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Mostrando postagens de dezembro 19, 2014

Nunca visto antes: duas estrelas azuis em processo de fusão

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Um dos eventos mais raros foi confirmado recentemente: trata-se de um par de estrelas azuis gigantes em um processo de fusão. Estrelas binárias são mais comuns na nossa galáxia que estrelas solitárias, como o nosso sol. Mesmo assim, este par chamou a atenção dos astrônomos. Estrelas azuis são estrelas gigantes. Neste par em particular, uma possuía 38 massas solares e a outra 32 massas solares. Elas também são quentes, por isto a cor azul. O par encontrado, chamado MY Camelopardalis ou MY Cam, está na Constelação da Girafa (“camelopardalis” é o nome em latim para girafa), a uma distância de apenas 1.300 anos-luz, e foi visto pelos astrônomos do Observatório Calar Alto , Almería, Espanha. A equipe, liderada pelo astrônomo Javier Lorenzo da Universidade de Alicante, descobriu que MY Cam viaja a uma velocidade de um milhão de quilômetros por hora, e completa uma órbita a cada 1,2 dias, um período tão curto que indica que as estrelas estão muito próximas, com suas atmosferas entra

Missão Rosetta: sonda Philae pode acordar a qualquer momento

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A foto mostra um dos pés da sonda Philae, em imagem registrada pelo próprio explorador algumas horas após o pouso. Crédito: ESA, Apolo11.com. Depois de um pouso dramático na superfície do cometa 67/P e da prematura perda de contato com a Terra, pesquisadores da Agência Espacial Europeia estão bastante confiantes e acreditam que a sonda poderá acordar e voltar ao trabalho nos próximos dias. Embora a missão Rosetta seja considerada um sucesso por cientistas de todo o mundo, a sonda Philae teve sérios problemas assim que tocou a superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, em novembro de 2014. O pequeno robô de 100 quilos sofreu um forte impacto no momento do pouso e quicou duas vezes pela superfície irregular de 67/P, indo parar a cerca de 1 km do local programado. Embora não tenha sofrido danos, Philae estacionou ligeiramente inclinada e escorada entre duas rochas, sendo que uma delas bloqueou os raios de Sol, necessários para alimentar seus painéis solares. Como resul

Encontrada solução exata para modelar o Big Bang

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A solução se aplica a uma grande variedade de contextos da física, das colisões de partículas subatômicas às colisões de galáxias.[Imagem: Gabriel S. Denicol et al. - 0.1103/PhysRevLett.113.202301] Exatidão física Uma equipe internacional, da qual faz parte o físico Jorge Noronha, da USP (Universidade de São Paulo), acaba de apresentar uma solução exata para os primeiros momentos de vida do Universo. Ao contrário da matemática, é raro encontrar soluções exatas aplicáveis em problemas de física, que costumam se contentar com aproximações. O grupo apresentou a primeira solução exata que descreve um sistema que está se expandindo a velocidades relativísticas radial e longitudinalmente - como se acredita ter ocorrido no início da história do Universo, logo após o Big Bang. A equação agora resolvida foi criada pelo físico austríaco Ludwig Boltzmann, em 1872, para modelar a dinâmica de fluidos e gases. Boltzmann estava bem à frente de seu tempo, uma vez que, quando propôs a

As estrelas quentes azuis de Messier 47

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Esta imagem espetacular do aglomerado estelar Messier 47 foi obtida com a câmera Wide Field Imager, instalada no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros no Observatório de La Silla do ESO, no Chile. Apesar deste jovem aglomerado aberto ser dominado por estrelas azuis e brilhantes, contém também algumas estrelas gigantes vermelhas contrastantes.  O aglomerado estelar Messier 47 situa-se a aproximadamente 1600 anos-luz de distância da Terra, na constelação da Popa (a ré do navio mitológico Argo). Foi observado pela primeira vez alguns anos antes de 1664 pelo astrônomo italiano Giovanni Battista Hodierna e descoberto mais tarde de forma independente por Charles Messier que, aparentemente, não tinha conhecimento da observação feita anteriormente por Hodierna. Embora seja brilhante e fácil de observar, Messier 47 é um dos aglomerados abertos com menos população. São apenas visíveis cerca de 50 estrelas neste aglomerado, distribuídas numa região com uma dimensão de 12 anos-luz, isto com

Sonda da Nasa descobre primeiro exoplaneta em nova missão

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Planeta na constelação de Peixes é duas vezes e meia maior do que o nosso. A sonda espacial Kepler, da Nasa (agência espacial americana), descobriu o primeiro exoplaneta em sua nova missão K-2. A descoberta, que será publicada no Astrophysical Journal, só foi possível porque os astrônomos e engenheiros desenvolveram uma forma de redirecionar a sonda, que apresentou uma falha em seu sistema de direcionamento em 2013. No verão passado, a possibilidade de uma missão científica produtiva para Kepler após sua falha na roda de reação não existia. Hoje, graças a uma ideia inovadora e muito trabalho duro por parte da equipe, Kepler poderá descobrir novos exoplanetas que ajudarão a compreender as atmosferas de planetas distantes ", afirma Paul Hertz, diretor da divisão de astrofísica da Nasa. O recém-descoberto exoplaneta HIP 116454b tem 2,5 vezes o diâmetro da Terra e segue nove dias de órbita em torno de uma estrela que é menor e mais fria do que o nosso Sol, tornando o plane