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Telescópio Espacial Hubble observa quasares duplos em galáxias em fusão

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  A concepção deste artista mostra a luz brilhante de dois quasares residindo nos núcleos de duas galáxias que estão em processo caótico de fusão.  Créditos: NASA, ESA e J. Olmsted (STScI) O Telescópio Espacial Hubble observou um par de quasares há mais de 10 bilhões de anos. Os objetos estão tão próximos um do outro que, a partir das observações feitas da Terra, parecem um único objeto. Mas o Hubble possui uma visão nítida, já que no espaço ele não sofre interferência da atmosfera terrestre, sendo capaz de diferenciá-los. A equipe de astrônomos acredita que esses quasares estejam localizados nos núcleos de duas galáxias em processo de fusão.   Um quasar é uma espécia de farol de luz intenso no centro de uma galáxia, formado quando buraco negro supermassivo se alimenta vorazmente do material ao seu redor, emanando uma enorme quantidade de radiação. Este processo é tão brilhante que é capaz de ofuscar todo o brilho da galáxia hospedeira.   O pesquisador Yue Shen, da Universidade de

A matéria escura pode ser feita de buracos negros desde o início dos tempos

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  A matéria escura pode consistir em antigos buracos negros.  (Crédito da imagem: Shutterstock ) A   matéria escura, a substância misteriosa que exerce atração gravitacional, mas não emite luz, pode realmente consistir em vastas concentrações de buracos negros antigos criados no início do universo, de acordo com um novo estudo.  Essa conclusão vem de uma análise das ondas gravitacionais, ou ondulações no espaço-tempo, produzidas por duas colisões distantes entre buracos negros e estrelas de nêutrons.   As ondulações — nomeadas GW190425 e GW190814 — foram detectadas em 2019 pelo Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory (LIGO) em Washington e Louisiana (EUA), e o Virgo Interferometer perto de Pisa, Itália. Uma análise anterior sugeriu que as ondulações foram produzidas por colisões entre buracos negros que possuíam 1,7 e 2,6 vezes a massa do nosso Sol e uma estrela de nêutrons menor ou um buraco negro muito maior.   Mas isso faria com que um dos objetos em cada colisão fos

Buraco negro de massa intermédia é a chave para os gigantes nos centros das galáxias

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  O novo buraco negro foi descoberto através da deteção de uma explosão de raios-gama ampliada gravitacionalmente. Crédito: Carl Knox, OzGrav Um novo burac o negro quebra o recorde - não por ser o mais pequeno ou o maior - mas por estar bem no meio.  O recém-descoberto buraco negro faz parte de um elo perdido entre duas populações de buracos negros: os buracos negros de massa estelar e os buracos negros supermassivos nos núcleos da maioria das galáxias.   Num esforço conjunto, investigadores da Universidade de Melbourne e da Universidade Monash descobriram um buraco negro com aproximadamente 55.000 vezes a massa do Sol, um lendário buraco negro de "massa intermédia".   O artigo que relata a descoberta foi publicado na revista Nature Astronomy.   O autor principal e estudante de doutoramento da Universidade de Melbourne, James Paynter, disse que esta última descoberta lança uma nova luz sobre como os buracos negros supermassivos se formam. "Embora saibamos que este

Astrônomos detectam raios-X vindos de Urano

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Foto de Urano, composta por uma imagem de raios-X obtida por Chandra (mostrada em rosa) e uma imagem ótica obtida pelo telescópio Keck-I. Usando o Observatório de Raios-X Chandra, da Nasa, astrônomos detectaram raios-X vindos de Urano, revelando uma dimensão até então desconhecida deste majestoso gigante de gelo.   A nova descoberta, publicada no JGR: Physics, significa que as emissões de raios-X foram detectadas em todos os planetas do sistema solar, exceto Netuno. Além disso, o estudo pode render novos insights sobre objetos emissores de raios-X mais distantes, incluindo buracos negros, supernovas, quasares e estrelas de nêutrons. O novo artigo foi liderado pelo astrônomo William Dunn, da University College London.   Composto principalmente por hidrogênio e hélio, Urano exibe dois conjuntos de anéis, ambos em órbita acima de seu equador. O planeta é um tanto estranho, pois gira de lado em relação ao plano do sistema solar (nenhum outro planeta faz isso). A espaçonave Voyager 2 da Nas

O primeiro cometa interestelar pode ser o mais puro já encontrado

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Novas observações obtidas com o Very Large Telescope (VLT) do ESO indicam que o cometa 2I/Borisov, o segundo e mais recente visitante interestelar detectado no nosso Sistema Solar, é um dos mais primitivos já observados. Os astrônomos suspeitam que o cometa provavelmente nunca passou perto de uma estrela, tornando-o uma relíquia intacta da nuvem de gás e poeira da qual se formou. O cometa 2I/Borisov foi descoberto pelo astrônomo amador Gennady Borisov em agosto de 2019, tendo-se confirmado que este objeto vinha de fora do Sistema Solar algumas semanas mais tarde. “O 2I/Borisov pode representar o primeiro cometa verdadeiramente intocado já observado”, disse Stefano Bagnulo do Observatório e Planetário Armagh, Irlanda do Norte, Reino Unido, que liderou o novo estudo publicado hoje na revista Nature Communications. A equipe acredita que o cometa nunca passou perto de nenhuma estrela antes de passar pelo Sol em 2019.   Bagnulo e colegas usaram o instrumento FORS2 montado no Very Large

Estranha anomalia cósmica está nos enviando sinais de rádio de frequência ultra-baixa

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Pesquisadores detectaram frequências de rádio ultra-baixas sendo emitidas por um objeto em forma de água-viva em um aglomerado de galáxias distante.  O objeto misterioso está localizado a 340 milhões de anos-luz da Terra no aglomerado de galáxias Abell 2877, de acordo com a ScienceNews.  Os pesquisadores por trás do artigo publicado no The Astrophysical Journal dizem que usaram o radiotelescópio Murchison Widefield Array (MWA) no oeste da Austrália para descobrir as frequências de rádio ultra-baixas — e sua forma distinta.  Olhamos para os dados e, à medida que reduzimos a frequência, vimos uma estrutura fantasmagórica como uma água-viva começar a emergir”, disse Torrance Hodgson, autor principal e doutorando do Centro Internacional de Pesquisa em Radioastronomia em Perth, em um comunicado à imprensa.   Os pesquisadores apelidaram o objeto de “Medusa USS”, mas não assumam que é uma referência a Jornada nas Estrelas. “USS” realmente indica sua frequência de rádio “ultra-steep-spectru

Tecnoassinaturas: O que devemos procurar para encontrar civilizações extraterrestres?

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  Visualização artística de um exoplaneta hipotético com suas luzes artificiais no lado noturno.  [Imagem: Rafael Luis Méndez Peña/Sciworthy.com] Inteligência pelo Universo   Com a melhoria dos telescópios e das técnicas para observar planetas em outros sistemas solares, tem havido muitas sugestões sobre como estudar esses exoplanetas a partir da observação de suas atmosferas, de seus espectros radiativos etc.  Entre os interesses destaca-se naturalmente a busca por sinais de vida.  E, além das bioassinaturas - detecção de substâncias que indicam atividade biológica -, estão as tecnoassinaturas - indícios do uso de tecnologia ou atividade industrial, por exemplo.  Para tentar organizar as campanhas observacionais e guiar os esforços para o desenvolvimento de novas tecnologias que possam detectar os sinais que se procura, o Instituto de Astrofísica das Canárias, na Espanha, reuniu os maiores especialistas na área para equalizar os conhecimentos e as expectativas melhor fundament

Revista científica afirma que viajar mais rápido que a luz é possível

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Um novo estudo afirma que a tecnologia de “dobra espacial” — um mecanismo popularizado por “Star Trek” que permitiria viagens mais rápidas que a luz (MRQL) — pode ser mais viável do que se pensava anteriormente.   Dr. Erik Lentz, astrofísico da Universidade de Göttingen, na Alemanha, publicou um artigo na revista Classical and Quantum Gravity afirmando que a velocidade da MRQL é possível usando a física convencional, relata a Popular Mechanics. Isso vai contra as teorias anteriormente propostas da tecnologia de dobra que se baseavam em matéria exótica e desconhecida que seriam utilizadas como energia.   “Este trabalho moveu o problema da viagem mais rápida que a luz a um passo da pesquisa teórica em física fundamental e mais perto da engenharia”, disse Lentz em um comunicado.   Próxima Parada: Proxima Centauri Vamos colocar isso em perspectiva: se você usar o foguete mais rápido da Terra para viajar para Proxima Centauri, a estrela mais próxima do nosso sistema solar além do S

Pedaços de outro planeta foram encontrados dentro da Terra

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  Há duas gigantescas bolhas de material denso nas profundezas inferiores do manto da Terra sob a África Ocidental e o Oceano Pacífico. Com milhares de quilômetros de largura, as bolhas têm sido um dos segredos mais bem guardados do planeta e deixa os cientistas perplexos há décadas.   Agora, há evidências crescentes de que as bolhas podem ser fragmentos remanescentes de um protoplaneta antigo chamado Theia que caiu na Terra cerca de 4,5 bilhões de anos atrás, informa a Revista Science. Os cientistas suspeitavam anteriormente que havia uma ligação entre as bolhas, formalmente conhecidas como LLSVPs, e a Lua, mas a maioria achava que os LLSVPs eram cicatrizes planetárias do impacto de Theia, não pedaços do próprio planeta alienígena.   Para ser justo, esta não é a primeira vez que os cientistas especulam que as bolhas subterrâneas eram fragmentos remanescentes de Theia, relata a Science. Mas Qian Yuan, estudante de pós-graduação da Universidade Estadual do Arizona que apresentou a i

Ventos estratosféricos muito fortes medidos pela primeira vez em Júpiter

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  Esta imagem mostra uma concepção artística dos ventos na estratosfera de Júpiter perto do polo sul do planeta, com as linhas azuis a representarem as velocidades dos ventos. Estas linhas estão sobrepostas a uma imagem real de Júpiter, obtida pela câmara JunoCam instalada a bordo da sonda espacial Juno da NASA. As famosas faixas de nuvens de Júpiter estão localizadas na baixa atmosfera, onde os ventos foram medidos anteriormente. No entanto, detectar ventos logo acima desta camada atmosférica, na estratosfera, é muito mais difícil porque não existem nuvens nesta zona. Ao analisar os resultados da colisão de um cometa em 1994 e com o auxílio do ALMA, do qual o ESO é um parceiro, os pesquisadores conseguiram detectar ventos estratosféricos extremamente fortes, com velocidades de até 1450 km/h, perto dos polos de Júpiter. Crédito: ESO/L. Calçada & NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSS S   Com o auxílio do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), do qual o Observatório Europeu do S