a bordo de cometas vem sendo largamente descartada pelos dados observacionais. Sem mecanismos conhecidos para explicar a formação da água terrestre, os cientistas estão procurando de onde ela veio e quem pode tê-la trazido. [Imagem: Jack Cook/Woods Hole] Agora foi a vez de descartar que alguns meteoritos - asteroides que caíram na Terra - tenham sido os carregadores da água da Terra. Os pesquisadores analisaram meteoritos derretidos que flutuavam no espaço desde a formação do Sistema Solar, 4,5 bilhões de anos atrás, e constataram que esses meteoritos tinham um teor de água extremamente baixo - na verdade, eles estão entre os materiais extraterrestres mais secos já medidos. Esses resultados,

Um meteorito de 2021 contém água alienígena e elementos para a vida

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A rocha espacial que se chocou com um campo em Gloucestershire (Reino Unido) em 2021 abriga blocos de construção de água extraterrestre e DNA. No ano passado, um meteorito raro sobreviveu à entrada atmosférica e caiu no Reino Unido. Fê-lo num campo na cidade de Gloucestershire. 12 meses depois, os cientistas revelaram que a rocha espacial continha água extraterrestre eblocos de construção de DNA. Este meteorito, chamado Winchcombe, foi o primeiro de seu tipo já descoberto no Reino Unido. Ao coletá-lo rapidamente, o público e os cientistas garantiram que ele permanecesse em condições quase intocadas para que os pesquisadores examinassem os materiais que ele continha. Agora, os cientistas publicaram os resultados do que encontraram na revista Science Advances. Seu artigo apóia a teoria de que rochas espaciais, como o meteorito Winchcombe, carregavam do espaço profundo os elementos e moléculas necessários que eventualmente deram origem à vida na Terra. Ingredientes necessários para

Análise de meteoritos marcianos derruba teoria de formação de planetas

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Novo estudo derruba ideias anteriores sobre como os planetas rochosos se formam. (imagem NASA)   A atmosfera em Marte pode ter se formado de uma maneira que contradiz as teorias atuais, dizem pesquisadores da Universidade da Califórnia, Davis, EUA. A equipe chegou a essa conclusão graças a uma nova análise do meteorito Chassigny, que caiu na Terra no nordeste da França em 1815 e acredita-se que represente o interior marciano. As teorias atuais de formação de planetas sugerem que planetas rochosos como a Terra e Marte adquiriram elementos químicos voláteis, como hidrogênio, carbono, oxigênio, nitrogênio e gases nobres, como o criptônio, da nebulosa ao redor de sua estrela-mãe durante os estágios iniciais de sua formação. Inicialmente, esses elementos se dissolveram (tecnicamente, eles “inseriram”) no manto dos planetas, que naquele momento existia como um oceano de rocha derretida, ou magma, na superfície. Mais tarde, quando o oceano de magma cristalizou, o oceano “desgaseificou”

Explosão no laboratório cria técnica para estudar impactos de meteoritos

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  Dano causado no equipamento pela explosão da amostra de glicina se assemelha ao impacto causado por meteoros na superfície terrestre.[Imagem: Kaveh Edalati et al. - 10.1038/s41598-022-09735-3] Crateras de impacto Ao estudar uma possível reação química entre compostos trazidos do espaço por asteroides e cometas, dois pesquisadores do Brasil e dois do Japão tiveram uma surpresa inesperada: Sem querer, eles criaram uma autêntica cratera de impacto, como as que se formam quando esses corpos celestes caem na superfície terrestre. As crateras de impacto são de grande interesse para várias disciplinas, da mineralogia à biologia, porque o impacto gera pressões e calor dificilmente reprodutíveis mesmo em condições de laboratório, gerando novos minerais e compostos químicos. E, embora os eventos de impacto sejam tipicamente associados à extinção em massa, Ricardo Floriano e Augusto Luchessi, da Unicamp, em conjunto com dois pesquisadores da Universidade de Kyushu, estavam interessados no

Meteoritos que ajudaram a formar a Terra podem ter sido formados perto do Sistema Solar exterior

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  Impressão de artista da cintura de asteroides. Crédito: NASA/JPL-Caltech Pensa-se que o nosso Sistema Solar se tenha formado a partir de uma nuvem de gás e poeira, a chamada nebulosa solar, que começou a condensar-se gravitacionalmente há aproximadamente 4,6 mil milhões de anos. À medida que esta nuvem se contraía, começou a girar e a moldar-se num disco em volta da massa de mais alta gravidade no seu centro, que se tornaria o nosso Sol.  O nosso Sistema Solar herdou toda a sua composição química de uma estrela ou estrelas anteriores, que explodiram como supernovas. O nosso Sol retirou uma amostra geral deste material à medida que se formava, mas o material residual no disco começou a migrar com base na sua propensão para congelar a uma dada temperatura e a formar corpos planetários. À medida que o jovem Sol irradiava o disco circundante, criou um gradiente de calor no Sistema Solar primitivo. Por esta razão, os planetas interiores, Mercúrio, Vénus, a Terra e Marte, são na sua maio

Meteorito que caiu na Rússia pode ter origem em colisão que formou a Lua

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  Fragmento de asteroide que atingiu a cidade de Chelyabinsk em 2013 contém pistas de dois impactos, sendo que o mais antigo é do período de formação do satélite natural Um dos fragmentos do meteorito de Cheliabinsk encontrados ao redor da área de impacto (Foto: Svend Buhl / Meteorite Recon/Creative Commons ) Cientistas fizeram uma análise microscópica no meteorito que caiu na cidade russa de Chelyabinsk em 2013 e concluíram que ele pode ter se originado de um asteroide envolvido em um enorme impacto que formou a Lua. A hipótese foi apresentada em um artigo científico publicado em fevereiro no jornal científico Communications Earth & Environment.  A teoria intrigante se deu a partir de um novo método para datar a colisão de asteroides e corpos planetários ao longo da existência do Sistema Solar. A técnica foi utilizada por uma equipe liderada por pesquisadores da Universidade de Cambridge, em colaboração com experts da Open University e da Academia Chinesa de Ciências.  Os espe

Meteorito vulcânico é mais antigo que a Terra

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  Pedaço do meteorito EC 002, mais antigo do que a Terra, mas formado por vulcões.  [Imagem: A. Irving] Meteorito mais antigo que a Terra   Um meteorito encontrado em 2020 nas areias do deserto do Saara, na Argélia, é cerca de 2 milhões de anos mais antigo do que a Terra, tendo sido formado nas primeiras eras do Sistema Solar.  Uma equipe de cientistas franceses e japoneses, que analisou o meteorito Erg Chech 002 (ou EC 002), acredita que ele pode ser um pedaço de um protoplaneta que teria sido destruído antes de se estabilizar.   Isto porque as análises mostraram que a rocha foi formada por processos vulcânicos e levou pelo menos 100.000 anos para resfriar e endurecer.   Andesito   Diferentemente dos meteoritos acondritos comuns, que têm composição basáltica e já são bastante raros, o EC 002 é constituído por uma outra rocha vulcânica, o andesito.  Na Terra, o andesito é encontrado principalmente em zonas de subducção - áreas onde as placas tectônicas colidiram e uma foi empur

Cerâmica em meteoritos questiona teoria de formação do Sistema Solar

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O nosso Sistema Solar não tinha as condições amenas e constantes que se acreditava até agora. [Imagem: NASA/JPL-Caltech] Formação dos planetas   A teoria atual de formação dos planetas propõe que um disco protoplanetário - o material que sobrou da formação da estrela e que continua girando ao seu redor - aos poucos coalesce em aglomerados que irão formar os planetas e luas.   A visão predominante é que o nosso Sol, por exemplo, esfriou suave e continuamente, e os objetos que se formaram ao seu redor nasceram a partir do gás e da poeira, que se condensaram aos poucos.   Mas não foi bem isso que Justin Hu e Nicolas Dauphas, da Universidade de Chicago, nos EUA, encontraram quando começaram a estudar pequenos pedaços de cerâmica encontrados no interior de meteoritos, que são verdadeiras cápsulas do tempo porque seu interior mantém um registro das condições prevalecentes no momento da formação do Sistema Solar.   Um tipo particular de meteorito, chamado condrito carbonáceo, geralmen

Cientistas encontram matéria extraterrestre de 3,3 bilhões de anos

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Traços de substâncias que podem ter sido transportadas por meteoritos vindos do espaço foram localizados na África do Sul Traços de matéria orgânica vinda do espaço foram encontrados por cientistas em rochas na África do Sul. Segundo a pesquisa, um meteorito teria transportado a substância há 3,3 bilhões de anos.   Esta é a primeira vez que encontramos evidências reais de carbono extraterrestre em rochas terrestres", afirma a astrobióloga Frances Westall ao New Scientist.  Utilizando a técnica Espectroscopia de Ressonância Paramagnética, os pesquisadores descobriram que uma rocha de bilhões de anos continha dois tipos de matérias orgânicas insolúveis, o que foi interpretado com uma indicação de algo com origem extraterrestre.   "A matéria orgânica dos meteoritos ricos em carbono deve ter caído a uma taxa bastante alta", disse Frances.   Em um artigo no Geochimica et Cosmochimica Acta, os cientistas sugerem que as partículas de micrometeoritos podem ter se m

Pedra da Terra foi encontrada na Lua

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Quem levou esta pedra da Terra para a Lua? [Imagem: NASA] Meteoritos interplanetários Quando os astronautas da Apolo 14 trouxeram pedras da Lua para estudos, eles podem ter trazido de volta também um pequeno pedaço de casa. Um pedaço de granito encontrado na Lua pode ser a primeira evidência de que rochas podem ser lascadas da Terra e aterrissarem em outros lugares. Se assim for, esta é também uma das mais antigas rochas da Terra já encontradas, aqui ou em qualquer outro lugar. Rochas são atiradas para o espaço a partir da Lua e de outros planetas e acabam na Terra como meteoritos o tempo todo, então o mesmo deve ser verdade no sentido oposto. Afinal, já encontramos diversos meteoritos de Marte, pelo menos um com suspeita de sinais de vida, e até um meteorito com diamantes de um "planeta perdido". Pedra da Terra encontrada na Lua Jeremy Bellucci e colegas do Museu Sueco de História Natural estavam analisando um minúsculo pedaço de granito em uma rocha

Sílica cristalina em meteorito primitivo aproxima os cientistas da compreensão da evolução solar

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Imagem da nebulosa protoplanetária solar. A imagem da esquerda é a estrutura da sílica cristalina, e à direita é uma imagem microscópica do agregado de olivina ameboide que a equipa de investigadores encontrou no meteorito primitivoYamato-793261. Crédito: NASA/JPL-Caltech Uma equipe de investigadores da Universidade de Waseda, da Universidade de Estudos Avançados (ambas do Japão), da Universidade do Hawaii em Manoa, da Universidade de Harvard e do Instituto Nacional de Pesquisa Polar descobriu o quartzo mineral de sílica (SiO2) num meteorito primitivo, tornando-se na primeira equipe do mundo a apresentar evidências diretas de condensação de sílica dentro do disco protoplanetário solar e a aproximar-se da compreensão da formação e evolução solar. Embora observações espectroscópicas anteriores no infravermelho tenham sugerido a existência de sílica em estrelas T-Tauri recém-formadas, bem como em estrelas do ramo gigante AGB na sua última fase de vida, nenhuma evidência d

Pesquisadores de meteoritos descobrem fortes evidências de que o início da atividade solar era altamente ativo

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Examinando cristais de gelo azul microscópicos do mineral hibonita presos dentro de um meteorito contrito carbonário, uma equipe internacional de cientistas foi capaz de descobrir como era o Sol antes da Terra se formar. A equipe estudou o material do meteorito Murchison, denominado assim em homenagem à cidade australiana perto de onde ele caiu. Usando um espectrômetro de massa avançado na Suíça, os pesquisadores, descobriram cristais de hibonita, muitos com menos de 100 mícron de diâmetro, presos dentro do meteorito. Esses pequenos cristais se formaram a mais de 4.5 bilhões de anos atrás e a composição deles resulta de reações químicas que só seriam possível de terem ocorridos se o Sol primordial estivesse emitindo uma grande quantidade de partículas energéticas. Esses cristais preservam um registro de alguns dos primeiros eventos que aconteceram no Sistema Solar”, disse o líder do estudo o Dr. Levke Kööp, um pesquisador de pós-doutorado na Universidade de Chicago e um afi

Meteorito antigo conta história da topografia de Marte

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O meteorito marciano Northwest Africa (NWA) 7034, com a alcunha "Black Beauty", pesa aproximadamente 320 gramas. Crédito: NASA Ao examinarem um antigo meteorito marciano que pousou no deserto do Saara, cientistas e colaboradores do LLNL (Lawrence Livermore National Laboratory) determinaram como e quando a divisão crustal topográfica e geofísica do Planeta Vermelho se formou.  NWA (Northwest Africa) 7034 é o mais antigo meteorito marciano descoberto até à data, com aproximadamente 4,4 mil milhões de anos. O meteorito é uma brecha (contém uma variedade de rochas crustais que foram misturadas e depois sinterizadas por aquecimento) e é a única amostra de Marte com uma composição representativa da crosta média marciana.  O meteorito forneceu aos investigadores uma oportunidade única para estudar a antiga crosta de Marte.  A equipa aplicou um número de técnicas de datação radioisotópica para determinar que a divisão (ou dicotomia) entre os planaltos meridionais fortem

Meteorito tem diamantes de "planeta perdido"

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Micrografias dos nanodiamantes encontrados no interior do meteorito 2008 TC3.[Imagem: Farhang Nabiei et al - 10.1038/s41467-018-03808-6] Diamantes do espaço Pesquisadores suíços acreditam ter encontrado o primeiro indício para validar a mais antiga  teoria sobre a formação da Lua .   Ao estudar um meteorito que caiu no Sudão em 2008, Farhang Nabiei e seus colegas encontraram minúsculos diamantes que só podem ter sido formados nas enormes pressões encontradas nos núcleos dos planetas - o impacto do meteorito não seria capaz de gerar os microdiamantes encontrados. Isso indica que o meteorito pode ser remanescente de um antigo planeta que foi destruído por colisões nas primeiras eras do Sistema Solar.  O meteorito contém minúsculos diamantes - cerca de 100 micrômetros cada um - encapsulados dentro de minerais ricos em elementos como o cromo e o fósforo. Os cálculos indicam que o asteroide 2008 TC 3  tinha cerca de quatro metros de diâmetro, explodindo quando entrou na atmosfe