Postagens

Buracos negros em órbita explicados com supercomputador

Imagem
mpressão de artista de um sistema binário massivo.  Crédito: ESO/M. Kornmesser/S.E. de Min Dois buracos negros, em próxima órbita um do outro. Será que se aproximaram lentamente, ou emergiram de duas estrelas em órbita? Juntamente com dois colegas de Amesterdão, Simon Portegies Zwart da Universidade de Leiden calculou que o segundo cenário é mais provável.  A sua publicação, com base em simulações de computador, foi aceite pela revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. No início de junho de 2017, foi novidade pela terceira vez: dois buracos negros em fusão provocaram uma explosão de ondas gravitacionais. Os astrónomos, porém, não concordam sobre a formação dos buracos negros duplos. Uma hipótese é que dois buracos negros se formam bem longe um do outro, aproximando-se lentamente e só depois começam a orbitar-se respetivamente. A segunda hipótese diz que duas estrelas gigantes orbitam-se uma à outra, explodem e colapsam para formar dois buracos negros. Mais

Dia Mundial do Asteroide é destaque no FTD Digital Arena

Imagem
Atividade contará com programação exclusiva, incluindo apresentação especial sobre o tema O Dia Mundial do Asteroide, comemorado no próximo dia 30, terá uma programação exclusiva no FTD Digital Arena. Uma sessão sobre “Asteroides e Chuvas de Meteoros”, será realizada no dia 1° de julho e estará entre as ações desenvolvidas pelo planetário. A atividade irá compor uma mobilização educativa realizada anualmente em diversos lugares do mundo. Quem participar da sessão também poderá ver o Pallasite de Fukang, pedaço de meteorito que foi encontrado na região Fukang - China. Com 1003kg, um pedaço do objeto foi dividido em 250 fatias e cada uma delas foi numerada. A fatia a ser exposta na sessão do FTD Digital Arena é a de número um. Realizada às 16h do mesmo dia, a sessão abordará curiosidades sobre asteroides e as chuvas de meteoros. Orientada pelo físico e professor de astronomia, João Carlos de Oliveira, a atividade explicará o surgimento do Dia Mundial do Asteroide, o que

O sistema estelar R AQUARII

Imagem
A estrela variável já bem conhecida e visível a olho nu, R Aquarii, é na verdade uma sistema estelar binário em interação, ou seja, duas estrelas que parecem ter uma relação simbiótica bem próxima. Localizado a aproximadamente 710 anos-luz de distância da Terra, o sistema consiste de uma estrela do tipo gigante vermelha fria e uma quente e densa estrela do tipo anã branca, que estão numa órbita mútua ao redor de um centro de massa comum.  A luz visível do sistema binário é dominada pela gigante vermelha, ela própria é na verdade uma estrela variável do tipo Mira de longo período. Mas o material no envelope estendido da estrela gigante está sendo puxado pela gravidade para a superfície da anã branca, menor, e mais densa, eventualmente disparando explosões termonucleares e ejetando assim material para o espaço. Os dados ópticos em vermelho na imagem acima, mostram o anel de expansão de detritos originado de uma explosão que deve ter sido observada no início dos anos 1770.  A evol

Magnetares, os misteriosos imãs gigantes do universo

Imagem
Os magnetares são um dos objetos mais extremos e misteriosos do espaço. Eles são surpreendentemente pequenos, incrivelmente densos e, como o próprio nome sugere, eles possuem uma atração magnética inacreditável. No estágio final da vida de uma estrela, ela explode em uma supernova. À medida que ela colapsa sobre si mesma, ofusca todas as suas vizinhas antes de desaparecer lentamente. Se a estrela viva fosse grande o suficiente, ela se transforma em uma estrela de nêutrons: uma estrela tão densa que, embora geralmente seja do diâmetro de uma cidade pequena, uma colher de chá de sua matéria pesa pelo menos um bilhão de toneladas. Enquanto isso, elas giram muito rapidamente. Centenas de vezes por segundo rápido. Toda essa densidade equivale a um campo magnético realmente poderoso – cerca de um trilhão de vezes mais poderoso que o da Terra. Magnetares, os cientistas não têm certeza do porquê, são uma forma especialmente magnética de estrela de nêutrons. Seus campos magnéticos são

Exoplaneta J1407b possui sistema de anéis 200 vezes maior do que Saturno

Imagem
Os astrônomos do Observatório de Leiden, na Holanda, e da Universidade de Rochester, nos EUA, descobriram que o sistema de anéis que eles observaram eclipsar a jovem estrela J1407 é de proporções enormes, muito maior e mais pesado do que o sistema de anéis de Saturno. O sistema – o primeiro de seu tipo a ser encontrado fora do nosso Sistema Solar – foi descoberto em 2012 por uma equipe liderada por Eric Mamajek, de Rochester. Uma nova análise dos dados, liderada por Matthew Kenworthy, de Leiden, mostra que o sistema de anéis consiste em mais de 30 anéis, cada um deles com dezenas de milhões de quilômetros de diâmetro. Além disso, eles encontraram lacunas nos anéis, que indicam que satélites (“exoluas”) podem ter se formado. “Os detalhes que vemos na curva de luz são incríveis. O eclipse durou várias semanas, mas você vê mudanças rápidas em escalas de tempo de dezenas de minutos como resultado de estruturas finas nos anéis “, diz Kenworthy. “A estrela está muito longe para obse

Um trio de satélites irá caçar ondas gravitacionais no espaço

Imagem
A caça por ondas gravitacionais está se aperfeiçoando em breve. Um detector espacial chamado de Laser Interferometer Space Antenna, ou LISA, foi uma das missões selecionadas para fazer parte do programa científico da ESA, como foi anunciado em 20 de Junho de 2017. O LISA irá consistir de três satélites idênticos arranjados numa forma triangular, que irá vagar pelo espaço numa órbita ao redor do Sol logo atrás da Terra. A sonda irá usar lasers para detectar mudanças na distância entre cada satélite. Essas mudanças podem indicar a passagem de ondas gravitacionais, as ondulações do espaço tempo que corpos massivos, como os buracos negros, geram ao se mover. A sonda foi originalmente planejada como uma missão conjunta entre a NASA e a ESA, mas a NASA saiu do projeto em 2011, devido a cortes no orçamento. Em Dezembro de 2015, a ESA lançou o satélite único, chamado de LISA Pathfinder, para testar o conceito, e tudo passou pelo teste.  O interesse no LISA aumento em 2016 depois que os

Nêmesis: Novas pistas de que o Sol teve uma irmã gêmea

Imagem
Imagem de um sistema estelar triplo na nuvem molecular Perseus. [Imagem: Bill Saxton/ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/NRAO/AUI/NSF] Estrelas binárias Depois das previsões teóricas sobre o  Planeta Nove  e o  Planeta Dez , agora os astrônomos têm um novo alvo para seus telescópios: uma estrela gêmea do Sol. Cientistas afirmam que é "quase praticamente certo" que o nosso Sol teve um gêmeo quando nasceu há 4,5 bilhões de anos - embora não seja um gêmeo idêntico. Mais do que isso, o físico Steven Stahler, da Universidade da Califórnia em Berkeley, e Sarah Sadavoy, radioastrônoma do Observatório Astrofísico Smithsoniano, afirmam que praticamente todas as estrelas nascem aos pares - e muitas em ninhadas bem mais prolíficas. Estrela gêmea do Sol Muitas estrelas têm companheiras, incluindo nossa vizinha mais próximo, Alfa Centauro, um sistema trigêmeo. Os astrônomos têm procurado uma explicação para isso há muito tempo: Será que os sistemas de estrelas binárias e trinárias nascera

Telescópio Cherenkov quer desvendar luzes de altíssima energia

Imagem
Observatório possibilitará estudar raios gama com precisão sem precedentes.[Imagem: CTA] Luz de alta energia Os raios gama poderão ser estudados, em breve, com precisão sem precedentes. Um consórcio composto por mais de 1.350 cientistas e engenheiros de 32 países, incluindo o Brasil, pretende construir até 2022 o  Cherenkov Telescope Array  (CTA), o maior observatório terrestre voltado a estudar essas partículas de luz (fótons) de altíssimas energias vindas do espaço. Apesar de uma busca de mais de um século, ainda pouco se sabe sobre essas partículas de luz, suas fontes e o papel que desempenham em nossa galáxia e além dela. "O CTA faz parte de uma nova geração de detectores de raios gama e pode possibilitar a identificação de mais de mil novos objetos emissores da radiação gama que chegam à Terra, produzidos por raios cósmicos [partículas, como prótons, elétrons e íons, que viajam com velocidades próximas à da luz]," disse Razmik Mirzoyan, pesquisador do Institu

Campo magnético de Urano muda todos os dias, mostra pesquisa

Imagem
C ientistas do Instituto Georgia de Tecnologia, nos Estados Unidos, encontraram novas evidências de como o (estranho) campo magnético de Urano funciona. Segundo estudo publicado no periódico Journal of Geophysical Research: Space Physics , o planeta possui uma esfera protetora que se fecha e abre aproximadamente a cada 17 horas.  Diferente dos outros planetas do Sistema Solar, Urano rotaciona em uma inclinação de 98 graus em relação ao plano de sua órbita em torno do Sol. Seu campo magnético também se encontra inclinado cerca de 59 graus em relação ao seu eixo de rotação, além de não ser localizado exatamente no centro do planeta. Com ajuda de um modelo computacional que simula as ações dos ventos solares, as pesquisadoras entenderam que o campo serve como proteção para Urano. Quando os dois movem-se na mesma direção, os ventos passam pelo planeta suavemente. Mas quando as partículas que sopram do Sol atingem determinado ângulo, o campo magnético uraniano se realinha, deix

Betelgeuse capturada pelo ALMA

Imagem
E sta mancha alaranjanda é a estrela próxima Betelgeuse, vista pelo  Atacama Large Millimeter/submillimeter Array  (ALMA). É a primeira vez que o ALMA observa a superfície de uma estrela, sendo esta primeira tentativa resultado na imagem com a maior resolução conseguida até hoje para Betelgeuse. Betelgeuse é uma das maiores estrelas conhecidas — com um raio de cerca de  1400 vezes superior ao do Sol  no contínuo milimétrico. Situada a cerca de 600 anos-luz de distância na constelação de  Orion , esta supergigante vermelha brilha intensamente, o que lhe dará uma vida curta. A estrela tem apenas cerca de 8 milhões de anos de idade, mas já está no processo de se transformar numa supernova. Quando isso acontecer, a explosão resultante poderá ser vista a partir da Terra, mesmo em plena luz do dia. Esta estrela tem sido observada em muitos comprimentos de onda, em particular no visível, no infravermelho e no ultravioleta. Com o auxílio do  Very Large Telescope  do ESO, os astrôno

Homem deve voltar-se para o espaço, defende Stephen Hawking

Imagem
As bases na Lua são um sonho antigo - mas continuam sendo um sonho, sem um projeto definido por falta de objetivos práticos.[Imagem: BBC] Propósito para a humanidade O físico britânico Stephen Hawking convocou países a enviarem astronautas à Lua até 2020. Para ele, é preciso também construir uma base lunar nos próximos 30 anos e enviar pessoas a Marte até 2025 - tudo isso pensando "no futuro da humanidade". As previsões de Hawking almejam principalmente reacender programas espaciais globais, forjar novas alianças e dar à humanidade uma nova "sensação de propósito". "Essa expansão para o espaço pode mudar completamente o futuro da humanidade", disse o físico britânico. "Tenho esperanças de que isso uniria países que competem entre si em torno de uma única meta, para enfrentar o desafio comum a todos nós. Um novo e ambicioso programa espacial serviria para engajar os mais novos e estimular o interesse deles em outras áreas, como astrofísica

Vivemos em um multiverso? Onde se escondem esses mundos?

Imagem
Conforme algumas estimativas, o universo conhecido pode conter cerca de dois trilhões de galáxias, sendo que a central manteria em torno de si aproximadamente cem milhões de estrelas e incontáveis planetas. Mas pode haver múltiplas cópias do universo da maneira como nós o enxergamos? O conceito de um multiverso – mundos que coexistem conosco de forma invisível e que podem representar versões da realidade quase idênticas à nossa – é uma ideia aceita na ficção científica e que intrigou gerações de físicos, bem como fãs e criadores de histórias ficcionais. Enquanto os cientistas ainda não tenham encontrado qualquer evidência de que multiversos de fato existam, há uma série de hipóteses que utilizam as leis da física para explorar a possibilidade de universos múltiplos, às vezes desafiando nossa compreensão sobre a própria viabilidade desse processo. Erin MacDonald, astrofísica, engenheira e autoproclamado “nerd maciço de ficção científica”, palestrou sobre o tema durante um pai