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Finalmente podemos entender os momentos antes do Big Bang

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Os físicos podem ter resolvido um mistério de décadas sobre como nosso universo surgiu. A teoria do Big Bang é a mais aceita entre a comunidade científica para explicar como o universo surgiu. O problema é que nossa compreensão dela tem algumas lacunas– existem várias questões envolvendo o fenômeno que os pesquisadores ainda não conseguiram decifrar. Por exemplo, em um primeiro momento, o universo cresceu a partir de um ponto infinitamente pequeno até cerca de um octilhão de vezes (imagine um número “1” seguido de 27 números “0”) em tamanho em menos de um trilionésimo de segundo. Esse acontecimento é conhecido como “inflação” e foi seguido por um período de expansão mais gradual conhecido como Big Bang. Foi nesse ponto que surgiram as partículas fundamentais que conhecemos hoje, como prótons, nêutrons e elétrons, que mais tarde formaram os átomos, estrelas e planetas. Mas o que aconteceu entre o período da inflação cósmica e o Big Bang? Uma equipe do Kenyon College

Mundos distantes sob muitos sóis

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Estas imagens mostram algumas das estrelas que albergam exoplanetas com estrelas companheiras (b, c) encontradas durante o projeto. As imagens são composições RGB obtidas com o PanSTARRS (Panoramic Survey Telescope and Rapid Response System). A imagem do meio mostra um sistema triplo hierárquico. Crédito: Mugrauer, PanSTARRS Será que a Terra é o único planeta habitável do Universo ou existem mais mundos por aí capazes de suportar vida? E, se houverem, como serão? Numa tentativa de responder a estas perguntas fundamentais, os cientistas estão a procurar exoplanetas: mundos distantes que orbitam outras estrelas para lá do nosso Sistema Solar. Até ao momento, conhecemos mais de 4000 exoplanetas, a maioria dos quais orbitam estrelas individuais como o nosso Sol. O Dr. Markus Mugrauer da Universidade Friedrich Schiller em Jena, Alemanha, descobriu e caracterizou muitos novos sistemas estelares múltiplos que contêm exoplanetas. As descobertas confirmam suposições de que a exist

Cientistas detectam estrela em altíssima velocidade

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Impressão de artista da expulsão de S5-HVS1 por Sagitário A*, o buraco negro no centro da Via Láctea. O buraco negro e a parceira estelar de S5-HVS1 podem ser vistas no plano de fundo, perto do canto inferior esquerdo da imagem. S5-HVS1 está no plano da frente, afastando-se a grandes velocidades.Crédito: James Josephides (Produções Astronómicas de Swinburne) Há cerca de cinco milhões de anos uma estrela foi lançada do buraco negro supermassivo que fica no centro da Vial Láctea, Sagittarius A. Os cientistas imaginam que a velocidade inicial era de milhares de quilômetros por segundo.   Agora, um grupo de pesquisadores liderado por Sergey Koposov, do Centro de Cosmologia da Carnegie Mellon University, avistou a estrela conhecida como S5-HVS1 na constelação de Grus. A pesquisa foi publicada no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. Originalmente a estrela compunha um sistema binário. Mas ele se aproximou muito do Sagittarius A. Em consequência da gravidade,

Ultima Thule recebe o nome oficial "Arrokoth"

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Composição do binário de contacto primordial da Cintura de Kuiper, 2014 MU69, a partir de dados obtidos pela sonda New Horizons. A imagem combina dados de cor melhorados (perto do que o olho humano veria) com imagens pancromáticas de alta-resolução. Crédito: NASA/JHUAPL/SwRI/Roman Tkachenko Em homenagem à passagem rasante mais distante já realizada por uma sonda espacial, o objeto da Cintura de Kuiper 2104 MU69 (informalmente também denominado "Ultima Thule") recebeu o nome oficial Arrokoth, um termo nativo-americano que significa "céu" na língua Powhatan/Algonquiana. Com o consentimento dos anciãos e representantes tribais dos Powathan, a equipa da New Horizons da NASA - cuja nave espacial realizou o reconhecimento recorde de Arrokoth a mais de 6 mil milhões de quilómetros da Terra - propôs o nome à União Astronómica Internacional e ao Centro de Planetas Menores, a autoridade internacional que detém a responsabilidade de dar nomes aos objetos da Cintur

Algo muito estranho parece estar sincronizando galáxias distantes

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Existem centenas de bilhões de galáxias no universo, com características variadas. As distâncias entre elas são imensas, ainda assim, os cientistas perceberam que algumas delas se movem em padrões estranhos e, com frequências, inexplicáveis. A impressão é de que essas galáxias estão conectadas por uma força invisível. Galáxias com alguns milhares de anos luz de distância podem afetar gravitacionalmente umas as outras de forma previsível. Mas os cientistas têm percebido padrões entre galáxias com distâncias que transcendem essas interações locais. Elas estão tão separadas que a sincronia não pode ser explicada por seus campos gravitacionais individuais. Movimento sincronizado Estudo publicado em outubro indica que centenas de galáxias estavam se movendo em sincronia com galáxias dezenas de milhares de anos luz distantes. O autor líder do estudo é o astrônomo do Korea Astronomy and Space Science Institute, Joon Hyeop Lee. O autor e seus colegas estudaram 445 galáxias

Nicer registra explosão termonuclear em pulsar

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Uma representação em três cores da emissão contínua de poeira no MAMBO – 9: azul representa emissão de 870 µm, verde é 1,3 mm e vermelho é 3 mm com tamanhos de feixe semelhantes. Crédito: Casey et al., 2019. O instrumento Neutron Styar Interior Composition Explorer, ou NICER, um conjunto de telescópios que viaja a bordo da Estação Espacial Internacional, capturou uma brilhante explosão de raios-X causada por uma gigantesca explosão termonuclear que aconteceu na superfície de um pulsar e que emitiu em 20 segundos, uma quantidade de energia equivalente a 10 dias de energia emitida pelo Sol. Essa explosão foi muito interessante. Foi observada uma mudança no brilho de duas etapas, uma ejeção de camadas separadas da superfície de um pulsar, e outras feições que irão ajudar a decodificar a física desses eventos poderosos. A explosão de raios-X Tipo 1 foi detectada no dia 21 de Agosto de 2019 em um objeto catalogado como SAX J1808.4-3658, ou J1808 para ficar mais fácil, lo

Astrônomos investigam um caso curioso de uma supernova conectada com explosão de raios gama

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Imagem da banda r LBT da galáxia hospedeira do GRB 171010A. A posição do rádio do GRB é marcada com uma cruz vermelha. Crédito: Melandri et al., 2019. Usando um conjunto de telescópios espaciais e terrestres, uma equipe internacional de astrônomos realizou um estudo detalhado da supernova SN 2017htp associada à explosão de raios gama GRB 171010A. Os resultados do estudo, apresentados em um artigo publicado em 26 de outubro no arXiv.org, poderiam lançar mais luz sobre a natureza de tais fenômenos. Os astrônomos geralmente concordam que as explosões de raios gama (GRBs) de longa duração coincidem com as supernovas poderosas (SNe), denominadas hipernovas, que ocorrem quando uma estrela maciça entra em colapso em um buraco negro. A primeira evidência conclusiva para a conexão SN-GRB veio em 2003, quando um espectro semelhante ao SN emergiu do espectro do transiente óptico do GRB 030329. No entanto, o link entre GRBs e SNe ainda não está totalmente esclarecido. Estudos most

Crise cosmológica: Não sabemos se o Universo é plano ou esférico

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As lentes gravitacionais também estão envolvidas em outro enigma para as teorias atuais: Os muitos resultados da constante de Hubble.[Imagem: Chris Fassnacht/UC Davis] Teoria do Universo Plano Se lhe parece difícil de acreditar que ainda existam pessoas que afirmam que a Terra é plana, talvez também possa lhe causar algum espanto o fato de que toda a teoria científica atual, expressa no famoso modelo do Big Bang, propõe que o Universo é plano. Não se trata de algo filosófico, mas da matemática hoje disponível para descrever o que aconteceu logo após a grande explosão que teria dado origem ao Universo - e, convenhamos, modelar o início do Universo inteiro não é tarefa pequena, de forma que a matemática usada é extremamente simplificada. Mas também não é só teoria: Virtualmente todos os dados cosmológicos coletados até hoje se enquadram nessa ideia de que o Universo é plano, o que significa que ele não teria curvatura, semelhante a uma folha de papel. É claro que

O “problema dos três corpos”, que deixou astrônomos perplexos desde Newton, foi desvendado em menos de um minuto pela IA

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Um problema formulado primeiramente por Isaac Newton no século 17, que continuava a assolar os cientistas até os dias de hoje, foi resolvido por um programa de inteligência artificial em uma fração de segundo. Parece simples: prever como três corpos celestes (como planetas, estrelas e luas) orbitam um ao outro. As interações gravitacionais entre os três objetos resultam em um sistema caótico e complexo, contudo, muito sensível às posições iniciais de cada corpo. Resolver o chamado “problema dos três corpos” exige uma quantidade impensável de cálculos. Assim, para tentar dominar a questão, os pesquisadores usam softwares que podem levar semanas ou até meses para revelar os resultados. Agora, um novo estudo da Universidade de Cambridge (Reino Unido) resolveu testar se uma rede neural – um tipo de inteligência artificial que imita a forma como o cérebro humano trabalha – poderia ser mais rápida. E é – 100 milhões de vezes. Rede neural O software mais utilizado pa

O universo pode ter um formato que ninguém suspeitava

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Segundo um novo estudo liderado pelos cosmólogos Eleonora Di Valentino, da Universidade de Manchester (Reino Unido), Alessandro Melchiorri, da Universidade de Roma “La Sapienza” (Itália) e Joseph Silk, da Universidade Johns Hopkins (EUA), o nosso universo pode ser curvado ao invés de plano. Anomalia A sabedoria convencional é de que o universo é plano e se estende para todas as direções. Nesse universo sem fronteiras, partículas viajando para direções diferentes nunca se encontrariam. O que o novo estudo propõe não é inédito: um universo ligeiramente curvado, no qual, se você andar em linha reta por enormes distâncias, eventualmente retornará para o mesmo ponto onde começou a jornada. Em outras palavras, um universo em “loop” ou “fechado”, onde partículas viajando em diferentes direções podem eventualmente interagir. As evidências que possuíamos até agora não pareciam suportar tal loop, mas o trio de pesquisadores afirma que uma anomalia nos dados do fundo cósmico