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Uma Nova Imagem De Um Aglomerado de Galáxias Emergindo da Teia Cósmica

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Uma equipe internacional de astrônomos, usando o Green Bank Telescope, em Green Bank, na Virginia do Oeste, e o Observatório de Raios-X Chandra da NASA, registraram uma imagem de um massivo aglomerado de galáxias, bem perto da época em quando ele começou a emergir da teia cósmica.    A luz do aglomerado de galáxias conhecido como IDCSJ1426+3508, localizado no que chamamos de z=1.75, ou seja, algo em torno dos 10 bilhões de anos-luz de distância da Terra, isso quer dizer que ele foi observado quando o universo tinha menos de 4 bilhões de anos de vida. Essa nova medida permite que os astrônomos possam registrar as propriedades do gás tênue e quente, que permeia todo o aglomerado, numa época muito primitiva da sua existência, e essas se tornaram as medidas mas precisas já feitas de um aglomerado de galáxias distante.   A precisão incrível da medida feita de um aglomerado de galáxias tão distante, foi conseguida graças à integração do uso do instrumento ACIS-I no Chandra, que permitiu c

Maior rotação já vista no Universo complica teoria do Big Bang

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  Impressão artística dos filamentos cósmicos, gigantescas "cordas" giratórias de galáxias e matéria escura que formam e conectam os aglomerados de galáxias. [Imagem: AIP/A. Khalatyan/J. Fohlmeister] Tudo no Universo gira   Ao mapear o movimento das galáxias em enormes filamentos que conectam a teia cósmica, astrônomos do Instituto Leibniz de Astrofísica de Potsdam (AIP), na Alemanha, acreditam ter encontrado evidências que esses filamentos astronômicos giram na escala de centenas de milhões de anos-luz.   A observação é preliminar e ainda terá que ser confirmada. Contudo, se for real, esse movimento é significativo por vários motivos. Embora tudo no Universo pareça girar, uma rotação em escalas tão grandes nunca foi vista antes, mostrando que o momento angular pode ser gerado em escalas sem precedentes.   Por outro lado, a descoberta ressalta uma deficiência do modelo do Big Bang: Como é que a rotação emergiu no Universo nascente, quando toda a matéria em criação dever

Matéria escura está desacelerando rotação de parte da Via Láctea

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O giro da região em formato de barra no centro da galáxia já perdeu um quarto de sua velocidade original desde sua formação. Efeito é atribuído à misteriosa matéria escura, até hoje não observada diretamente Impressão de artista da Via Láctea.  Crédito: Wikimedia Commons, Pablo Carlos Budassi A Via Láctea é classificada somo uma galáxia do tipo espiral barrada. Ela contém uma espessa barra composta por bilhões de estrelas agrupadas em seu centro, e braços espirais que se estendem para fora desta barra, que também gira mesma direção da galáxia. Recentemente, devido a um novo estudo realizado por pesquisadores da University College London (UCL) e da Universidade de Oxford, foi possível observar que, desde que ocorreu sua formação, a rotação dessa barra galáctica experimentou uma desaceleração equivalente a  um quarto de sua velocidade original.  Durante 30 anos, astrofísicos previram a desaceleração, mas esta é a primeira vez que ela foi medida de fato. O cálculo, então, oferece uma nova

Limite da heliosfera mapeado pela primeira vez

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A fronteira da heliosfera foi mapeada pela primeira vez, dando aos cientistas uma melhor compreensão de como os ventos solares e interestelares interagem. O primeiro mapa tridimensional da fronteira entre o nosso Sistema Solar e o espaço interestelar - uma região conhecida como heliopausa. Crédito: Laboratório Nacional de Los Alamos "Os modelos físicos teorizaram esta fronteira durante anos," disse Dan Reisenfeld, cientista do Laboratório Nacional de Los Alamos e autor principal do artigo, que foi publicado na revista The Astrophysical Journal. "Mas esta é a primeira vez que realmente conseguimos medi-la e fazer um mapa tridimensional."  A heliosfera é uma bolha criada pelo vento solar, um fluxo de principalmente protões, eletrões e partículas alfa que se estende do Sol ao espaço interestelar e protege a Terra da radiação interestelar prejudicial.  Reisenfeld e uma equipa de outros cientistas usaram dados do satélite IBEX (Interstellar Boundary Explorer) da NASA, q

Olympus Mons: Mega vulcão de Marte

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Olympus Mons é o maior vulcão do sistema solar. Astrônomos dizem que ele contém pistas para desvendar a história do Planeta Vermelho. Quatro vulcões maciços constituem o Bulge de Tharsis em Marte. O maior dos quatro, Olympus Mons, está no canto inferior direito. ESA / DLR / FU Berlin / Justin Cowar O jovem Marte teria sido um lugar incrível para explorar. O Planeta Vermelho estava coberto por rios fluindo de água e lava. Na época, uma série de quatro vulcões - Olympus Mons e os três picos de Tharsis Montes - estavam todos ficando mais altos do que qualquer montanha da Terra.   Cada um desses picos é impressionante. Mas Olympus Mons está acima do resto, atingindo uma altura surpreendente de 16 milhas (26 quilômetros), ou cerca de três vezes mais alto que o Monte Everest. Isso torna o Olympus Mons o maior vulcão do sistema solar.   Olympus Mons o gigante No entanto, apreciar o Olympus Mons requer a compreensão de que o vulcão não é apenas alto. Também tem circunferência. Olympus Mo

ALMA descobre a mais antiga "tempestade" de um buraco negro

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  Impressão de artista de um vento galáctico impulsionado por um buraco negro supermassivo no centro de uma galáxia. A energia intensa emanada pelo buraco negro cria um fluxo gasoso à escala galáctica que "sopra" para fora a matéria interestelar, a matéria-prima da formação estelar.  Crédito: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO ) Investigadores, recorrendo ao ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), descobriram um vento galáctico titânico impulsionado por um buraco negro supermassivo há 13,1 mil milhões de anos. Este é o exemplo mais antigo até agora observado de tal vento e é um sinal revelador de que os buracos negros enormes têm um efeito profundo no crescimento das galáxias desde o início da história do Universo.  No centro de muitas galáxias grandes esconde-se um buraco negro supermassivo que é milhões a milhares de milhões de vezes mais massivo do que o Sol. Curiosamente, a massa do buraco negro é aproximadamente proporcional à massa da região central (bojo) da galáxia no

Descoberta estrela gigante ‘piscante’ perto do centro da Via Láctea

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  Estrela VVV-WIT-08 praticamente desaparece do céu por vários meses, e depois volta a brilhar Concepção artística da estrela gigante “piscante” no centro da Via Láctea, a mais de 25 mil anos-luz de distância. Crédito: Amanda Smith, Universidade de Cambridge Uma equipe internacional de astrônomos avistou uma estrela gigante “piscando” no centro da Via Láctea, a mais de 25 mil anos-luz de distância. Os astrônomos observaram a estrela, VVV-WIT-08, diminuindo seu brilho por um fator de 30, de modo que quase desapareceu do céu.   Embora muitas estrelas mudem de brilho porque pulsam ou são eclipsadas por outra estrela em um sistema binário, é excepcionalmente raro uma estrela ficar mais fraca em um período de vários meses e então brilhar novamente.   Os pesquisadores acreditam que a VVV-WIT-08 pode pertencer a uma nova classe de sistema estelar binário “gigante piscante”. Nesse sistema, uma estrela gigante 100 vezes maior que o Sol é eclipsada uma vez a cada poucas décadas por uma companhe

A investigação das ondas gravitacionais não é uma caça monótona

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  Impressão de artista de ondas gravitacionais contínuas. Crédito: Mike Myers/Universidade Swinburne  A caça ao "murmúrio" nunca antes ouvido das ondas gravitacionais provocadas pelas misteriosas estrelas de neutrões acaba de ficar muito mais fácil, graças a uma equipa internacional de investigadores.  As ondas gravitacionais só foram detetadas em colisões entre buracos negros e entre estrelas de neutrões, gigantescos eventos cósmicos que provocam grandes explosões que se propagam através do espaço e do tempo.   A equipe de investigação, que envolve cientistas da Colaboração LIGO (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory), da Colaboração Virgo e do CGA (Centre for Gravitational Astrophysics) da Universidade Nacional Australiana, estão agora a voltar o seu olhar apurado para estrelas de neutrões giratórias a fim de detetar as ondas.   Ao contrário das explosões massivas provocadas por buracos negros ou estrelas de neutrões em colisão, os investigadores dizem que

Resolvido o mistério da diminuição de brilho de Betelgeuse

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Quando Betelgeuse, uma estrela brilhante de cor laranja da constelação de Orion, se tornou visivelmente mais escura no final de 2019 e início de 2020, a comunidade astronômica ficou intrigada. Uma equipe de astrônomos acaba de publicar novas imagens da superfície da estrela, obtidas com o auxílio do Very Large Telescope (VLT) do ESO, que mostram claramente como é que o brilho desta estrela variou. Esta nova pesquisa revela que a estrela esteve parcialmente escondida por uma nuvem de poeira, uma descoberta que desvenda finalmente o mistério da “Grande Diminuição de Brilho” de Betelgeuse. Estas imagens, obtidas com o instrumento SPHERE montado no Very Large Telescope do ESO, mostram a superfície da estrela supergigante vermelha Betelgeuse durante o seu escurecimento sem precedentes, que aconteceu no final de 2019 e início de 2020. A imagem à esquerda, capturada em janeiro de 2019, mostra a estrela com o seu brilho normal, enquanto as imagens restantes, de dezembro de 2019, janeiro de 20

Água líquida em exoluas de planetas "fugitivos"

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  Ilustração de um planeta "fugitivo" viajando livremente pelo Universo com uma lua que consegue armazenar água. Crédito: Tommaso Grassi/Universidade de Muniqu e A água - no estado líquido - é o elixir da vida. Tornou a vida possível na Terra e é indispensável para a continuidade de sistemas vivos no planeta. Isto explica a razão porque os cientistas estão constantemente à procura de evidências de água noutros corpos sólidos no Universo. No entanto, até agora a existência de água líquida noutros planetas além da Terra não está comprovada diretamente. Existem indícios de que várias luas nos confins do nosso próprio Sistema Solar - mais especificamente, Encélado em Saturno e três das luas de Júpiter (Ganimedes, Calisto e Europa) podem albergar oceanos subterrâneos. Quais são, então, as perspetivas para a deteção de água nas luas de planetas para lá do nosso Sistema Solar?  Em cooperação com colegas da Universidade de Concepción, no Chile, os físicos Barbara Ercolano e Tommaso G