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Explosão solar detona telecomunicações na Europa

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Nesta semana, uma rajada de partículas emitidas pelo sol causou interferência em transmissões de rádio por toda a Europa. Rajadas como essa, chamadas de “ejeções de massa coronal” (EMCs), são resultado de fortes distorções no campo magnético do sol. Além de conter bilhões de toneladas de gases, raios-X e radiação ultravioleta, elas chegam à absurda temperatura de 100 milhões de graus Celsius. A ejeção que causou interferência na Europa sequer estava vindo direto para a Terra, o que nos dá uma ideia do poder desse fenômeno. Vez ou outra, nosso planeta (ou, melhor, seu campo magnético) é atingido por EMCs menores, e o resultado são intensos flashes de luz. Às vezes, contudo, uma EMC pode causar tempestades magnéticas, interferindo em satélites e redes de energia. Em 1989, seis milhões de moradores do Quebec (Canadá) ficaram sem eletricidade por causa de uma ejeção. Sabe-se que as atividades solares ocorrem em ciclos de 11 anos – e o pico do ciclo atual está previsto para 2013. Em

Casulo cósmico ao redor de uma supernova

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Usando observações feitas com o observatório de raios X Chandra da NASA, os pesquisadores obtiveram a primeira evidência em raios X da onda de choque de uma supernova passando através de um casulo de gás ao redor de uma estrela que explodiu. © Chandra/Hubble (galáxia UGC 5189A) Essa descoberta pode ajudar os astrônomos a entenderem por que algumas supernovas são tão mais poderosas do que outras. No dia 3 de Novembro de 2010, uma supernova foi descoberta na galáxia UGC 5189A, localizada a aproximadamente 160 milhões de anos-luz de distância. Usando dados do telescópio All Sky Automated Survey no Havaí, os astrônomos determinaram que a supernova explodiu no começo do mês de Outubro de 2010.  A imagem acima é uma composição de imagens da UGC 5189A que mostra os raios X do Chandra em roxo e os dados ópticos obtidos pelo telescópio espacial Hubble em vermelho, verde e azul. A chamada SN 2010jl é a fonte bem brilhante de raios X perto do topo da galáxia. Uma equipe de pesquisado

NASA encontra formação de lago em lua de Saturno

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A observação da sonda sugere que esse oásis de metano líquido está abaixo da superfície da lua. Porém, isso não descarta a possibilidade de existir vida no local A sonda espacial Cassini , da NASA, detectou a formação de um lago rico em metano na região central de Titã, lua de Saturno. A descoberta foi publicada na revista científica Nature. A observação da sonda sugere que esse oásis de metano líquido está abaixo da superfície da lua. Porém, isso não descarta a possibilidade de existir vida no local. A presença de lagos nas regiões polares de Titã já havia sido encontrada. Porém, os cientistas acreditavam que seria muito difícil encontrar líquido na parte central da Lua. Isso porque a energia do Sol no local, teoricamente, faria os lagos em metano evaporarem. Portanto, essa descoberta foi considerada inesperada pelos cientistas. A pesquisa, liderada Caitlin Griffith, professora de Ciência Planetária da Universidade do Arizona, examinou dados coletados por Cassini, que mediu a l

ESO combina imagens de telescópios da Nebulosa Pata de Gato

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Imagem da Nebulosa Pata de Gato obtida através da combinação entre observações do telescópio MPG/ESO e 60 horas de exposição em um telescópio amador.Foto: ESO/ Divulgação A Nebulosa Pata de Gato foi revisitada, numa combinação de exposições obtidas com o telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, pelos astrônomos amadores Robert Gendler e Ryan M. Hannahoe. A forma característica da nebulosa aparece revelada nas nuvens avermelhadas de gás brilhante observadas sob um fundo de céu escuro polvilhado de estrelas. A imagem foi criada combinando observações já existentes do telescópio MGP/ESO de 2,2 metros instalado no Observatório de La Silla no Chile (ver Foto de Imprensa do ESO eso1003) com imagens obtidas por Gendler e Hannahoe em um telescópio de 0,4 metros, totalizando 60 horas de exposição. A resolução das observações obtidas pelo telescópio MGP/ESO de 2,2 metros foi combinada (utilizando a sua “luminância” ou brilho) com a informação de cor das observações de Gendler e Hannahoe, produz

Porque o bóson de Higgs dá sentido ao universo [partícula de Deus]

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Na última quarta-feira (4), em uma coletiva de imprensa realizada no laboratório CERN (Organização Europeia de Pesquisas Nucleares) em Genebra, na Suíça, cientistas anunciaram o que pode ser a descoberta de uma das partículas elementares para a formação de tudo o que existe: o bóson de Higgs . Há anos, pesquisadores trabalhando no Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), o maior acelerador de partículas que existe, procuram o bóson, partícula que foi proposta pela primeira vez por Peter Higgs em 1964, 48 anos atrás.  Agora, duas equipes separadas do LHC – ATLAS e CMS – chegaram a resultados parecidos que estão em conformidade com as previsões teóricas sobre as partículas subatômicas do Modelo Padrão da Física, com a inclusão do bóson de Higgs. Isso indica que a partícula de fato existe. O bóson teria massa de 125.3 GeV, e os resultados têm o nível de certeza de 4,9 sigma (o ideal é 5 sigma, nível necessário para reivindicar uma descoberta, pois significa

Bóson de Higgs: o que é, o que faz, e o que fazer com ele

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Nesta quarta-feira, 4 de julho de 2012, os cientistas do CERN, laboratório europeu de partículas de alta-energia, anunciaram que nos dados coletados em dois anos de colisões de prótons estão os rastros de uma estranha partícula , uma partícula que eles tem 99% de certeza de que é uma nova partícula, algo nunca visto antes em laboratório. O bóson de Higgs é um dos componentes do chamado Modelo Padrão da Física. O que nos leva a outras perguntas…       Retrato de Família A nossa história começa com a descoberta do elétron, em 1876, por J. J. Thompson. Em 1911 um outro inglês, Ernest Rutherford, propôs o primeiro modelo para o átomo, que seria composto por um núcleo e uma eletrosfera. Rutherford também foi o descobridor do próton, que ele achou que era uma partícula fundamental (ou seja, não composta de outras partículas).A descoberta de outras partículas nos anos que se seguiram levaram à criação de um modelo que usava partículas fundamentais, os léptons e quarks, par

Uma família de nebulosas na Via Láctea

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O telescópio WISE da NASA flagrou um ângulo diferente de uma família de nebulosas localizada na constelação de Órion, a mais visível do Hemisfério Norte nas noites de inverno. Na imagem, a enorme nuvem espacial ganha uma versão atualizada a partir de dados infravermelhos coletados pelo WISE. Os objetos mais frios, como a poeira das nebulosas, aparecem nas cores verde e vermelha.Os astrônomos estavam interessados em estudar as áreas mais brilhantes dessa região sem tanto brilho. Vista pela nova perspectiva, o campo espacial contém uma vasta nuvem de gás e poeira onde as estrelas nascem.  No centro, podem ser vistas três nebulosas: da Chama, Cabeça de Cavalo e NGC 2023.  A Nebulosa da Chama é a mais brilhante da imagem, pois recebe em seu interior a iluminação de uma estrela que tem 20 vezes a massa do Sol e que só não é tão brilhante por causa da poeira ao redor, que a faz parecer 4 bilhões de vezes menor do que realmente é. A NGC 2023 é o círculo brilhante menor, logo abaixo da Ne