Betelgeuse capturada pelo ALMA


Esta mancha alaranjanda é a estrela próxima Betelgeuse, vista pelo Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA). É a primeira vez que o ALMA observa a superfície de uma estrela, sendo esta primeira tentativa resultado na imagem com a maior resolução conseguida até hoje para Betelgeuse.

Betelgeuse é uma das maiores estrelas conhecidas — com um raio de cerca de 1400 vezes superior ao do Sol no contínuo milimétrico. Situada a cerca de 600 anos-luz de distância na constelação de Orion, esta supergigante vermelha brilha intensamente, o que lhe dará uma vida curta. A estrela tem apenas cerca de 8 milhões de anos de idade, mas já está no processo de se transformar numa supernova. Quando isso acontecer, a explosão resultante poderá ser vista a partir da Terra, mesmo em plena luz do dia.

Esta estrela tem sido observada em muitos comprimentos de onda, em particular no visível, no infravermelho e no ultravioleta. Com o auxílio do Very Large Telescope do ESO, os astrônomos descobriram uma enorme pluma de gás quase tão grande como o nosso Sistema Solar e também uma bolha gigante em ebulição na superfície de Betelgeuse. 

Estas estruturas ajudam a explicar como é que a estrela perde gás e poeira a taxas elevadíssimas. Nesta imagem, o ALMA observou o gás quente da cromosfera inferior de Betelgeuse nos comprimentos de onda submilimétricos — onde temperaturas elevadas localizadas explicam a sua assimetria. O ALMA ajuda-nos assim a compreender as atmosferas extensas destas estrelas quentes e resplandescentes.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Lua eclipsa Saturno

Um rejuvenescimento galáctico

Uma enorme bolha de rádio com 65.000 anos-luz rodeia esta galáxia próxima

Marte Passando

Observações exploram as propriedades da galáxia espiral gigante UGC 2885

O parceiro secreto de Betelgeuse, Betelbuddy, pode mudar as previsões de supernovas

Telescópio James Webb descobre galáxias brilhantes e antigas que desafiam teorias cósmicas:

Telescópio James Webb encontra as primeiras possíveis 'estrelas fracassadas' além da Via Láctea — e elas podem revelar novos segredos do universo primitivo

Espiral de lado

Astrônomos mapeiam o formato da coroa de um buraco negro pela primeira vez