Os anéis de Saturno podem duplicar-se como uma fábrica de luas
Um novo modelo sugere que muitas luas podem ter surgido em anéis em volta de planetas como Saturno, Urano, Netuno e até da Terra, em algum momento no passado. Tradicionalmente, acredita-se que as luas surgem quando discos gasosos se fundem em volta de um planeta. É um modelo ainda aplicado a luas como as de Júpiter. No caso de Saturno, os satélites seguem um padrão curioso. As órbitas delas estão próximas das bordas dos anéis, e as luas crescem e se espalham mais conforme ficam mais longe. Os anéis do planeta marcam o limite Roche. Até este limite, as luas seriam atraídas e fundidas aos anéis. Fora do limite, elas conseguem sobreviver, pois as forças gravitacionais são mais fracas. Aliás, esta é a origem dos anéis do planeta, segundo os astrônomos. Mas os anéis não são estáticos. Enquanto fragmentos mais próximos do planeta trocam momentos angulares com os fragmentos mais distantes, perdendo energia e entrando em rota de colisão com o planeta, os pedaços maiores ganham energia