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Afinal, o que aconteceu em Hebes Chasma, no planeta Marte?

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Hebes Mensa, no interior de Hebes Chasma, registrado pela sonda europeia Mars Express. Crédito: ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum), Apolo11.com Marte é um planeta surpreendente, com diversas feições geológicas muito semelhantes às da Terra. O planeta é o mais estudado e visitado por sondas robóticas, mas algumas feições permanecem um grande mistério, como a fantasmagórica plataforma localizada no fundo do maior cânion marciano. Com exceção do profundo vale submarino da Dorsal meso-atlântica, que tem 16 mil km de extensão, Valles Marineris é o maior cânion conhecido pelo homem. Situado na região equatorial do Planeta Vermelho, mede mais de 4 mil km de extensão, 200 km de largura e 7 km de profundidade. Os pesquisadores acreditam que Valles Marineris é uma gigantesca fenda tectônica formada quando a crosta do planeta se elevou a oeste na região do planalto de Tharsis e alargado posteriormente pela força erosiva dos ventos. No fundo da porção norte de Valles Marineris encontra-se He

O passado molhado de Vênus

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Concepção artística de como Vênus pode ter sido em seu primeiro bilhão de anos. O planeta Vênus pode ter sido indistinguível da Terra em seu passado remoto, com oceanos de água líquida na superfície. É o que afirma David Grinspoon, astrobiólogo do Museu de Natureza e Ciência de Denver, nos Estados Unidos, que dedicou boa parte de sua vida a estudar esse mundo vizinho. “Os dados ainda são frouxos o suficiente para permitir a opinião contrária, mas a maioria dos cientistas que analisaram todas as evidências e como elas se encaixam no que aprendemos sobre o Sistema Solar acredita que quase com certeza Vênus começou como um lugar úmido, muito parecido com a Terra – um planeta com oceanos mornos de água líquida.” Hoje, Vênus é um inferno escaldante, com temperatura média de 460 graus Celsius. Mas cabe lembrar que, logo após o seu nascimento, o Sol era 30% menos brilhante. Portanto, havia menos radiação para esquentar o segundo planeta a contar do Sol. Embora a estrela par

Aneis ao redor da nebulosa do anel

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Créditos da imagem: Telescópio Espacial Hubble, Large Binocular Telescope, Subaru Telescope; Composição e Copyright: Robert Gendler Ela  parece familiar para os entusiastas do céu, mesmo com um pequeno telescópio. Contudo, há muito mais a ser visto da Nebulosa do Anel (M57) do que com um pequeno telescópio. O anel central facilmente visível tem cerca de um ano-luz de diâmetro, mas esta exposição incrivelmente profunda – um esforço de colaboração que combina dados de três grandes telescópios diferentes – explora os filamentos curvos de gás brilhante que se estendem muito além da estrela central da nebulosa. Esta composição notável inclui imagens de banda estreita de hidrogênio, a emissão em luz visível e a emissão de luz infravermelha. Claro, neste exemplo bem estudado de uma nebulosa planetária, o material brilhante não vem de planetas. Em vez disso, a mortalha gasosa representa as camadas externas expulsas de uma estrela parecida com o Sol que está morrendo. A Nebulosa do An

O buraco negro no nascimento do universo

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O buraco negro é uma coisa que gera muitas perguntas e dúvidas. Só não ganha da questão que, pra mim é a mais fundamental de todas: se o Big Bang é o início de tudo, o cataclismo que explodiu e deu origem ao nosso universo há 13,7 bilhões de anos, o que foi que o provocou? O que veio antes do Big Bang? Um buraco negro! Três pesquisadores do Instituto Perimeter tiveram uma nova ideia sobre o que poderia ter vindo antes do Big Bang. É uma ideia maluca e quase desconcertante. De acordo com eles, o que percebemos como Big Bang poderia ser a “miragem” tridimensional de uma estrela em colapso em um universo profundamente diferente do nosso. Bom, eu avise que era desconcertante. Para os três cientistas – Robert Mann, Niayesh Afshordi e Razieh Pourhasan -, “o maior desafio da cosmologia é entender o Big Bang em si”. O que a gente normalmente entende sobre o Big Bang, e o que de certa forma faz parte de um senso comum do que se sabe sobre esse fenômeno, é que ele começou com uma singul

Anãs brancas que colidem com estrelas de neutrões explicam supernovas mais solitárias

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Uma equipe de investigação liderada por astrónomos e astrofísicos da Universidade de Warwick descobriu que algumas das supernovas mais solitárias do Universo são provavelmente criadas por colisões de anãs brancas com estrelas de neutrões. O artigo científico foi publicado a semana passada na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. "O nosso trabalho examina as chamadas supernovas transientes 'ricas em cálcio'", afirma o Dr. Joseph Lyman, da Universidade de Warwick. "Estas são explosões luminosas com a duração de semanas. No entanto, não são tão brilhantes nem duram tanto tempo quanto as supernovas tradicionais, o que as torna difíceis de descobrir e estudar em detalhe." Impressão de artista de um sistema binário compacto entre uma anã branca e uma estrela de neutrões, expelido da sua galáxia hospedeira. Quando estão longe da galáxia, fundem-se para produzir as supernovas mais solitárias do Universo.  Crédito: Mark A. Garlick / spa

5 fatos surpreendentes sobre a sonda Rosetta

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A sonda europeia Rosetta fez a sua chegada histórica ao cometa 67P no dia 6 de agosto, tornando-se no primeiro objeto terrestre a ir de encontro a um cometa com a intenção de entrar em órbita. Já com o cometa, a sonda Rosetta irá coletar dados que ajudarão os cientistas a aprender mais sobre os cometas. Especificamente, os resultados irão lançar luz sobre como as antigas rochas geladas que vagueiam através do sistema solar se formaram há milhares de anos. A sonda espacial da Agência Espacial Europeia também pode ajudar os cientistas a encontrar respostas para algumas das questões mais prementes da ciência espacial atual. Aqui estão cinco fatos surpreendentes acerca da sonda Rosetta.  1. Este não é o primeiro rodeio cósmico da Rosetta A Rosetta fez três passagens pela Terra e uma por Marte, a fim de ganhar velocidade suficiente para passar por Júpiter e eventualmente encontrar-se com o cometa, de acordo com a ESA. A sonda também conseguiu obter alguns pontos de vista inter

Desmoronamento em Hebes Chasma em Marte

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Créditos da imagem: ESA, DLR, FU Berlin (G. Neukum) O que aconteceu em Hebes Chasma em Marte? Hebes Chasma é uma depressão ao norte do enorme cânion Valles Marineris. Uma vez que a depressão não está ligada a outras características da superfície, não está claro para onde o material interno se foi. Dentro de Hebes Chasma está Hebes Mensa, uma plataforma com 5 km de altura que parece ter sofrido um desmoronamento parcial incomum – um colapso que poderia estar fornecendo pistas. A imagem acima, tomada pela sonda robótica Mars Express atualmente orbitando Marte, mostra grandes detalhes sobre o abismo e a incomum reentrância em forma de ferradura no centro da plataforma. O material da plataforma parece ter se deslocado sobre o chão do abismo, enquanto uma possível camada escura parece ter se juntado como tinta sobre o terreno da encosta. Uma hipótese recente sustenta que rochas de sal compõem algumas camadas inferiores em Hebes Chasma, onde o sal se dissolveu em fluxos de gelo de

Será que o universo começou com um Big Bang?

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Será que o universo começou com um Big Bang? Um físico da Universidade de Heidelberg afirma que não. De acordo com seu modelo teórico , o professor  e doutor  Christof Wetterich, contrapõe a ideia de expansão cósmica a partir de uma grande explosão. Segundo sua teoria o nascimento do universo se estenderia para o passado infinito, a partir de um estado extremamente frio e estático que então ao longo de trilhões de anos vem se aquecendo paulatinamente, se expandido e se tornando dinâmico. Este ponto de vista se sustenta a partir de pressupostos teóricos fundamentados na ideia de que as massas de todas as partículas estariam aumentando constantemente, como consequência da ação dos bósons de Higgs e que ao invés do universo se expandir  a partir de uma grande explosão, ele estaria se expandindo lentamente e também estaria eventualmente encolhendo ao longo de períodos de tempo muito prolongados. Na teoria do Big Bang quando mais nos aproximamos do instante dessa grande explosão mais