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Mostrando postagens de maio, 2018

Meteorito antigo conta história da topografia de Marte

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O meteorito marciano Northwest Africa (NWA) 7034, com a alcunha "Black Beauty", pesa aproximadamente 320 gramas. Crédito: NASA Ao examinarem um antigo meteorito marciano que pousou no deserto do Saara, cientistas e colaboradores do LLNL (Lawrence Livermore National Laboratory) determinaram como e quando a divisão crustal topográfica e geofísica do Planeta Vermelho se formou.  NWA (Northwest Africa) 7034 é o mais antigo meteorito marciano descoberto até à data, com aproximadamente 4,4 mil milhões de anos. O meteorito é uma brecha (contém uma variedade de rochas crustais que foram misturadas e depois sinterizadas por aquecimento) e é a única amostra de Marte com uma composição representativa da crosta média marciana.  O meteorito forneceu aos investigadores uma oportunidade única para estudar a antiga crosta de Marte.  A equipa aplicou um número de técnicas de datação radioisotópica para determinar que a divisão (ou dicotomia) entre os planaltos meridionais fortem

Uma lupa para um pulsar

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O pulsar PSR B1957 + 20 é visto em segundo plano através da nuvem de gás que envolve seu companheiro estrela marrom anão. Mark A. Garlick / Instituto Dunlap de Astronomia e Astrofísica, Univ. de Toronto Em um sistema a 6.500 anos-luz de distância, um pulsar e uma anã marrom dançam um dervixe cósmico, chicoteando um ao outro a cada nove horas. Sua dança não vai durar - além de seu feixe de ondas de rádio como um farol, o pulsar PSR B1957 + 20 está emitindo um vento feroz de partículas que está lentamente explodindo seu companheiro. Por essa razão, o pulsar ganhou o nome de “viúva negra”, depois das espécies de aranha que comem seu parceiro.   Mas antes que a refeição esteja completa, a anã marrom tem algo a nos oferecer: uma lupa que expõe o pulsar em detalhes incríveis. O sistema inteiro é minúsculo: a anã marrom é do tamanho de Júpiter e o pulsar é apenas do tamanho de Manhattan; a distância que os separa é aproximadamente cinco vezes a distância entre a Terra e a Lua.

Uma vizinhança superlotada

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Brilhando intensamente a cerca de 160 000 anos-luz de distância da Terra, a Nebulosa da Tarântula é a estrutura mais impressionante da Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da nossa Via Láctea. O Telescópio de Rastreio do VLT, instalado no Observatório do Paranal do ESO, no Chile, observou esta região e os seus arredores ricos com extremo detalhe, revelando uma paisagem cósmica de aglomerados de estrelas, nuvens de gás brilhante e restos espalhados de explosões de supernovas. Trata-se da imagem mais nítida obtida até hoje de toda a região.   Aproveitando as capacidades do VST — VLT Survey Telescope, situado no Observatório do Paranal do ESO, no Chile, astrônomos capturaram esta nova imagem muito detalhada da Nebulosa da Tarântula e dos seus numerosos aglomerados estelares e nebulosas vizinhas. A Tarântula, também conhecida por 30 Doradus, é a região de formação estelar mais brilhante e energética do Grupo Local de galáxias.   A Nebulosa da Tarântula, no alto da imagem, tem

Rochas Marcianas podem conter sinais de vida

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O delta da Cratera Jezero, o delta de um rio antigo bem preservado em Marte. Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS/JHU-APL Uma investigação sugere que rochas ricas em ferro, perto de lagos antigos em Marte, podem conter pistas cruciais que mostram que a vida lá existiu.  Estas rochas - que se formaram em leitos de lagos - são o melhor lugar para procurar evidências fósseis de vida de há milhares de milhões de anos atrás, dizem os cientistas.   Um novo estudo que lança luz sobre o local onde fósseis podem e star preservados pode ajudar a procurar vestígios de criaturas minúsculas - conhecidas como micróbios - em Marte, que se pensa ter tido a capacidade para suportar formas de vida primitivas há cerca de 4 mil milhões de anos. Rochas antigas Uma equipe liderada por um investigador da Universidade de Edimburgo determinou que rochas sedimentares feitas de barro ou argila compacta são as mais propensas a conter fósseis. Estas rochas são ricas em ferro e um mineral chamado sílic

Hubble mostra o universo local em luz ultravioleta

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Dados sobre estrelas e aglomerados de 50 galáxias na nossa ‘vizinhança’ cósmica vão ajudar a melhorar compreensão sobre a formação e evolução destes objetos Uma equipe internacional de astrônomos criou um catálogo de observações em luz ultravioleta, composto por cerca de 8.000 aglomerados e 39 milhões de estrelas azuis quentes, pertencentes a 50 galáxias.  As observações foram feitas usando o Telescópio Espacial Hubble. A luz ultravioleta é usada para rastrear as estrelas mais jovens e quentes.  Essas estrelas têm uma vida útil relativamente curta e são extremamente brilhantes.  Os astrônomos obtiveram detalhes, em luz visível e ultravioleta, de 50 galáxias localizadas a não mais de 60 milhões de anos-luz da Terra.   NGC 6744 As 50 galáxias foram escolhidas de um grupo de 500 candidatos que cumpriram certos requisitos de observação, por exemplo: sua massa, a taxa de formação de estrelas e a abundância de elementos mais pesados ​​que o hidrogênio e o hélio.  Devido à proxi

Físico acredita em “teoria unificada” para o estudo das singularidades do espaço-tempo

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As singularidades são os objetos mais extremos do universo. Elas se formam quando estrelas ficam sem “combustível” e entram em colapso sob seus próprios campos gravitacionais. Quando as singularidades são cercadas por uma superfície de onde nada, nem mesmo a luz, pode escapar, conhecida como horizonte de eventos, este objeto é o que conhecemos como buraco negro. As singularidades são também um mistério. Isso porque, para explorar a verdadeira natureza das singularidades, precisaríamos de uma teoria que unificasse a relatividade geral e a mecânica quântica. Por enquanto, essa é uma tarefa que ninguém conseguiu realizar. Porém, em um texto publicado no site da revista Scientific American, o físico Avi Loed, professor da Universidade de Harvard, diz acreditar que seja possível avançarmos até o ponto de chegarmos a uma teoria que nos faça “ver” as singularidades. Mesmo no contexto de propostas específicas para um modelo unificado, como a teoria das cordas, a natureza das singu

Estudo examina a história das pequenas luas de Saturno

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A formação de Atlas, uma das pequenas luas interiores de Saturno. A sua forma achatada, em forma de ravioli, é o resultado de uma colisão e fusão entre dois corpos de tamanho idêntico. A imagem é uma instantâneo da colisão, antes da reorientação da lua, devido às marés, ficar completa. Crédito: A. Verdier As pequenas luas interiores de Saturno parecem-se com ravioli e com "spaetzle" (massa alemã) gigantes. A sua forma espetacular foi revelada pela sonda Cassini. Pela primeira vez, investigadores da Universidade de Berna mostram como essas luas foram formadas. As formas peculiares são um resultado natural das colisões e fusões entre pequenas luas de tamanho semelhante, como demonstram simulações em computador. Quando Martin Rubin, astrofísico da Universidade de Berna, viu as imagens das luas de Saturno, Pã e Atlas, na internet, ficou intrigado. As imagens obtidas pela sonda Cassini em abril de 2017 mostravam objetos que a NASA descreveu no seu comunicado de impren

15 curiosidades sobre asteroides que você talvez desconheça

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1 –  O primeiro asteroide a ser descoberto na História foi  Ceres  — hoje classificado como planeta-anão —, que foi identificado pelo padre e astrônomo italiano  Giuseppe Piazzi  em 1801. 2 – Quem “inventou” a denominação asteroide foi o astrônomo  William Herschel , em 1802, e a palavra deriva do vocábulo grego “aster” — que significa “estrela”. 3 – Até onde se sabe, existem mais de 600 mil asteroides “residindo” no nosso  Sistema Solar  e a maioria deles se encontra em órbita no cinturão de asteroides que existe entre  Marte  e  Júpiter . 4 – Existem quase 1,4 mil asteroides conhecidos que poderiam causar um baita estrago se colidissem contra o nosso planeta. 5 – Marte se encontra mais próximo do  cinturão de asteroides  do que nós e, por isso, tem mais chances de ser atingido por uma dessas rochas espaciais. 6 – Alguns asteroides que existem por aí são antigos cometas que perderam todo o gelo de sua composição e mantiveram apenas o material rochoso. 7 – No ano

E0102-72.3: Uma estrela de nêutrons distante e solitária

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Composição de E0101, no óptico e em raios-X. Crédito: raios-X (NASA/CXC/ESO/F. Vogt et al.); ótico (ESO/VLT/MUSE & NASA/STScI) Os astrónomos descobriram um tipo especial de estrela de neutrões pela primeira vez fora da Via Láctea, usando dados do Observatório de raios-X Chandra da NASA e do VLT (Very Large Telescope) do ESO no Chile.   As estrelas de neutrões são os núcleos ultradensos de estrelas massivas que colapsam e explodem como supernovas. Esta estrela de neutrões recém-identificada é de uma variedade rara pois tem um campo magnético fraco e não tem uma companheira estelar.  A estrela de nêutrons está localizada no remanescente de uma supernova - conhecida como 1E 0102.2-7219 (abreviada E0102) - na Pequena Nuvem de Magalhães, a 200.000 anos-luz da Terra.   A nova composição de E0102 permite que os astrônomos aprendam novos detalhes sobre este objeto que foi descoberto há mais de três décadas atrás. Nesta imagem, os raios-X do Chandra têm tons azuis e roxos, enquant

Um arco cósmico verde

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Essa imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA mostra um aglomerado com centenas de galáxias localizado a aproximadamente 7.5 bilhões de anos-luz de distância da Terra. A galáxia mais brilhante do aglomerado é a SDSS J1156+1911 e é conhecida como a Galáxia Mais Brilhante do Aglomerado, em inglês BCG, e pode ser visível na parte central inferior do frame.  Ela foi descoberta pelo Sloan Giant Arc Survey, que estuda dados dos mapas que cobrem imensas partes do céu do Sloan Digital Sky Survey. E o resultado é que esse projeto encontrou mais de 70 galáxias que são fortemente afetadas pelo fenômeno cósmico conhecido como lente gravitacional. A lente gravitacional é das previsões da Teoria Geral da Relatividade de Albert Einstein. A massa contida dentro de uma galáxia é tão grande que ela pode contorcer o chamado tecido do espaço-tempo, fazendo com que a luz viaje então por trajetórias curvas. Como resultado, a imagem das galáxias mais distantes aparecem distorcidas e

Busca de vida em outros planetas não pode ser terra-cêntrica

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Seja algum tipo de vida orgânica em planetas extrassolares ou mesmo tipos exóticos de vida, muito além da vida que conhecemos, o fato é que a busca por vida espalhada pelo Universo agora é uma pesquisa levada a sério.[Imagem: ESO/M. Kornmesser] Vidas passadas a limpo  Assim que a busca por sinais de vida em outros planetas se estabeleceu como uma disciplina científica de pleno direito, ficou claro que as coisas são bem mais complicadas do que simplesmente colocar um radar no espaço para encontrar discos voadores.  Em vez disso, o caminho natural parece ser identificar  bioassinaturas , sinais de processos biológicos nas atmosferas dos exoplanetas que possam ser detectados aqui da Terra.  O problema é que descobertas feitas aqui mesmo no Sistema Solar estão colocando em dúvida as primeiras hipóteses sobre a vida em outros planetas, que se baseiam na definição de zonas habitáveis ou na presença de placas tectônicas nos exoplanetas, por exemplo.  "Vinha sendo padrão pe

O Centro da Galáxia SEYFERT NGC 5643

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Esta  Foto da Semana do ESO   mostra o centro da galáxia NGC 5643, situada a 55 milhões de anos-luz de distância, na constelação do Lobo, também conhecida como uma   galáxia Seyfert . Estas galáxias possuem centros muito luminosos — que se pensa serem alimentados por matéria que está sendo acretada por um   buraco negro supermassivo   que se encontra no seu interior — que podem também estar envolvidos ou obscurecidos por nuvens de poeira e material intergaláctico. O resultado disto é que pode ser difícil observar o  centro ativo  de uma galáxia Seyfert. NGC 5643 apresenta um desafio suplementar: quando observada a partir da Terra apresenta-se com uma inclinação elevada, o que faz com que seja ainda mais difícil observar o seu interior. No entanto, os cientistas utilizaram o  Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) juntamente com dados de arquivo do instrumento MUSE ( Multi Unit Spectroscopic Explorer ), instalado no  Very Large Telescope  do ESO, para revelar esta