Hubble fotografa primeiro cometa interestelar
Ele se parece com os "nossos", mas é um cometa
alienígena, vindo de outro sistema planetário. [Imagem: NASA, ESA, D. Jewitt (UCLA)]
Cometa
interestelar
O telescópio espacial Hubble
obteve a melhor visão até agora de um visitante interestelar que se acredita
ter chegado aqui de outro sistema planetário, em outro ponto da nossa galáxia.
O cometa 2I/Borisov (o
"I" significa interestelar) é apenas o segundo objeto interestelar (o
número 2 em seu nome) já visto cruzando o nosso Sistema Solar. Hennadiy Borysov
foi o astrônomo amador que o descobriu. Em 2017, o primeiro visitante
interestelar identificado, um objeto chamado 'Oumuamua, passou a 38 milhões de
quilômetros do Sol antes de sair novamente do Sistema Solar.
"Enquanto o 'Oumuamua
parecia uma rocha nua, o Borisov é realmente ativo, mais como um cometa normal.
É um quebra-cabeças porque esses dois são tão diferentes," comentou o
astrônomo David Jewitt, da Universidade da Califórnia.
De fato, essa similaridade
com os "nossos" cometas foi um tanto decepcionante, uma vez que se
esperava que um cometa interestelar fornecesse vários insights valiosos, como a
composição química, a estrutura e as características da poeira de um bloco de
construção planetário, presumivelmente forjado em um sistema estelar alienígena
há muito tempo e muito longe daqui.
"Como outro sistema
estelar pode ser bem diferente do nosso, o cometa poderia ter experimentado
mudanças significativas durante sua longa jornada interestelar. No entanto,
suas propriedades são muito semelhantes às dos blocos de construção do Sistema
Solar, e isso é muito notável," acrescentou a astrônoma Amaya Moro-Martin,
membro da equipe de observação.
Cometa
Borisov
O Hubble fotografou o
2I/Borisov a uma distância de aproximadamente 420 milhões de quilômetros da
Terra. O cometa está viajando em direção ao Sol e fará sua maior aproximação da
nossa estrela em 7 de dezembro, quando estará duas vezes mais longe do Sol do que
a Terra.
Ele também segue um caminho
hiperbólico ao redor do Sol e atualmente está disparando a uma velocidade
extraordinária de mais de 150.000 quilômetros por hora, ou tão rápido quanto a
Terra viaja ao redor do sol. Em meados de 2020, o cometa estará de volta ao
espaço interestelar, onde flutuará por milhões de anos antes de talvez um dia
se aproximar de outro sistema estelar.
Fonte: Inovação Tecnológica
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