Para astronautas, maior desafio não é ir ao espaço, mas voltar
Não demorou para eu descobrir que o desafio para mim não era ser um operador indo à Lua. Era voltar e ser uma pessoa aqui na Terra, diz Buzz Aldrin Foto: Nasa / Divulgação Poucos seres humanos têm a possibilidade de deixar a Terra. A viagem ao espaço, seja para uma volta na Lua ou vivência na Estação Espacial Internacional, é o ápice da carreira dos astronautas. Alguns dedicam a vida inteira a esse objetivo. Mas muitos dos que realizam esse sonho descobrem que o retorno à Terra pode ser tão difícil quanto a partida. Em entrevista coletiva em 2009, no Rio de Janeiro, Buzz Aldrin, o segundo homem a pisar na Lua, revelou: “Não demorou para eu descobrir que o desafio para mim não era ser um operador indo à Lua. Era voltar e ser uma pessoa aqui na Terra”. Quarenta anos antes, no dia 20 de julho de 1969, Aldrin desceu as escadas do módulo lunar e declarou: “Linda, linda. Desolação magnífica”. A frase inspirou o título de sua última autobiografia, “Desolação magnífica: a longa j