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Mostrando postagens de outubro 1, 2019

Uma galáxia difícil de classificar

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A galáxia Messier 86 já é conhecida dos astrônomos há mais de dois séculos, mas ainda não se sabe se ela é elíptica ou lenticular Messier 86: ainda não se sabe se essa galáxia tem formato elíptico ou lenticular. Crédito: ESA/ Hubble/Nasa/P. Cote et al. A galáxia Messier 86, aqui em imagem do Telescópio Espacial Hubble da Nasa/ESA (as agências espaciais americana e europeia), ainda é um enigma para os astrônomos. Apesar de ter sido descoberta há mais de 235 anos pelo astrônomo Charles Messier, os cientistas não chegaram a uma conclusão sobre se ela é elíptica ou lenticular (ou seja, um cruzamento entre uma galáxia elíptica e uma espiral).   Parte do aglomerado de galáxias da constelação de Virgem, a Messier 86 está situada a cerca de 50 milhões de anos-luz da Terra. A galáxia está se movendo pelo espaço de modo notavelmente rápido: sua trajetória atual a leva em nossa direção, de volta ao centro do aglomerado do outro lado, a mais de 875 mil quilômetros por hora. Devid

A busca por candidatos a buraco negro

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Astrônomos conceituam que na formação dos grandes buracos negros estão buracos negros médios – até hoje não constatados e objeto de uma procura intensa Galáxia NGC1313: sua fonte emissora de raios X pode se encaixar no perfil dos objetos procurados pelos astrônomos. Crédito: ESO Na vastidão do universo, os buracos negros mais pesados ​​ cresceram a partir de sementes. Alimentadas pelo g á s e poeira que consumiram, ou pela fusão com outros objetos densos, essas sementes cresceram em tamanho e peso para formar os centros das galáxias, como a Via Láctea. Mas, diferentemente do reino das plantas, as sementes de buracos negros gigantes devem ter sido buracos negros também. E ninguém encontrou essas sementes – ainda. Uma ideia é que buracos negros supermassivos (equivalentes, em massa, a centenas de milhares de bilhões de estrelas) cresceram a partir de grupos de buracos negros menores nunca vistos antes. Esse grupo, os “buracos negros de massa intermediária”, pesaria algo

Planeta Nove pode ser um buraco negro primordial, sugerem novas pesquisas

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Um novo estudo conduzido pelos astrônomos Jakub Scholtz, da Universidade de Durham (Inglaterra), e James Unwin, da Universidade de Illinois (EUA), sugere que, ao invés de um planeta flutuante, o que se esconde nos confins do sistema solar seja na verdade um buraco negro primordial. Planeta 9 Você já deve ter ouvido falar da teoria do Planeta Nove, um planeta solitário que estaria orbitando o sol a uma distância de cerca de 300 a 1.000 UA (unidades astronômicas, equivalentes à distância média entre a Terra e o sol).  Tal planeta nunca foi encontrado; sua possível existência foi inferida por sinais que, dizem Scholtz e Unwin, também poderiam indicar a presença de um buraco negro primordial. O que é um buraco negro primordial? Um buraco negro primordial é um objeto hipotético que corresponde a um buraco negro relativamente pequeno e antigo, formado como consequência de flutuações de densidade no início do universo, logo após o Big Bang.   Os cientistas pensam que, se

Detalhes de uma água-viva cósmica

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Foto de fluxos de gás saindo da galáxia ESO 137-001 ajuda a compreender as condições necessárias para a formação de novas estrelas em ambientes intensos e mutáveis A galáxia ESO 137-001 e seus tentáculos de gás: janela para se entender a formação estelar em ambientes como esse. Crédito: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/P. Jachym (Czech Academy of Sciences) et al. Com o auxílio dos “olhos” do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) e do Very Large Telescope do ESO (VLT), astrônomos mapearam os tentáculos de uma água-viva cósmica: uma série de fluxos de gás saindo de uma galáxia espiral chamada ESO 137-001.   Esse animal celeste pode ser visto na imagem com todo o detalhe. Os vários elementos que compõem a imagem foram capturados por diferentes telescópios. A galáxia e seus arredores foram observados pelo Telescópio Espacial Hubble da Nasa/ESA. Seus tentáculos, que mostram fluxos de hidrogênio e aparecem em tons de violeta brilhante, foram observados pelo instrumento MUSE

O Gás, a Poeira e as Estrelas da Nebulosa do Pelicano

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A Nebulosa do Pelicano está a ser transformada lentamente. IC 5070, a sua designação oficial, é dividida da maior Nebulosa da América do Norte por uma nuvem molecular repleta de poeira escura. O Pelicano, no entanto, é muito estudado porque é uma mistura particularmente ativa de formação estelar e de nuvens de gás em evolução.   A imagem em destaque foi produzida em três cores específicas - luz emitida pelo enxofre, hidrogénio e oxigénio - que nos podem ajudar a entender melhor estas interações. A luz das jovens estrelas energéticas está a transformar lentamente o gás frio em gás quente, com a fronteira em avanço entre os dois, conhecida como frente de ionização, visível em laranja brilhante à direita. Permanecem tentáculos particularmente densos de gás frio. Daqui a milhões de anos, esta nebulosa poderá já não ser conhecida como Pelicano, pois o equilíbrio e a posição das estrelas e do gás certamente deixarão algo que tem um aspeto completamente diferente. Crédito: Yannick