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Mostrando postagens de julho 23, 2010

À Descoberta dos Pulsares

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Em Julho de 1967 Jocelyn Bell, uma jovem aluna pós graduada, estudava, no Observatório Astronómico de Cambridge, as gravações referentes a um trabalho destinado originalmente à investigação de quasares. Foi então que esta reparou no que parecia ser uma cintilação rápida envolvendo uma fonte fraca. O que causou algumas suspeitas foi o facto da cintilação estar a ocorrer a meio da noite, altura em que as cintilações são pouco frequentes. Além disso, o sinal estava só presente numa fracção do tempo necessário para o feixe de recepção da antena passar pela fonte no céu. Se o sinal tivesse aparecido uma só vez seria, seguramente, causado por uma interferência.  No entanto, em Setembro o sinal já tinha aparecido seis vezes. A constância na posição dos sinais mostrou que os sinais vinham, provavelmente, de um corpo celeste. Depois de desaparecer por seis semanas o sinal reapareceu. Gravações de alta velocidade começaram então a revelar que os sinais vinham segundo uma sucessão regular de

Satélite CoRot descobre mais 6 planetas fora do Sistema Solar

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A equipe do satélite franco-europeu-brasileiro CoRoT (Convection, Rotation and Planetary Transits) anunciou a descoberta de seis exoplanetas e de uma pequena estrela fria (anã marrom). Os planetas estão localizados entre 500 e 4.000 anos-luz (aproximadamente 3,8 e 38 quadrilhões de quilômetros) do Sistema Solar - por isso são chamados de exoplanetas, ou planetas extrassolares. Com as novas descobertas, sobe para 13 o número de planetas descobertos pelo CoRoT."O planeta menor tem metade do diâmetro de Júpiter (cerca de 71 mil quilômetros), e o maior uma vez e meia o diâmetro de Júpiter (214 mil quilômetros, aproximadamente)", conta o professor Sylvio Ferraz Mello, da USP, que participa do projeto.  "Os tamanhos desses planetas são determinados com bastante precisão, mas suas idades são apenas estimadas, em geral, em um ou mais bilhões de anos," diz o pesquisador. Mello explica que o CoRoT trabalha em duas áreas pequenas do céu, uma na direção do centro galáctic

NASA detecta maior molécula existente no espaço

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O Telescópio Espacial Spitzer descobriu no espaço, pela primeira vez, moléculas de carbono conhecidas como  "buckyballs", uma espécie de bola de futebol formada por 60 átomos de carbono. [Imagem: NASA/JPL-Caltech] Maior molécula no espaço O Telescópio Espacial Spitzer, da NASA, descobriu no espaço, pela primeira vez, moléculas de carbono conhecidas como "buckyballs". Buckyballs são moléculas em forma de bola de futebol que foram observadas pela primeira vez em laboratório há apenas 25 anos. Elas devem seu nome à semelhança com as cúpulas geodésicas do arquiteto Buckminster Fuller, que têm círculos interligados na superfície de uma meia-esfera. Os cientistas já acreditavam que elas poderiam existir flutuando no espaço, mas ninguém havia conseguido detectá-las até agora. "Nós encontramos aquelas que são agora as maiores moléculas existentes no espaço," disse o astrônomo Jan Cami, da Universidade de Western Ontario, no Canadá. "Estamos particularmente

O que, exatamente, são as manchas do Sol?

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Se você não sabe muita coisa sobre astronomia a idéia de manchas no Sol pode parecer meio estranha. Afinal, como um astro tão quente e brilhante pode ter manchas em sua superfície? Na verdade, normalmente, não há muitas manchas no Sol. Elas são partes “frias” da estrela – a temperatura média delas é 2700 graus Celsius, enquanto a de outras áreas chegam a 5 mil graus Celsius. As manchas são causadas por tempestades magnéticas na atmosfera do Sol, inibindo a transferência de calor da parte interior do astro para algumas áreas da parte exterior (em um processo conhecido como convecção – o mesmo das aulas de física, lembra?). De acordo com a Enciclopédia Concisa de Van Nostrand, uma mancha solar possui duas partes distintas. O meio escuro, conhecido como “umbra”, e uma parte mais clara que cerca a umbra, chamada de “prenumbra” . As manchas solares não são permanentes e aparecem, quase sempre, aos pares. As menores, com menos de cinco quilômetros de largura, podem durar menos de um dia. As

O que existe no centro da Via Láctea?

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Se você olhar para o céu limpo durante a noite, longe das luzes de grandes cidades, irá ver uma faixa iluminada brilhando com inúmeras estrelas. Os antigos gregos achavam que essa faixa lembrava leite derramado, então batizaram nossa galáxia de “Via Láctea”. E, segundo astrônomos, essa faixa brilhante é o centro da Via Láctea. No “centro do centro”, cercado por cerca de 200 bilhões de estrelas (não detectáveis a olho nu), encontra-se um buraco negro supermassivo conhecido como Sagittarius A. A Via Láctea tem forma espiralada e fica em rotação ao redor do seu centro, com seus longos “braços” curvados cercando o disco central. Em um desses braços fica o Sistema Solar e nossa casa, a Terra. Nós conseguimos dar a volta no centro da Via Láctea a cada 250 milhões de anos. O buraco negro não pôde ser fotografado – caso você não saiba, buracos negros sugam toda a luz ao seu redor, então é impossível tirar uma foto direta dele. Mas os astrônomos “deduziram” a sua existência analisando a