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Mostrando postagens de outubro 8, 2013

O lítio do Big Bang

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Modelagem de uma fração da superfície de antiga estrela: abundância de lítio bate com a teoria Mais uma evidência que reforça a teoria do Big Bang, a explosão primordial que teria originado o Universo há cerca de 13,8 bilhões de anos, foi produzida por um grupo internacional de astrofísicos, com a participação de Jorge Meléndez, da Universidade de São Paulo (USP). Os cientistas usaram o espelho de 10 metros e um potente espectrógrafo do telescópio Keck, situado em Mauna Kea (Havaí), para refinar as medições sobre os níveis de dois isótopos de lítio presentes em quatro estrelas muito antigas, formadas logo após o Big Bang. Até agora, havia uma grande discrepância entre o que previa o modelo de criação do Universo e os registros obtidos. Em relação ao que postula a teoria, tinham sido encontradas quantidades 200 vezes maiores de lítio-6 e de três a cinco vezes menores de lítio-7 nas estrelas anteriormente analisadas.   As novas medições com o Keck, no entanto, encontraram valor

Cientistas descobrem que sistema binário de Formalhaut é na realidade triplo

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Observações infravermelhas de Fomalhaut e do seu disco pelo Herschel. Crédito: ESA   Astrónomos descobriram que o sistema estelar vizinho Fomalhaut - de especial interesse devido ao seu invulgar exoplaneta e disco de detritos - não é apenas um sistema binário, como os astrónomos pensavam, mas um dos mais largos sistemas triplos conhecidos. Num artigo recentemente aceite para publicação na revista Astronomical Journal e publicado a semana passada no servidor arXiv, os investigadores mostram que uma estrela mais pequena e previamente conhecida na sua vizinhança também faz parte do sistema de Fomalhaut.   Eric Mamajek, professor associado de física e astronomia na Universidade de Rochester, e colaboradores, descobriram a natureza tripla do sistema estelar através de um pouco de trabalho de detective. "Eu notei esta terceira estrela há um par de anos atrás, quando estudava os movimentos de estrelas na vizinhança de Fomalhaut para outra pesquisa," afirma Mamajek. &quo

Buraco negro dentro de chip confirma teorias de Einstein

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Além do horizonte de eventos - a fronteira além da qual nada escapa - os buracos negros possuem uma região chamada esfera fotônica, uma região onde o espaço-tempo é fortemente curvado. Imagem: Sheng et al./Nature Photonics]   Lentre gravitacional   Segundo a Teoria da Relatividade de Einstein, corpos de grande massa fazem a luz se curvar, um efeito chamado de lente gravitacional. Isso acontece porque a enorme gravidade deforma o espaço-tempo, fazendo com que o caminho mais curto para a luz ao redor de uma estrela maciça, por exemplo, seja uma curva. Não é possível criar um buraco negro em miniatura para demonstrar coisas desse tipo em sala de aula, mas é possível deixar a gravidade de lado e reproduzir o fenômeno da lente gravitacional usando apenas luz. Foi o que demonstraram C. Sheng e Hui Liu, da Universidade de Nanjing, na China, que são especialistas em metamateriais .   "Lente gravitacional óptica"   Os pesquisadores chineses criaram, no inte

Astrónomos observam galáxia distante alimentada por combustível cósmico primordial

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Imagem de uma galáxia (centro) alimentada por um fluxo de gás frio, produzida ao renderizar a distribuição de gás numa simulação em supercomputadores de uma galáxia em formação. O fluxo em "queda" de material primordial é iluminado por trás graças a um distante quasar no pano de fundo (em baixo à esquerda; o quasar foi acrescentado pelo artista, bem como o pano de fundo estrelado). Usando dados recolhidos pelo Observatório W. M. Keck, investigadores liderados por Neil Crighton (MPIA e Universidade de Swinburne) fizeram a primeira detecção da acreção deste gás pristino para uma galáxia em formação, previamente teorizado com base em simulações cosmológicas.Crédito: MPIA (G. Stinson/A. V. Macciò)   Astrónomos detectaram fluxos frios de hidrogénio primordial, a matéria vestigial que sobrou do Big Bang, alimentando uma galáxia rica em formação estelar no Universo primitivo. Fluxos abundantes de gás em galáxias são considerados cruciais para explicar uma era há 10 mil milh

Alma totalmente antenada vê melhor o Universo

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A 66ª antena do telescópio ALMA, a bordo de um dos veículos responsáveis por reformatar o observatório, espalhando ou ajuntando as antenas.[Imagem: ESO/M. Marchesi]   Antenas móveis   A última antena do radiotelescópio ALMA ( Atacama Large Millimeter/submillimeter Array ) acaba de ser entregue, completando a montagem do observatório. Esta é a sexagésima sexta e última antena. As antenas do ALMA são móveis, podendo ser rearranjadas desde configurações supercompactas, todas comprimidas em um espaço de 150 metros, até configurações nas quais as antenas se espalham por uma área de 16 quilômetros quadrados. No final de 2013, as 66 antenas rádio de alta precisão, que operam nos comprimentos de onda do milímetro e submilímetro, estarão trabalhando como um único telescópio, numa rede que se estenderá até 16 quilômetros, no planalto do Chajnantor no deserto do Atacama, no norte do Chile. O Observatório ALMA foi oficialmente inaugurado pelo Presidente do Chile, Sebastián