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Mostrando postagens de setembro 9, 2021

Por que nem tudo no espaço tem formato redondo?

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O formato gerado pela simulação bate precisamente com o formato dos asteroides, mostrando que as teorias aceitas até agora estavam incorretas. [Imagem: OIST]   Asteroides em formato de diamante  Conforme os corpos celestes crescem, eles rapidamente assumem o formato tendendo ao esférico que vemos nos planetas e estrelas, e temos algumas boas teorias para justificar isso. Para os asteroides bem pequenos, não é difícil aceitar que eles têm seus formatos irregulares ou porque não cresceram o suficiente, ou porque são pedaços de corpos maiores que colidiram. Mas também há asteroides grandes, e só recentemente começamos a enviar sondas espaciais até eles para descobrir seus formatos reais, já que eles estão longe demais e brilham muito pouco para conseguirmos imagens com telescópios com resolução suficiente para delinear seu formato.  Assim, quando a sonda Hayabusa visitou o asteroide Ryugu para coletar amostras, e quando a sonda OSIRIS-REx fotografou o asteroide Bennu no passado, os as

Anãs brancas que queimam hidrogénio e que envelhecem lentamente

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  Para investigar a física subjacente à evolução das anãs brancas, os astrónomos compararam anãs brancas em arrefecimento em duas coleções massivas de estrelas: os enxames globulares M3 e M13. Estes dois enxames partilham muitas características físicas como idade e metalicidade, mas as populações de estrelas que vão eventualmente dar azo a anãs brancas são diferentes. Isto torna M3 e M13, juntas, um laboratório natural perfeito no qual testar como populações diferentes de anãs brancas arrefecem. Crédito: ESA/Hubble & NASA, G. Piotto et al . Podem as estrelas moribundas deter o segredo da juventude? Novas evidências do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA sugerem que as anãs brancas podem continuar a queimar hidrogénio nos estágios finais das suas vidas, fazendo com que pareçam mais jovens do que realmente são. Esta descoberta pode ter consequências sobre como os astrónomos medem a idade dos enxames estelares.  A visão predominante das anãs brancas como estrelas inertes e em arr

O ESO captura as melhores imagens do asteróide peculiar "osso de cachorro"

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  Com o auxílio do Very Large Telescope (VLT) do ESO, uma equipe de astrônomos obteve as imagens mais nítidas e detalhadas do asteroide Cleópatra. As observações permitiram que a equipe determinasse a forma tridimensional e a massa deste asteroide peculiar, que se parece com um osso de cachorro, com uma precisão maior do que nunca. Este trabalho de pesquisa nos dá pistas sobre como é que este asteroide e as duas luas que o orbitam se formaram. Estas onze imagens são do asteroide Cleópatra observado a partir de diferentes ângulos à medida que gira sobre si mesmo.  As imagens foram obtidas entre 2017 e 2019 em diversas ocasiões, com o instrumento SPHERE (Spectro-Polarimetric High-contrast Exoplanet REsearch) montado no Very Large Telescope (VLT) do ESO. “Cleópatra é realmente um corpo único do nosso Sistema Solar”, diz Franck Marchis, astrônomo do Instituto SETI em Mountain View, EUA, e do Laboratoire d'Astrophysique de Marseille, França, que liderou este estudo sobre o asteroide — q

Colisão estelar desencadeia explosão de supernova

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  Detritos velozes de uma explosão de supernova despoletada por uma colisão estelar colidem com gás expulso anteriormente, e os choques produzem a brilhante emissão rádio vista pelo VLA. Crédito: Bill Saxton, NRAO/AUI/NSF Os astrónomos encontraram evidências dramáticas de que ou um buraco negro ou uma estrela de neutrões espiralou até ao núcleo de uma estrela companheira e fez com que essa companheira explodisse como uma supernova. Os astrónomos foram informados por dados do VLASS (Very Large Array Sky Survey), um projeto de vários anos usando o VLA (Karl G. Jansky Very Large Array) da NSF (National Science Foundation).   "Os teóricos previram que isto poderia acontecer, mas esta é a primeira vez que realmente vimos tal evento", disse Dillon Dong, estudante no Caltech e autor principal de um artigo que relata a descoberta, publicado na revista Science.   A primeira pista surgiu quando os cientistas examinaram imagens do VLASS, que começou as observações em 2017, e encontr