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O “último abraço” do VIMOS

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Nesta imagem , obtida pelo instrumento  VIMOS  montado no  Very Large Telescope  do ESO, podemos ver duas galáxias em espiral presas numa dança rodopiante. As duas galáxias em interação — NGC 5426 e NGC 5427 — formam em conjunto um intrigante objeto astronômico chamado Arp 271, o qual foi capturado pelo VIMOS antes deste ser desativado a 24 de Março de 2018.   O VIMOS, VIsible Multi-Object Spectrograph, esteve em operação no VLT durante impressionantes 16 anos. Durante este tempo, o instrumento ajudou os cientistas a estudar as  fases iniciais rebeldes da vida de galáxias massivas , observar  interações de galáxias triplas  e explorar questões cósmicas profundas, como por exemplo, como é que as galáxias mais massivas do Universo  cresceram tanto . Em vez de se focar apenas num único objeto, o VIMOS podia captar informação detalhada sobre centenas de galáxias de uma só vez.  Este instrumento muito sensível colectou espectros de dezenas de milhares de galáxias em todo o Universo

Uma formiga espacial dispara os seus lasers

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A Nebulosa da Formiga, fotografada pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, assemelha-se à cabeça e corpo de uma formiga. Na realidade, é o resultado da morte de uma estrela parecida com o Sol e de complexas interações de material no seu coração. Crédito: NASA, ESA e Equipa de Arquivo do Hubble (STScI/AURA) Um fenómeno raro, relacionado com a morte de uma estrela, foi descoberto em observações feitas pelo observatório espacial Herschel da ESA: uma emissão de laser incomum da espetacular Nebulosa da Formiga, que sugere a presença de um sistema duplo de estrelas escondido no seu coração.  Quando as estrelas de baixo a médio peso, como o nosso Sol, se aproximam do fim das suas vidas, tornam-se, eventualmente, estrelas anãs brancas e densas. No processo, expelem as suas camadas externas de gás e poeira para o espaço, criando um caleidoscópio de padrões intricados, conhecidos como uma nebulosa planetária. As observações do Herschel, no infravermelho, mostraram que a morte dr

Telescópio caçador de planetas faz sua primeira foto

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São cerca de 200.000 estrelas em apenas uma imagem - o TESS irá observar o céu inteiro.[Imagem: NASA/MIT/TESS] 200.000 estrelas O  telescópio caçador de exoplanetas TESS , da NASA, enviou sua primeira imagem de testes.  Lançado há cerca de um mês, ele estava próximo da Lua quando fez a foto - para estabilizar sua órbita final de 13,7 dias ao redor da Terra, o telescópio espacial está usando uma assistência gravitacional da Lua.  A imagem está distante dos primores apresentados pela equipe do telescópio Hubble, por exemplo, mas a qualidade do telescópio fica patente no fato de ela conter mais de 200.000 estrelas. O trabalho do telescópio será catalogar as estrelas - ele irá observar o céu inteiro - e depois monitorá-las em busca de variações no seu brilho, que podem indicar a presença de planetas - a luz da estrela sofre uma pequena variação quando um planeta passa à sua frente, uma técnica conhecida como trânsito planetário.  A imagem foi feita por uma das quatro câmeras d

10 incríveis fatos sobre o Planeta Nove

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No começo de janeiro de 2016, a notícia da descoberta de um possível novo planeta no sistema solar, o Planeta Nove, deixou a comunidade cientifica em polvorosa. Ainda temos muito a aprender sobre esse novo integrante da nossa família de planetas, mas sabemos que ele é gigante – com massa pelo menos 10 vezes maior que a Terra. Tão grande que seu apelido é “Gorducho” entre os astrônomos que o encontraram. Confira abaixo 10 fatos curiosos sobre o nosso caçula: 10. Ele foi descoberto pelo mesmo cara que rebaixou Plutão Você pode até não reconhecer o nome Mike Brown de cara, mas com certeza já ouviu falar nele. Em 2005, ele descobriu um objeto espacial chamado Eris, que foi brevemente um candidato à planeta. A descoberta causou uma discussão sobre o que de fato caracteriza um planeta, que resultou no rebaixamento de Plutão da posição de planeta para planeta anão. Ele até escreveu o livro “How I killed Pluto (and why it had it coming)”, ou “Como matei Plutão e porque ele mereceu”,

Novo objeto descoberto no sistema solar sugere que existe um Planeta 9

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Os astrônomos especulam há alguns anos que um nono planeta pode orbitar nosso astro-rei a uma grande distância, na fronteira do sistema solar. Embora não tenhamos encontrado evidências diretas de tal planeta ainda, mais uma descoberta fornece provas indiretas de sua existência. Recentemente, os cientistas analisaram um objeto planetário com uma órbita incomum, chamado 2015 BP519, que apoia o caso de um nono planeta não descoberto. 2015 BP519 pode ser tão grande quando um planeta-anão e orbita o sol em um ângulo de 54 graus em comparação com quase tudo no sistema solar interior. Uma das principais teorias para explicar isso é que o Planeta Nove é responsável por tal desvio. Influência gravitacional A caçada pelo “Planeta Nove” começou em 2016. Enquanto os pesquisadores observavam um punhado de objetos distantes no sistema solar, perceberam algo estranho: todos eles, mais longes do sol que Plutão, orbitavam a estrela em um ângulo distinto diferente dos planetas internos. As obse

DADOS antigos revelam evidências novas sobre as plumas de EUROPA

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Impressão de artista de Júpiter e de Europa (no plano da frente) com a sonda Galileo depois de passar pela pluma expelida da superfície da lua. Uma nova simulação de computador dá-nos uma ideia de como o campo magnético interagiu com a pluma. As linhas do campo magnético (em azul) mostram como a pluma interage com o fluxo ambiente de plasma joviano. As cores vermelhas das linhas mostram áreas mais densas de plasma. Crédito: NASA/JPL-Caltech/Universidade de Michigan Cientistas que reexaminavam dados de uma antiga missão desenterraram novas informações acerca da tentadora questão da habitabilidade da lua de Júpiter, Europa. Os dados fornecem evidências independentes de que o reservatório de água líquida à subsuperfície da lua pode estar a libertar plumas de vapor de água acima da sua camada de gelo. Dados recolhidos pela sonda Galileo da NASA em 1997 foram submetidos a modelos computacionais novos e avançados para desvendar um mistério - uma breve curva localizada no campo ma

O que são planetas órfãos?

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Com temperaturas próximas do zero absoluto, esses planetas não são muito atrativos para morar São corpos celestes com massa planetária que não orbitam uma estrela e se encontram soltos na galáxia.  Também chamados de errantes, interestelares e nômades, estes planetas se formam como os demais: dentro de discos protoplanetários de poeira e gás que se aglutinam e resultam, posteriormente, em planetas estáveis. Porém, como os discos – que sempre se formam em torno de uma estrela – apresentam colisões constantes entre os planetoides recém-formados, estes podem ser arrancados da órbita estelar e ganhar o status de órfãos.  É importante frisar, contudo, que esses planetas ainda orbitam o centro da galáxia, como os demais astros.   A localização desse tipo de corpo ainda é difícil, portanto sua incidência na galáxia é incerta: até o momento, os pesquisadores encontraram apenas 16 astros confirmados como planetas órfãos ou candidatos à posição. Os cinco maiores (em termos de massa) são

ALMA e VLT descobrem formação de estrelas apenas 250 milhões de anos após o Big Bang

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Esta imagem, obtida com o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, mostra o aglomerado de galáxias MACS J1149.5+2223. A imagem inserida, obtida pelo ALMA, mostra a galáxia muito distante MACS1149-JD1, observada como era há 13,3 bilhões de anos atrás. A distribuição de oxigênio detectada pelo ALMA está assinalada em vermelho. C rédito:  ALMA (ESO/NAOJ/NRAO), NASA/ESA Hubble Space Telescope, W. Zheng (JHU), M. Postman (STScI), the CLASH Team, Hashimoto et al. Com o auxílio do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) e do Very Large Telescope do ESO (VLT), astrônomos determinaram que a formação estelar na galáxia muito distante MACS1149-JD1 começou numa época surpreendentemente precoce, apenas 250 milhões de anos após o Big Bang. Esta descoberta também revelou o oxigênio mais distante já encontrado no Universo e a galáxia mais distante observada pelo ALMA ou pelo VLT até agora. Estes resultados serão publicados na revista Nature em 17 de Maio de 2018. Uma equipe inte