Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2016

Gigantesca “galáxia fantasma” é 99,99% matéria escura

Imagem
Astrônomos descobriram uma galáxia tão grande quanto a Via Láctea, com um pequeno diferencial: ela consiste quase que inteiramente de matéria escura, uma substância misteriosa e invisível que cientistas têm estudado há décadas. Apenas 0,01% dessa galáxia contém matéria comum, como estrelas e planetas. Ninguém consegue explicar muito bem do que a matéria escura é composta, mas podemos perceber sua existência pelos efeitos de sua gravidade em outros objetos espaciais. Seja lá do que é feita, cerca de 80% da massa do universo é matéria escura. Dragonfly 44 Essa galáxia, chamada Dragonfly 44, foi identificada pela primeira vez em 2015, com ajuda do telescópio Dragonfly Telephoto Array, que fica no estado americano de Novo México. Este telescópio é formado por oito objetivas, projetado para captar objetos no espaço que não são brilhantes o suficiente para serem vistos por outros telescópios. Dragonfly 44 é uma das 47 galáxias sem contorno definido que Pieter van Dokkum, da Univer

Distante de Marte, NASA volta-se para asteroides

Imagem
A sonda robótica OSIRIS-REx vai estudar e capturar uma amostra do asteroide Bennu. [Imagem: NASA] Amostra virgem de asteroide Ainda sem planos ou datas definidas para uma sonhada missão a Marte, a agência espacial norte-americana parece estar concentrando esforços na exploração de corpos celestes muito menores, mas também muito mais fáceis de se alcançar: os asteroides. Além dos entraves impostos pelo custo de uma missão interplanetária, os asteroides de fato são objetos interessantes, tanto do ponto de vista científico, como do ponto de vista econômico: eles são potenciais alvos da mineração espacial . A NASA está às vésperas de lançar a primeira missão para buscar uma amostra de um asteroide puro, que não tenha sido deformada e contaminada pela reentrada na atmosfera da Terra - os asteroides viram meteoros enquanto se queimam na reentrada, e meteoritos depois que caem no solo. A sonda espacial OSIRIS-REx deverá ser lançada no próximo dia 8 de Setembro. Sua principal

Melhor imagem de Alpha Centauri A e B

Imagem
O sistema estelar mais próximo da Terra é o famoso Grupo Alfa Centauri. Localizado na constelação de Centaurus, a uma distânica de 4.3 anos-luz, esse sistema é feito de estrela binárias formadas pelas estrelas Alfa Centauri A e Alfa Centauri B, mais uma anã vermelha apagada, a Alfa Centauri C, também conhecida como Proxima Centauri. O Telescópio Espacial Hubble fez essa bela imagem das estrelas Alfa Centauri A, à esquerda e Alfa Centauri B, à direita, brilhando como se fossem faróis na escuridão. A imagem foi feita pela Wide Field and Planetary Cmaera 2, ou a WFPC2. A WFPC 2 foi o instrumento mais usado pelo Hubble nos primeiros 13 anos de vida do telescópio, sendo substituída posteriormente pela WFC 3, durante a Missão de Serviço 4. Esse registro da Alfa Centauri foi produzido com observações feitas na luz visível e no infravermelho próximo. Comparada com o Sol, a Alfa Centauri A, é do mesmo tipo estelar, uma estrela G2, e levemente maior, enquanto que a Alfa Centauri B, é um

Juno completa com sucesso "FLYBY" por Júpiter

Imagem
A região polar norte de Júpiter torna-se visível à medida que a sonda Juno se aproxima do planeta gigante. Esta imagem foi obtida no dia 27 de agosto, quando a nave se encontrava a 703.000 km de distância.  Crédito: NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS A missão Juno da NASA executou com sucesso o seu primeiro de 36 voos rasantes por Júpiter. Às 14:44 de sábado, hora portuguesa, a Juno passou a 4200 km das nuvens rodopiantes do gigante gasoso. A essa altura, a nave viajava a 208.000 km/h em relação ao planeta. Este "flyby" da Juno é o mais próximo da sua missão principal. A telemetria inicial pós-voo indica que tudo funcionou como planeado e que a Juno está de boa saúde," afirma Rick Nybakken, gerente do projeto Juno no JPL da NASA em Pasadena, no estado americano da Califórnia. Durante a missão, estão planeados mais 35 voos rasantes por Júpiter (com fim previsto para fevereiro de 2018). O "flyby" de 27 de agosto foi o primeiro em que a Juno teve todo o se

Pesadíssima protoestrela é encontrada na Via Láctea

Imagem
Impressão artística da protoestrela supermassiva. Crédiot: A. Smith, Instituto de Astronomia, Cambridge. Recentemente astrônomos relataram na  Star Formation 2016 conference na Universidade de Exeter, a descoberta de uma estrela peso-pesado em formação, ainda na fase de coleta de material da nebulosa molecular “mãe. Com cerca de 30 vezes a massa do nosso Sol, ela tem o singelo nome de G11.92–0.61 MM1  e está localizada a cerca de 11.000 anos-luz de nós e é um achado raro, justamente por ser tão grande. O achado também foi publicado no   Monthly Notices of the Royal Astronomical Society – MNRAS. Estrelas supermassivas são aquelas que tem oito ou mais massas solares, e elas são as apressadinhas do cosmos. Elas levam centenas de milhares de anos para ser formar e duram algumas centenas de milhões de anos. Está achando isso demorado? Uma estrela normal dura dezenas de milhões de anos para se formar, e depois disso leva bilhões de anos até chegar à sua fase final. Por serem

Encontrado planeta na zona de habitabilidade da estrela mais próxima

Imagem
A campanha Pálido Ponto Vermelho revela um mundo com a massa da Terra em órbita da Proxima Centauri Esta impressão artística mostra uma vista da superfície do planeta Proxima b, o qual orbita a estrela anã vermelha Proxima Centauri, a estrela mais próxima do Sistema Solar. A estrela dupla Alfa Centauri AB também pode ser vista na imagem. Proxima b é um pouco mais massivo que a Terra e orbita na zona de habitabilidade da Proxima Centauri, zona onde a temperatura permite a existência de água líquida à superfície do planeta. Créditos:ESO/M. Kornmesser Com o auxílio dos telescópios do ESO e doutras infraestruturas, os astrónomos encontraram evidências claras de um planeta em órbita da estrela mais próxima da Terra, a Proxima Centauri. Este mundo, há muito procurado, designado por Proxima b, orbita a sua estrela progenitora, vermelha e fria, a cada 11 dias, possuindo uma temperatura que permite a existência de água líquida à sua superfície. Este mundo rochoso é um pouco mais ma

Interestelar estava certo: cair em um buraco negro não é o fim, diz Hawking

Imagem
Interstellar estava certo. Se você cair em um buraco negro, isso não será o seu fim, afirmou o professor Stephen Hawking. Embora os físicos tenham assumido que toda a matéria deve ser destruída pelas enormes forças gravitacionais de um buraco negro, Hawking disse em um pronunciamento na Suécia que há uma possibilidade de escapar e até viajar para outra dimensão. A teoria resolve o "paradoxo da informação" que tem intrigado cientistas há décadas. Embora a mecânica quântica diz que nada pode ser destruído, a relatividade geral diz que deve ser. No entanto, sob a nova teoria de Hawking, tudo o que é sugado para um buraco negro é efetivamente preso no horizonte de eventos - a esfera em torno do buraco de onde se pensava que nada pudesse escapar. E ele afirma que qualquer coisa que cair em um BN poderia reemergir em nosso universo, ou um paralelo, por meio de radiação Hawking - prótons que conseguem escapar do buraco negro por causa de flutuações quânticas. "Se v

Astrônomos flagram antes e depois de explosão de estrela

Imagem
 O antes e o depois da explosão foi estelar foram flagrados porque os astrônomos estavam fazendo um estudo de longo prazo sobre a matéria escura. [Imagem: J. Skowron/Warsaw University Observatory] NOVA Imagens raras capturadas por astrônomos revelam em detalhes os momentos antes, durante e depois da explosão nuclear de uma estrela. Esse tipo de explosão nuclear é conhecida como "nova clássica" e acontece quando uma anã branca (estrela menor e menos brilhante que as comuns) suga o gás de um objeto celeste próximo - esse processo leva de 10 mil a 1 milhão de anos. O fenômeno desse tipo mais conhecido é a "supernova", que, como seu nome indica, é uma explosão maior, gerada por uma estrela de maior massa. Agora, uma equipe polonesa capturou uma nova a partir de um telescópio no Chile enquanto faziam uma pesquisa de longo prazo que inicialmente visava detectar matéria escura no Universo. O fluxo de imagens consistentes registrado nesse projeto, batizado d

Exoplaneta parecido com Vénus poderá ter atmosfera de oxigénio

Imagem
Impressão de artista de GJ 1132b, um exoplaneta rochoso muito parecido com a Terra no que toca ao tamanho e massa, que orbita uma anã vermelha. Crédito: Dana Berry O distante planeta GJ 1132b intrigou os astrónomos quando foi descoberto no ano passado. Localizado a apenas 39 anos-luz da Terra, poderá ter uma atmosfera apesar de ser cozido a uma temperatura de aproximadamente 230º C . Mas será que a atmosfera é espessa ou fina? Uma nova investigação sugere que o segundo cenário é muito mais provável. A astrónoma Laura Schaefer, do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica, e colegas examinaram a questão do que aconteceria a GJ 1132b ao longo do tempo caso começasse com uma atmosfera abafada e rica e em água. Orbitando tão perto da sua estrela, a uma distância de apenas 2,3 milhões de quilómetros, o planeta é inundado com radiação UV. A luz ultravioleta quebra as moléculas de água em hidrogénio e oxigénio, as quais, em seguida, são perdidas para o espaço. No entanto, dado

Um laboratório estelar no Sagitário

Imagem
O pequeno punhado de estrelas azuis brilhantes situado em cima à esquerda nesta imagem enorme do ESO, com 615 milhões de pixels, é o laboratório cósmico perfeito para estudar a vida e a morte das estrelas. Conhecido por Messier 18, este enxame estelar contém estrelas que se formaram ao mesmo tempo a partir da mesma nuvem massiva de gás e poeira. Esta imagem, que também mostra nuvens vermelhas de hidrogénio brilhante e filamentos escuros de poeira, foi capturada pelo VLT Survey Telescope (VST, o Telescópio de Rastreio do VLT), situado no Observatório do Paranal do ESO, no Chile. O Messier 18 foi descoberto e catalogado em 1764 por Charles Messier — que dá o seu nome aos Objetos Messier — durante uma busca de objetos do tipo de cometas.  Situa-se no seio da Via Láctea, a cerca de 4600 anos-luz de distância na constelação do Sagitário , e é constituído por muitas estrelas "irmãs" ligeiramente ligadas gravitacionalmente no que se chama um enxame aberto . Existem mais

Estrela sai da hibernação de forma explosiva

Imagem
Impressão de artista da explosão de uma nova clássica. Crédito: Krzysztof Ulaczyk/Observatório Astronómico da Universidde de Varsóvia Astrónomos do Observatório Astronómico da Universidade de Varsóvia, baseados no levantamento a longo termo e em grande escala do OGLE (Optical Gravitational Lensing Experiment) anunciaram a descoberta de uma extraordinária explosão estelar. Observações a longo prazo da nova clássica V1213 Centauri, entre os anos 2003 e 2016, forneceram novas informações sobre a evolução e mecanismos destas espetaculares explosões cósmicas. O artigo que descreve a descoberta foi publicado na revista científica "Nature". "As erupções de novas clássicas estão entre as maiores explosões estelares observadas no Universo. Em poucas horas, as novas aumentam de brilho por um factor de vários milhares, tornando-se nos objetos mais brilhantes na Via Láctea," explica Przemek Mróz, o autor principal e estudante de pós-doutoramento no Observatório Ast

Físicos confirmam descoberta de possível 5ª força da natureza

Imagem
Galáxias como esta espiral, conhecida como NGC 6814, são mantidas juntas por uma misteriosa matéria escura Existem quatro forças fundamentais da natureza: gravidade, eletromagnetismo e as forças nucleares forte e fraca. Agora, descobertas recentes feitas por físicos teóricos da Universidade da Califórnia, em Irvine, nos EUA, indicam a possível descoberta de uma partícula subatômica previamente desconhecida, que pode ser a evidência de uma quinta força da natureza. Seu estudo foi publicado em um artigo da revista Physical Review Letters.  Se for verdade, é revolucionário”, disse Jonathan Feng, professor de física e astronomia, ao portal Phys.org. “A descoberta de uma possível quinta força iria mudar completamente a nossa compreensão do universo, com consequências para a unificação das forças e matéria escura”. Anomalia Os pesquisadores tiraram suas conclusões a partir de um estudo feito por físicos nucleares experimentais da Academia de Ciências da Hungria, em 2015, qu

As estrelas mais velhas do universo encontradas no centro da Via Láctea

Imagem
As estrelas mais velhas conhecidas, datam de antes da formação da Via Láctea, quando o universo tinha somente 300 milhões de anos de vida. As estrelas, encontradas perto do centro da Via Láctea, são surpreendentemente puras mas contém material de uma estrela ainda mais antiga, estrela essa que morreu através de uma enorme explosão chamada de hipernova. A descoberta e a análise de nove estrelas puras desafiam as teorias atuais sobre o ambiente do universo primordial onde essas estrelas se formaram. Essas estrelas primordiais estão entre as estrelas mais antigas do universo, e certamente são as estrelas mais velhas que nós já observamos”, disse Louise Howes do The Australian National University (ANU), parte da equipe que fez a descoberta. “Essas estrelas se formaram antes da Via Láctea, e a galáxia então se formou ao redor delas”. “As estrelas possuem um nível extremamente baixo de carbono, ferro e outros elementos pesados, o que sugere que as primeiras estrelas não explodira

Nebulosa M1-67 feita pelo Telescópio Espacial Hubble

Imagem
Essa dramática explosão de cores, mostra um objeto cósmico com uma história igualmente dramática. Envelopada dentro de nuvens de gás e poeira que formam uma nebulosa conhecida como M1-67, está a brilhante estrela denominada de Hen 2-247, outrora conhecida como WR 124. Essa estrela é tão intensa como a cena ao seu redor. Ela é uma estrela do tipo Wolf-Rayet, um tipo raro de estrela conhecida por ter uma alta temperatura na superfície, cerca de 25000 graus Celsius (só por comparação a temperatura na superfície do Sol é de 5500 graus Celsius), e uma enorme massa que varia de 5 a 20 vezes a massa do Sol. Essas estrelas estão constantemente perdendo grande quantidade de massa através de ventos que continuamente sopram de sua superfície para o espaço. A Hen 2-247 é responsável por criar toda a cena mostrada aqui e que foi registrada pelo Telescópio Espacial Hubble.  A estrela, acredita-se ser uma estrela massiva nos últimos estágios de sua evolução, e que expeliu o material que fo

Fronteira turbulenta

Imagem
Estas imagens mostram o limite da vasta nuvem molecular que se situa por trás da Nebulosa de Orion, a 1400 anos-luz de distância da Terra. A imagem da esquerda mostra uma vista de grande angular da região, obtida pelo instrumento HAWK-I, instalado no Very Large Telescope do ESO. Nesta imagem encontra-se destacada com um rectângulo branco uma pequena região, região esta que mostramos precisamente na imagem da direita com grande detalhe e que observada pelo Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA). Além de nos fornecerem imagens bonitas, as nuvens moleculares são de grande interesse para os astrônomos. Tratam-se de maternidades estelares e nas suas periferias os átomos reagem e formam moléculas por processos astroquímicos fundamentais. Com as observações do ALMA, os astrônomos conseguiram resolver a transição de gás atômico a gás molecular nas fronteiras da nuvem molecular de Orion. Esta é a região de formação estelar massiva mais próxima da Terra, o que a torna

Missão do FERMI expande a procura por matéria escura

Imagem
Topo: os raios-gama (linhas magenta) oriundos de uma fonte brilhante como NGC 1275 no Enxame Galáctico de Perseu deverão formar um tipo particular de espectro (direita). Em baixo: os raios-gama convertidos em hipóteticas partículas tipo-axião (pontos verdes) e vice-versa quando encontram campos magnéticos (curvas cinzentas). O resultante espectro de raios-gama (curva à direita) deveria mostrar falhas e "escadas" não vistas nos dados do Fermi, o que significa que uma gama destas partículas não poderá constituir parte da matéria escura. Crédito: Laboratório do Acelerador Nacional SLAC/Chris Smith A matéria escura, a misteriosa substância que constitui a maior parte do material do Universo, permanece tão evasiva como sempre. Embora experiências terrestres e espaciais tenham ainda de encontrar traços da matéria escura, os resultados estão a ajudar os cientistas a descartar algumas das muitas possibilidades teóricas. Três estudos publicados no início deste ano, usando sei

Kepler observa dançarinas estelares no exame das Plêiades

Imagem
Tal como bailarinas cósmicas, as estrelas do enxame das Plêiades giram. Mas estas dançarinas celestes giram a velocidades diferentes. Os astrónomos há muito que querem saber o que determina as rotações destas estrelas. Esta imagem mostra o enxame estelar das Plêiades através dos olhos do WISE da NASA. Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCLA Ao observar estas dançarinas estelares, o Telescópio Espacial Kepler da NASA, durante a sua missão K2, ajudou a recolher o mais completo catálogo de períodos de rotação de estrelas num enxame. Esta informação pode ajudar os astrónomos a ter uma visão sobre onde e como os planetas se formam em torno destas estrelas e como essas estrelas evoluem. Esperamos que, ao compararmos os nossos resultados com os de outros enxames, possamos aprender mais sobre a relação entre a massa de uma estrela, a sua idade e até mesmo sobre a história do seu sistema solar," afirma Luisa Rebull, investigadora no IPAC (Infrared Processing and Analysis Center) do Ca