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NASA divulga nova imagem da supernova Tycho — ou o que sobrou dela

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Remanescente da supernova Tycho (Imagem: X-ray: NASA/CXC/RIKEN & GSFC/T. Sato et al; Optical: DSS) A NASA divulgou a mais recente imagem da supernova Tycho — ou melhor, o que sobrou dela, já que a supernova em si foi a explosão de uma estrela observada em novembro de 1572. A imagem foi gerada com dados do Observatório de Raios-X Chandra, e revela um padrão estranho de aglomerados brilhantes e de áreas mais apagadas. Desde o início de suas atividades, o Chandra registra imagens de remanescentes como esta, e a nova imagem divulgada pela NASA pode responder várias perguntas sobre esse tipo de objeto cósmico. Por exemplo, o que causa esses aglomerados de pontos brilhantes e outros mais apagados depois da explosão? Aliás, é a explosão que causa isso, ou esse fenômeno é resultado de algum processo depois de a estrela ter explodido? Isso ainda não sabemos, mas essa imagem de Tycho, catalogado como objeto SN 1572, fornece pistas aos pesquisadores para encontrar essas respostas

Primeira identificação de um elemento pesado formado durante a colisão de duas estrelas de nêutrons

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Estrôncio recém-criado, um elemento usado em fogos de artifício, detectado no espaço pela primeira vez após observações com o telescópio do ESO Foi detectado pela primeira vez no espaço um elemento pesado recém formado, o estrôncio, após uma fusão de duas estrelas de nêutrons. Esta descoberta, feita com observações efetuadas pelo espectrógrafo X-shooter, montado no Very Large Telescope (VLT) do ESO, é publicada hoje na revista Nature. A detecção confirma que os elementos mais pesados do Universo podem se formar em fusões de estrelas de nêutrons, fornecendo uma peça que falta no quebra-cabeça da formação de elementos químicos. Em 2017, após a detecção das ondas gravitacionais que passaram pela Terra, o ESO apontou os seus telescópios, incluindo o VLT, para a fonte destas ondas: uma fusão de estrelas de nêutrons chamada GW170817. Os astrônomos suspeitavam que, se os elementos pesados se formassem efetivamente em colisões de estrelas de nêutrons, as assinaturas destes elemento

Meteoro que caiu no Japão é parte de asteroide gigante que pode ameaçar a Terra

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Em algum momento dos próximos 10 milhões de anos, o asteróide gigante poderá seguir o pequeno fragmento e atingir a própria atmosfera da Terra . Na manhã de 28 de abril de 2017, um pequeno meteoro cruzou o céu de Kyoto, no Japão. Era uma rocha inofensiva, com apenas 2,7 cm de diâmetro e massa de 29 gm. Mas, utilizando dados coletados pelo SonotaCo, pesquisadores determinaram agora que a pedra era na verdade o fragmento de um asteroide muito maior, que futuramente pode ameaçar a Terra.   Estudar os pequenos meteoros é sempre útil porque as descobertas podem oferecer dados sobre o lugar de onde vieram. Neste caso, a conclusão é que a pequena rocha se originou de um objeto conhecido como 2003 YT1. Trata-se de um asteroide binário - ou seja, composto por duas rochas espaciais que orbitam entre si. Uma delas tem cerca de 2 km de diâmetro, e a menor tem 210 metros de comprimento. Descoberto em 2003, o sistema binário tem uma órbita altamente excêntrica (elíptica ao redor do Sol

Alguns fatos intrigantes e curiosidades sobre o universo

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O universo é tudo o que existe. O espaço, o tempo e todas as mais variadas formas de matéria... sempre há algo novo para descobrir e essa é uma das coisas que torna a astronomia tão fascinante. Telescópios cada vez mais poderosos fazem novas descobertas a todo instante, buscando responder as maiores perguntas dos astrônomos. No entanto, às vezes novas descobertas significam novas perguntas, algumas delas desconcertantes. Não é raro um novo objeto detectado colocar em xeque o que se sabe sobre a física do universo. E com alguma frequência são encontradas algumas coisas tão estranhas e misteriosas que desafiam os cientistas de todo o mundo. Selecionamos então alguns desses mistérios, além de fatos e curiosidades interessantes sobre o cosmos, e listamos abaixo: 1) O gigante impossível A Via Láctea é bem grande. Ela tem cem mil anos-luz de diâmetro, ou seja, se viajássemos em um veículo de ficção científica na velocidade da luz, levaríamos cem mil anos para percorrer

Hubble fotografa primeiro cometa interestelar

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E le se parece com os "nossos", mas é um cometa alienígena, vindo de outro sistema planetário. [Imagem: NASA, ESA, D. Jewitt (UCLA)] Cometa interestelar O telescópio espacial Hubble obteve a melhor visão até agora de um visitante interestelar que se acredita ter chegado aqui de outro sistema planetário, em outro ponto da nossa galáxia. O cometa 2I/Borisov (o "I" significa interestelar) é apenas o segundo objeto interestelar (o número 2 em seu nome) já visto cruzando o nosso Sistema Solar. Hennadiy Borysov foi o astrônomo amador que o descobriu.  Em 2017, o primeiro visitante interestelar identificado, um objeto chamado 'Oumuamua, passou a 38 milhões de quilômetros do Sol antes de sair novamente do Sistema Solar. "Enquanto o 'Oumuamua parecia uma rocha nua, o Borisov é realmente ativo, mais como um cometa normal. É um quebra-cabeças porque esses dois são tão diferentes," comentou o astrônomo David Jewitt, da Universidade da Ca

Via Láctea “sequestrou” diversas pequenas galáxias de sua vizinha celestial

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Pesquisa aponta que nossa galáxia está passando por uma fusão maciça com sua maior galáxia satélite, a Grande Nuvem de Magalhães Uma das simulações usada no estudo. No centro, há matéria escura (em branco). No canto inferior direito, uma galáxia parecida com a Grande Nuvem de Magalhães, com gás e estrelas, acompanhada de diversas galáxias menores. Crédito: Ethan Jahn, UC Riverside. Assim como a Lua orbita a Terra e a Terra orbita o sol, as galáxias orbitam umas às outras, de acordo com as previsões da cosmologia.  Mais de 50 galáxias satélites descobertas, por exemplo, orbitam nossa própria galáxia, a Via Láctea. A maior delas é a Grande Nuvem de Magalhães, também conhecida como LMC, uma grande galáxia anã que se assemelha a uma fraca nuvem no céu noturno do Hemisfério Sul.   Uma equipe de astrônomos, liderada por cientistas da Universidade da Califórnia em Riverside, descobriu que várias galáxias pequenas — ou “anãs” — que orbitam a Via Láctea provavelmente foram “rouba

ALMA observa fluxos contra-intuitivos em torno de buraco negro

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Impressão de artista do coração da galáxia NGC 1068, que alberga um buraco negro que se alimenta ativamente, escondido por trás de uma nuvem de gás e poeira em forma de anel. O ALMA descobriu dois fluxos gasosos em contrarotação em torno do buraco negro. As cores na imagem representam o movimento do gás: o azul é material que se move na nossa direção, o vermelho é material que se afasta de nós.Crédito: NRAO/AUI/NSF, S. Dagnello   No centro de uma galáxia chamada NGC 1068, um buraco negro supermassivo esconde-se dentro uma espessa nuvem de poeira e gás em forma de anel. Quando os astrónomos usaram o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) para estudar esta nuvem em mais detalhe, fizeram uma descoberta inesperada que poderá explicar porque é que os buracos negros supermassivos cresceram tão depressa no início do Universo. "Graças à espetacular resolução do ALMA, medimos o movimento do gás nas órbitas mais interiores em redor do buraco negro," explica

Dunas de areia em Titã podem ser feitas por raios cósmicos

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Titã é o único lugar no Sistema Solar, além da Terra que tem líquido na sua superfície em forma de oceanos, lagos e rios, mas, além disso, Titã tem também enormes desertos cobertos por dunas de areia. O material que faz essas dunas é normalmente assumido como sendo material que cai do céu, mas um novo estudo sugere que ele pode muito bem ser feito no próprio solo. As dunas de Titã, o maior satélite natural de Saturno, se espalham pela região equatorial e atingem alturas de cerca de 100 metros em alguns lugares. Imagens feitas pela sonda Cassini da NASA mostraram que as dunas contêm moléculas orgânicas escuras, que são feitas de longas cadeias de átomos de carbono. Nós também podemos ver moléculas orgânicas na espessa atmosfera de Titã, o que levou muitos pesquisadores a inferirem que essas moléculas, se formam ali e depois caem como chuva. Mas essas moléculas podem também se formarem no próprio solo do satélite num processo que também pode acontecer em outras mundos, mesmo

Há um par de bolhas gigantes e estranhas no centro da nossa galáxia

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As bolhas são apenas visíveis quando as manchas de fumaça acima e abaixo da linha central brilhante da galáxia. Observatório de Radioastronomia da África do Sul O centro da Via Láctea é um lugar muito tumultuado, algumas vezes ele explode algumas bolhas. Os astrônomos, usando o telescópio MeerKAT na África do Sul descobriram um par de enorme bolhas de partículas e alta energia vagando a centenas de anos-luz acima e abaixo do buraco negro supermassivo central da Via Láctea.   O MeerKAT é sensível a um tipo de ondas de rádio chamado de radiação sincrotron, que é causada por partículas carregadas como elétrons que se movem a uma velocidade próxima da velocidade da luz. Assim é possível mapear o centro da Via Láctea com essa radiação e aprender muitas coisas. Os astrônomos descobriram duas imensas bolhas se estendendo para fora de uma área ao redor do buraco negro supermassivo central da galáxia, perpendicular ao disco galáctico. Esses balões de partículas devem ter sido

A incrível estrela de Barnard

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Estrelas são sóis distantes. Gigantescas bolas de gás, sobretudo hidrogênio, brilhando com a energia de reações nucleares que ocorrem constantemente em seu interior. Muita gente confunde estrela com meteoro – a popular “estrela cadente” – que risca o céu numa fração de segundo ao penetrar em nossa atmosfera, queimando com seu rastro de luz. Mas, as estrelas de verdade não ficam tão perto. A mais próxima, o Sol, brilha a 150 milhões de quilômetros de nossa pele. E isso não é nada perto dos 40 trilhões de quilômetros que nos separam da segunda estrela mais próxima, Alfa do Centauro. Vistas assim, de tão longe, as estrelas acabam sendo chamadas de “fixas”, dada a grande dificuldade em percebermos seu movimento próprio. No entanto, elas se movem. Embora boa parte delas se desloque muito sutilmente, alguns segundos de arco em séculos. Pequena notável Mas, existe uma estrela cujo movimento próprio é notável, extraordinário em termos astronômicos. É a estrela de Barnard, que fic