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Descoberto segundo asteroide troiano da Terra

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  Como os astrônomos imaginam o 2020 XL5 e como eles realmente o viram Asteroides troianos   Astrônomos espanhóis lideraram uma equipe internacional que confirmou a existência do segundo asteroide troiano da Terra conhecido até hoje, após uma década de buscas. Chamado 2020 XL5, o pequeno objeto tem cerca de 1.000 metros de diâmetro, o que o torna bem maior do que o 2010 TK7, que até agora era o único troiano terrestre conhecido.  Os asteroides troianos são corpos que orbitam outro corpo celeste nos pontos de Lagrange L4 ou L5 de um sistema. Todos os objetos celestes no Sistema Solar - ou em qualquer outro - sentem a influência gravitacional de todos os outros corpos massivos do sistema, o que, no nosso caso, inclui o Sol e os planetas.  Se considerarmos apenas o sistema Terra-Sol, existem cinco pontos onde as forças gravitacionais que atuam sobre um objeto localizado naquele ponto se cancelam. Essas regiões são chamadas de pontos de Lagrange, ou pontos lagrangeanos.  Os asteroi

Existem 40 quintilhões de buracos negros no universo, diz estudo

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  Massivo buraco negro estelar (ilustração). (Fonte: NASA/CXC/M.Weiss/Wikimedia Commons/Reprodução. ) Pesquisadores da Scuola Internazionale Superiore di Studi Avanzati (SISSA), em Trieste, na Itália, publicaram neste mês um estudo na revista The Astrophysical Journal, no qual avaliam a formação e a evolução dos buracos negros (BHs na sigla em inglês) no universo. A pesquisa apurou que cerca de 1% da matéria comum do Universo está dentro de buracos negros estelares, e também avaliou, de forma inédita, quantos BHs existem.   Teoricamente, buracos negros são objetos astronômicos com atração gravitacional tão intensa que nenhuma partícula, e nem mesmo a luz, consegue escapar dele. Das duas principais classes desses objetos existentes, os cientistas optaram por abordar, nesse primeiro artigo de uma série, a demografia dos buracos negros de massa estelar, formados a partir do colapso de uma estrela com mais de 20 massas solares, sob seu próprio peso.   Quantos buracos negros existem no

Nova análise leva a uma visão fundamentalmente diferente dos buracos negros supermassivos

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  Impressão de artista do quasar ULAS J1120+0641. Crédito: ESO/M. Kornmesser Localizados no centro das galáxias, os buracos negros supermassivos são milhões ou até milhares de milhões de vezes mais massivos do que o nosso Sol. Com a sua poderosíssima atração gravitacional, são capazes de engolir grandes quantidades de gás, poeira e talvez até mesmo estrelas que vagueiam demasiado perto.   A física diz-nos que este material tende a formar um disco à medida que é atraído para o buraco negro, num fenómeno chamado "acreção". Estes discos de acreção são dos lugares mais violentos do Universo conhecido, com velocidades que se aproximam da velocidade da luz e temperaturas muito superiores à da superfície do nosso Sol. Este calor produz radiação que vemos como luz, mas a conversão de calor em luz é tão eficiente - cerca de 30 vezes mais eficiente do que a fusão nuclear - que os físicos não compreendem bem como.   Gigantes cósmicos famintos   Os padrões alimentares dos buracos n

Traçadas rotas de galáxias ao longo de centenas de milhões de anos-luz

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  Aglomerado de galáxias: agrupamento dominante de matéria no universo. Crédito: ESA/Hubble & Nasa, Relics Tudo em nosso universo se move, mas as escalas de tempo necessárias para ver o movimento são muitas vezes bem maiores do que as vidas humanas. Em um novo estudo, uma equipe de astrônomos do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí (IfA, nos EUA), da Universidade de Maryland (EUA) e da Universidade de Paris-Saclay (França) traçou o movimento de 10 mil galáxias e aglomerados de galáxias, as congregações dominantes de matéria, em 350 milhões de anos-luz. Seus movimentos são seguidos ao longo de um período de 11,5 bilhões de anos – desde as origens das galáxias, quando o universo tinha apenas 1,5 bilhão de anos, até hoje, com uma idade de mais de 13 bilhões de anos. Calculando caminhos de galáxias Usando uma técnica matemática chamada método de ação numérica, a equipe calculou esses caminhos com base no brilho e nas posições atuais das galáxias e em seu movimento atual

Revelados quase 1000 misteriosos filamentos no centro da Via Láctea

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  Mosaico do centro da Via Láctea, capturado no rádio. Os filamentos magnéticos são os "cortes" grandes e verticais espalhados pela imagem.  Crédito: Universidade Northwestenr, Yusef-Zadeh et al., SARAO Uma nova imagem telescópica, sem precedentes, do centro turbulento da Via Láctea, revelou quase 1000 filamentos misteriosos, inexplicavelmente "pendurados" no espaço.  Esticando-se até 150 anos-luz, os "fios" unidimensionais (ou filamentos) encontram-se em pares e em aglomerados, muitas vezes empilhados e igualmente espaçados, lado a lado como cordas numa harpa. Usando observações no rádio, Farhad Yusef-Zadeh, da Universidade Northwestern, descobriu os filamentos magnéticos altamente organizados no início da década de 1980. Os filamentos mistificantes que ele encontrou são compostos por eletrões de raios cósmicos que giram no campo magnético a uma velocidade próxima da da luz. Mas a sua origem tem permanecido um mistério por resolver desde então.  Agora

Conheça o buraco negro mais próximo da Terra

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  Chamado de “O Unicórnio”, o buraco negro mais próximo de nós foi localizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio. Ele está a “apenas” 1500 anos-luz.    Os pesquisadores nomearam o buraco negro de “O Unicórnio”, devido à sua raridade e pelo fato dele estar localizado na Constelação de Monoceros, que também é chamada popularmente pelo nome do animal mitológico. Sua identificação foi possível graças a distorção que ele causa em uma estrela gigante vermelha. A intensa gravidade do Unicórnio “puxa” a estrela para dentro do seu campo gravitacional. E esse movimento deixa a estrela oval.   “Assim como a gravidade da lua distorce os oceanos da Terra, fazendo com que os mares se projetem em direção à lua e depois se afastem dela, produzindo marés altas, o buraco negro distorce a estrela em uma forma de bola de futebol [americano], com um eixo mais longo que o outro”, disse Todd Thompson, um dos autores da descoberta. Considerado pequeno em comparação com outros buracos negro

Uma estrela onde não deveria estar

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  Há uma estrela massiva no halo da nossa galáxia, longe dos locais habituais de formação de estrelas. Como foi parar lá? A estrela do tipo  O  HD 93521 está no halo da Via Láctea, longe do plano galáctico de formação de estrelas. Aladin Lite O disco crepe da nossa galáxia, com 100.000 anos-luz de largura e 1.000 anos-luz de espessura, é onde quase todas as estrelas da Via Láctea se formam. Assim, os astrônomos ficaram perplexos quando, anos atrás, encontraram uma estrela massiva 3.000 anos-luz acima do plano galáctico – bem fora do disco fino. Esta estrela era muito jovem para ter viajado para fora do disco após seu nascimento. Mas a ideia de que tal estrela poderia ter se formado recentemente no halo desprovido de gás desafiava a razão.   Agora, Douglas Gies (Georgia State University) e colegas propuseram uma possível história de fundo para este andarilho estelar, apelidado de HD 93521. Atualmente é uma estrela azul do tipo O com 17 vezes a massa do Sol, mas talvez nem sempre tenha

Astrônomos encontram objeto misterioso nunca visto antes

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  Aspeto ilustrativo do objecto caso seja um magnetar. Os magnetares são estrelas de neutrões incrivelmente magnéticas, algumas das quais produzem, por vezes, emissões de rádio. Os magnetares conhecidos completam uma volta sob si próprios a cada poucos segundos, mas teoricamente, os "magnetares de período ultralongo" poderiam girar muito mais lentamente.  Crédito: ICRAR Uma equipe de astrônomos da Curtin University Honors, na Austrália, descobriu um objeto misterioso na Via Láctea, diferente de tudo que foi visto antes. Girando no espaço, o estranho objeto envia um feixe de radiação por um minuto, que se repete a cada 20 minutos. É uma das fontes de rádio mais brilhantes visto no céu.  De início, acharam que ​poderia ser uma estrela de nêutrons ou uma anã branca – núcleos de estrelas em colapso – com um campo magnético ultrapoderoso. “Este objeto estava aparecendo e desaparecendo ao longo de algumas horas durante nossas observações”, disse astrofísica Dra. Natasha Hurley-W

Jato da Jovem Estrela MHO 2147

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Estrelas-guia laser e a ótica adaptativa aperfeiçoaram esta espantosa imagem de jatos estelares pelo Observatório Gemini South, nos Andes Chilenos. Estes fluxos gémeos de MHO 2147 são de uma jovem estrela em formação. Está situada na direção da Via Láctea central e na fronteira das constelações Sagitário e Ofiúco, a uma distância estimada de cerca de 10.000 anos-luz. No centro, a própria estrela é obscurecida por uma densa região de poeira fria. Mas a imagem infravermelha ainda traça os jatos sinuosos através da imagem que abrangeria cerca de 5 anos-luz à distância estimada do sistema. Conduzidos para fora pela jovem estrela giratória, a aparente direção errante dos jatos é provavelmente devida à precessão. Parte de um sistema estelar múltiplo, o eixo rotacional da jovem estrela precessaria lentamente ou oscilaria como um pião sob a influência gravitacional das suas companheiras próximas. Crédito: Observatório Internacional Gemini / NOIRLab / NSF / AURA; Reconhecimento - L. Ferrero (Un

Buracos negros: o misterioso nascimento de um pode enfim ter sido visto

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  Observações de explosão de um tipo específico de estrela apresentaram aos cientistas pistas de que não se tratava de uma simples explosão de supernova Imagem de uma estrela Wolf Rayet – potencialmente antes de colapsar num buraco negro. Crédito: ESO/L. Calçada, CC BY-SA Os astrônomos estão cada vez mais abrindo as cortinas dos buracos negros. Nos últimos anos, finalmente capturamos fotos reais dessas criaturas temíveis e medimos as ondas gravitacionais – ondulações no espaço-tempo – que elas criam ao colidir. Mas ainda existe muito que não sabemos sobre buracos negros. Um dos maiores enigmas é exatamente como eles se formam em primeiro lugar.  Meus colegas e eu agora acreditamos que observamos esse processo, fornecendo algumas das melhores indicações até agora do que exatamente acontece quando um buraco negro se forma. Nossos resultados são publicados em dois artigos na Nature e no Astrophysical Journal.  Os astrônomos acreditam, tanto em bases observacionais quanto teóricas, que