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A Cratera Eratóstenes e a Escala de Tempo Lunar

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A Cratera Eratóstenes está localizada no lado visível da Lua, a nordeste da Cratera Copérnico na latitude 14.5 e longitude 348.7. A cratera Eratóstenes tem esse nome em homenagem ao filósofo da Grécia antiga que mediu a circunferência da Terra no ano 240 A.C. Nos anos de 1960 a cratera foi usada como padrão para então dar nome ao período Eratosteniano na escala de tempo lunar, nome esse dados pelos pesquisadores Gene Shoemaker e Robert Hackman. Esse período representa as crateras de meia idade presentes na Lua. Mesmo sendo chamadas de crateras de meia idade sua idade varia de 3.2 a 1.1 bilhão de anos. Como a Cratera Copérnico a Eratóstenes tem um anel bem definido, paredes e um pico central. Contudo não existem raios provenientes dela, ela é sim interceptada pelos raios que se originam na Cratera Copérnico. Shoemaker e Hackman invocaram a lei geológica da superposição que diz que as camadas mais jovens de rocha se depositam sobre camadas mais antigas e com isso estabeleceram que a

Empurrando o Envelope

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O objeto com o codinome G327.1-1.1 é na verdade a conseqüência de uma estrela massiva que explodiu como supernova na Via Láctea. Uma estrela de nêutrons altamente magnética e com uma rotação muito rápida chamada de pulsar foi deixada para trás depois da explosão e está produzindo ventos de partículas relativísticas, que são observados em raios-X pelo Chandra e pelo XMM-Newton (marcados em azul na imagem) bem como por sinais de rádio (amarelos e vermelhos). Essa estrutura é chamada de pulsar de vento de nebulosa. A provável localização da estrela de nêutrons em rotação é mostrada na versão anotada da figura. O grande círculo vermelho mostra a emissão de rádio da onda de choque e a imagem composta também contém dados infravermelhos do projeto de pesquisa 2MASS (vermelho, verde e azul) que mostra as estrelas presentes no campo de visão. Não existe uma explicação clara e conhecida para a natureza diferente do G327.1-1.1, incluindo o fato do pulsar estar deslocado da posição central nos da

A Terra vista de longe

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A sonda Deep Impact fez história no dia 4 de julho de 2005, quando lançou um dispositivo para atingir o cometa Tempel 1. Esse dispositivo atingiu o núcleo do cometa e projetou uma pluma de detritos que foi estudada pela própria sonda e por vários telescópios na Terra. Recentemente, a missão da Deep Impact foi estendida e a sonda foi redirecionada para fazer um sobrevôo no cometa Hartley 2 em 4 de novembro de 2010. A extensão da missão também tem como objetivo procurar por planetas fora do nosso Sistema Solar, a partir da observação contínua de estrelas, para tentar flagrar a variação de brilho delas. Essa variação seria decorrência da passagem do planeta na frente da estrela, evento conhecido como trânsito. A sonda fez algo interessante, posicionou suas câmeras para a Terra e esperou que a Lua passasse na frente do planeta. Esse trânsito lunar está sendo usado para entender como seriam os resultados advindos de observações de outros planetas. As imagens são impressionantes,

Um mistério e tanto!

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O que você está vendo não tem explicação. Ao menos uma definitiva. Essa imagem mostra a galáxia elíptica NGC 1132 . A imagem em si é uma composição de imagens do telescópios espaciais Hubble e Chandra. A “névoa” rosada representa a emissão de raios X (obtida pelo Chandra) dessa galáxia elíptica. A própria galáxia parece uma mancha difusa, rodeada por diversas outras galáxias anãs e outras que estão na verdade ao fundo, sem conexão física com esse grupo em primeiro plano. Mas qual é o mistério de NGC 1132? Dados recentes do Chandra mostraram que essa galáxia elíptica possui muita matéria escura. Mas muito mesmo! A quantidade desse tipo misterioso de matéria ao redor dessa galáxia é comparável à quantidade de matéria escura encontrada normalmente em grupos inteiros de galáxias! A emissão de raios X de NGC 1132 também é comparável à de um grupo inteiro de galáxias. Esse tipo de galáxia forma o que se chama de grupo fóssil, pela sua gigantesca quantidade de matéria escura. Sua origem aind

Os Anéis de Saturno Podem Ter Se Formado a Partir da Destruição de Uma Lua Gigante

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Novo modelo explica a composição de gelo do espetacular halo do planeta. Os anéis de Saturno podem ter se formados a partir da norte de um satélite primordial do tamanhos de Titã que teve suas camadas externas arrancadas e enviadas em forma de espiral para um planeta Saturno jovem. Um dos problemas que os cientistas se deparam ao tentar explicar de onde vieram os anéis de Saturno é a sua composição, diz o cientistas planetário Robin Canup do Southwest Research Institute em Boulder no Colorado. Os anéis são compostos entre 90% e 95% de água, muito pelo fato de que o sistema solar teria sido compostos por iguais quantidades de gelo e rocha . Além do mais os anéis têm coletado poeira interplanetária mesmo depois de terem sido formados. “Então eles precisam ter se formado essencialmente de gelo”, disseram a pesquisadora em um encontro da Division for Planetary Science da American Astronomical Society em Pasadena na Califórnia.As luas internas de Saturno são também anomalias com baixas d

Visitante Congelado do Além

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     Créditos da imagem:NASA/JPL-Caltech/UCLA Esse visitante do espaço profundo, visto aqui em uma imagem feita pelo Wide-field Infrared Survey Exlplorer ou WISE da NASA é o cometa Hartley 2 - e é o destino da missão EPOXI da NASA. O cometa, que é conhecido oficialmente como 103P/Hartley foi descoberto recentemente, em 1986 por Malcolm Hartley em Siding Spring, Austrália. Esse cometa provavelmente se originou da gelada órbita próxima a Júpiter antes que algo chocasse com ele e o colocasse em órbita ao redor do Sol. O cometa circula o Sol a cada 6.46 anos - e a sua maior aproximação do Sol, o chamado periélio acontecerá em 28 de Outubro de 2011. O EPOXI que utiliza a sonda já em atividade Deep Imapct irá sobrevoar o cometa em 4 de Novembro. As observações do WISE estão ajudando a equipe do EPOXI a ter uma maior compreensão sobre o comportamento do cometa com o tempo. Essa imagem foi feita em 10 de Maio de 2010, fornecendo a mais extensiva observação da cauda do cometa - o rastro de par

A Nebulosa da Formiga

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Quando observada de telescópios na Terra, a então chamada Nebulosa da Formiga (Menzel 3 ou Mz 3) lembra a cabeça e o tórax de uma variedade de formiga. Já quando observada com o Hubble por exemplo, uma imagem como essa mostra 10 vezes mais detalhe, revelando o corpo da formiga como sendo um par de lobos incandescentes produzidos por uma estrela parecida com o Sol que está morrendo. A imagem do Hubble diretamente desafia velhas idéias sobre os últimos estágios de vida das estrelas. Através da observação de estrelas como o Sol à medida que elas se aproximam de sua morte, a imagem do Hubble Heritage do Mz 3 – juntamente com imagens de outras nebulosas planetárias – mostra que o destino do nosso Sol provavelmente será mais interessante, complexo e intrigante do que pensavam os astrônomos há alguns anos atrás.   Apesar de abordar a violência de uma explosão, a ejeção de gás da estrela moribunda no centro da Mz 3 tem uma intrigante simetria diferente do caos que reina nesse tipo de

Telescópio VISTA Revela o Segredo do Unicórnio

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Uma nova imagem infravermelha obtida pelo telescópio de rastreio VISTA do ESO revela uma paisagem extraordinária de tentáculos de gás brilhantes, nuvens escuras e estrelas jovens na constelação do Unicórnio (Monoceros). Esta região de formação estelar, conhecida como Monoceros R2, encontra-se embebida numa imensa nuvem escura. Quando observada no visível esta região encontra-se praticamente toda obscurecida por poeira interestelar mas no infravermelho torna-se espectacular. Na constelação do Unicórnio, no interior de uma nuvem escura de grande massa rica em moléculas e poeira, encontra-se uma maternidade estelar activa.  Embora esta nuvem pareça próxima no céu da mais conhecida Nebulosa de Orion, na realidade encontra-se quase duas vezes mais afastada da Terra, a uma distância de cerca de 2700 anos-luz. No visível podemos observar uma bela colecção de nebulosas de reflexão formadas quando a radiação azulada de um grupo de estrelas quentes de grande massa é dispersada por partes d

Sonda da NASA prepara-se para dar rasante sobre cometa

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Depois de literalmente dar um tiro de canhão no cometa Tempel 1, a missão Epoxi, reutilizando a sonda Deep Impact, vira agora suas câmeras para o cometa Hartley 2.[Imagem: NASA/JPL-Caltech] Mirando no alvo Controladores da missão EPOXI, da Nasa, fizeram a última correção de rota planejada para que a sonda espacial possa fazer um sobrevoo rasante sobre o cometa Hartley 2. O ponto de maior aproximação da Epoxi com o cometa Hartley 2 deverá acontecer no dia 4 de Novembro. A manobra de correção da trajetória durou exatamente 60 segundos, quando os motores da sonda foram acionados continuamente, aumentando a velocidade da nave em 1,53 metro por segundo. "Estamos a cerca de 37 milhões de quilômetros e poucos dias do nosso cometa", comemorou o gerente de projeto EPOXI. "Eu não posso esperar para ver com o que o Hartley 2 se parece." Se tudo correr conforme o planejado, a sonda passará a uma distância de cerca de 700 km do cometa. Os instrumentos da Epoxi já estão fotogra

Novo fenômeno astronômico lança luz sobre o nascimento das estrelas

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Na nuvem molecular CB244 a luz visível é dispersa predominantemente pelos pequenos grãos de poeira no entorno da nuvem (cloushine). A imagem em falsa cor mostra a radiação na faixa do infravermelho próximo refletida por grandes grãos de poeira no interior da nuvem, o novo fenômeno recém-descoberto, coreshine ou brilho nuclear.[Imagem: MPIA] Como nasce uma estrela? Quando se trata de explicar o nascimento das estrelas, os astrônomos estão literalmente no escuro. Estrelas se formam nas regiões mais densas de opacas nuvens cósmicas de poeira e gás - as chamadas "nuvens moleculares" - que entram em colapso sob sua própria gravidade. Como resultado, a matéria nessas regiões torna-se cada vez mais densa e mais quente, até que finalmente a fusão nuclear é iniciada: e nasce uma estrela! Parece suficiente? Talvez bom o bastante para um colegial. Mas os astrônomos ainda não conhecem os mecanismos envolvidos, ou seja, como exatamente tudo isso acontece. No mais das vezes