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Idade da estrela Matusalém é recalculada — e ela não é mais velha que o universo

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  A estrela Matusalém (Imagem: ReproduçãoNASA/GSFC/SkyView/DSS2) Nem sempre medições astronômicas são muito confiáveis, e o caso da estrela Matusalém é um ótimo exemplo. Ela fica a cerca de 200 anos-luz da Terra e intrigou a comunidade científica porque, de acordo com alguns cálculos, teria 14,5 bilhões de anos. O problema é que o Big Bang aconteceu há 13,8 bilhões de anos. Felizmente, novos estudos estão redefinindo a idade da estrela, chegando a números bem mais confortáveis, por assim dizer. Existem algumas formas de saber se uma estrela é muito antiga ou muito jovem, e uma delas é através da análise dos níveis de metalicidade. É que as estrelas são as produtoras de muitos dos elementos da tabela periódica, mas elas só começaram a produzir metais, como ferro, muito depois do Big Bang. Isso significa que, no início do universo, só havia hidrogênio e hélio.  Só em gerações de estrelas posteriores surgiriam as estrelas capazes de fundir metais em seus núcleos, e explodir em supern

Buracos negros supermassivos devoram gás como os seus irmãos mais pequenos

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  À medida que um buraco negro consumia uma estrela, os investigadores ficaram surpresos ao descobrir que exibia propriedades semelhantes à dos buracos negros de massa estelar, muito mais pequenos.  Crédito: Christine Daniloff, MI T No dia 9 de setembro de 2018, os astrónomos avistaram um flash de uma galáxia a 860 milhões de anos-luz de distância. A fonte foi um buraco negro supermassivo com cerca de 50 milhões de vezes a massa do Sol. Normalmente quieto, o gigante gravitacional acordou de repente para devorar uma estrela que passava num caso raro conhecido como evento de perturbação de marés. À medida que os detritos estelares caíam em direção ao buraco negro, libertou uma enorme quantidade de energia na forma de luz.  Investigadores do MIT, do ESO e de outras organizações usaram vários telescópios para vigiar o evento, identificado como AT2018fyk. Para sua surpresa, observaram que, à medida que o buraco negro supermassivo consumia a estrela, este exibia propriedades semelhantes às

1 Milhão de Estrelas - Aglomerado 47 Tuc (A emigração das Anãs Brancas)

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O Aglomerado Globular 47 Tucane (47 Tuc) é um gigantesco e brilhante grupo de estrelas de nossa galáxia que fica a milhares de anos-luz da Terra. 47 Tuc abriga cerca de 1 milhão de estrelas antigas que orbitam o mesmo centro gravitacional e estão muito próximas entre si.  O aglomerado tem tantas estrelas próximas que a evolução do grupo ocorre de forma única, além de colisões estelares darem origem a uma estrela rara chamada de Retardatária Azul. As Anãs Brancas e as estrelas mais leves dos aglomerados estão em processo de expulsão gravitacional, em um processo conhecido como Segregação em Massa. Faremos uma viagem até o halo de nossa galáxia Via Láctea para conhecer esse incrível aglomerado estelar 🚀 Fonte: e Créditos:   Viagens pelo Universo

Estas estrelas ficaram "escondidas" em meio às anãs vermelhas da Via Láctea

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Comparação entre uma subanã do tipo M e o Sol (Imagem: Reprodução/LAMOST)   Um grupo especial de pequenos “monstros” vermelhos está vagando pela Via Láctea. Trata-se das estrelas subanãs vermelhas, que nasceram no halo galáctico e no disco espesso da nossa galáxia. Assim, em um novo estudo, uma equipe de pesquisadores aplicou novos critérios de classificação dessas estrelas para construir uma grande amostra delas, e identificaram características importantes para diferenciá-las das anãs “comuns”.   As subanãs vermelhas são estrelas que têm cerca de um décimo do diâmetro do Sol, com massa que chega a até 50% àquela da nossa estrela. Elas se formam quando o hidrogênio acaba antes da fusão de hélio, e as temperaturas delas podem chegar a quase 50 mil °C. Segundo o prof. Luo Ali, dos Observatórios Astronômicos Nacionais da Academia Chinesa de Ciências (NAOC), saber mais sobre essas estrelas é uma forma de conhecer a história da nossa galáxia.  Ele explica que “elas são bem raras na vizi

Determinando idades estelares para uma perspetiva mais detalhada da "montagem" da Via Láctea

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Imagem infravermelha obtida pelo Telescópio Espacial Spitzer da NASA que mostra centenas de milhares de estrelas que povoam o núcleo rodopiante da nossa Galáxia espiral, a Via Láctea. No visível, esta região não pode ser observada de todo devido à poeira situada entre a Terra e o Centro Galáctico, que bloqueia a nossa vista.Crédito: NASA/JPL-Caltech Os cientistas conseguiram datar com sucesso algumas das estrelas mais antigas da nossa Galáxia com uma precisão sem precedentes, combinando dados das oscilações das estrelas com informações sobre a sua composição química.   A equipa, liderada por investigadores da Universidade de Birmingham, estudou cerca de cem estrelas gigantes vermelhas e foi capaz de determinar que algumas delas faziam originalmente parte de uma galáxia satélite chamada Gaia-Encélado, que colidiu com a Via Láctea no início da sua história.  Os resultados, publicados na revista Nature Astronomy, revelaram que o grupo de estrelas estudadas têm todas idades semelhantes

Plutônio alienígena indica evento cósmico nas vizinhanças da Terra

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  Astrônomos encontraram recentemente um elemento pesado formado nas estrelas. [Imagem: ESO/L. Calçada/M. Kornmesser ] Pistas radioativas   Cientistas descobriram a primeira ocorrência de um isótopo radioativo extraterrestre na Terra, o que tem um impacto direto sobre as teorias que tentam explicar como se originaram os elementos químicos que formam nosso planeta. Anton Wallner e colegas da Universidade Nacional Australiana localizaram traços de plutônio-244 (244Pu) no fundo do Oceano Pacífico, no interior de formações de ferro radioativo (60Fe).    Acontece que o plutônio-244 tem meia-vida de 80,6 milhões de anos, o que significa que qualquer vestígio desse isótopo incluído na Terra nos primórdios de sua formação já decaiu há muito tempo. Mais do que isso, o ferro-60 tem meia-vida de meros 2,6 milhões de anos.   Isso indica que os dois isótopos, ainda mais encontrados juntos, têm origem extraterrestre, com sua chegada aqui podendo representar uma evidência de eventos cósmicos vi

Os astrofísicos finalmente descobriram os buracos negros primordiais?

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I mpressão artística de dois buracos negros colidindo. LIGO / Caltech / MIT / R.  Ferido, IPAC Os buracos negros têm várias variedades, dependendo de como são formados. Os buracos negros convencionais se formam quando as estrelas ficam sem combustível e colapsam sobre si mesmas. Se a estrela tiver massa suficiente, cerca de três a dez vezes a massa do nosso Sol, ela forma um buraco negro.   Outro tipo são os buracos negros supermassivos que ficam no centro de muitas galáxias e são muitos milhões de vezes mais massivos que o nosso sol. Existem muitas evidências de ambos os tipos de buracos negros.   Depois, existem os buracos negros primordiais, objetos muito mais misteriosos que se pensa terem se formado logo após o Big Bang. O pensamento é que flutuações aleatórias na distribuição de massa no início do universo devem ter criado algumas regiões densas o suficiente para formar buracos negros.   No entanto, ninguém sabe se os buracos negros primordiais realmente existem. Os astrôn

E Se o Nosso Sol Fosse Substituído por Outra Estrela?

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Créditos: INCRIVEL

Relatividade - Como é o universo?

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Fonte: Origensnt

Estrelas da Via Láctea revelam mais sobre fusão com outra galáxia no passado

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Representação do encontro da Via Láctea com a galáxia satélite, ocorrido há cerca de 10 bilhões de anos (Imagem: Reprodução/V. Belokurov/ESO/Juan Carlos Muñoz) Em um novo estudo, uma equipe de pesquisadores aplicou um método relativamente novo para identificar, com a maior precisão possível, a idade de uma amostra de 100 estrelas gigantes vermelhas em nossa galáxia. Assim, os resultados trouxeram as melhores evidências de quando a Via Láctea se formou — incluindo a colisão com uma galáxia satélite ocorrida há dez bilhões de anos, que determinou o formato da Via Láctea como a vemos hoje.  Os autores trabalharam com diferentes técnicas e fontes de dados para o estudo. Então, para conseguir a determinar com precisão a idade das estrelas, a equipe aplicou a asterosismologia, uma área relativamente nova que analisa a estrutura interna das estrelas por meio das oscilações, as ondas de que se movem pelo interior delas.  “Com isso, conseguimos idades bem precisas, que são importantes para dete