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Restos de planeta destruído são vistos caindo em sua estrela

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  Impressão artística do material planetário caindo na anã-branca G29-38. Quando o material planetário atinge a superfície da estrela, ele forma um plasma e esfria, emitindo raios X que os telescópios podem detectar.[Imagem: University of Warwick/Mark Garlick]   Estrela engolindo planeta   Astrônomos conseguiram flagrar pela primeira vez o momento em que detritos de planetas destruídos atingiram a superfície de sua estrela. A colisão foi detectada no espectro de raios X, emitidos quando o material rochoso e gasoso colide e é consumido pela estrela. Esse material é o que resta de um sistema planetário depois que sua estrela hospedeira morre, destruindo os planetas mais próximos.  Os resultados são a primeira medição direta da acreção de material rochoso em uma anã branca, e confirmam décadas de indícios indiretos de acreção, colhidos em mais de mil estrelas até agora. O destino da maioria das estrelas, incluindo aquelas como o nosso Sol, é se tornar uma anã branca.  Uma anã bran

O efeito borboleta

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  A cerca de 60 milhões de anos-luz de distância, na constelação da Virgem, as duas galáxias NGC4567 e NGC4568, também chamadas Galáxias Borboleta devido à sua estrutura parecida com asas, começam a colidir e a se fundirem uma à outra. Podemos ver isso mesmo nesta imagem capturada pelo instrumento FORS2 (FOcal Reducer and low dispersion Spectrograph 2), montado no Very Large Telescope (VLT) do ESO no Observatório do Paranal, nos Andes chilenos.   Colisões de galáxias não são incomuns no Universo. Podemos imaginá-las violentas e catastróficas, mas, na realidade, são processos surpreendentemente pacíficos, tal como uma valsa executada por estrelas, gás e poeira e coreografada pela gravidade. Pensa-se que este tipo de colisão e fusão seja também o eventual destino da Via Láctea, que os cientistas acreditam que irá sofrer uma interação semelhante com a nossa galáxia vizinha, Andrômeda.   O instrumento FORS2 é frequentemente apelidado de o "canivete suíço" do Paranal, devido

Novo planeta detectado em torno da estrela mais próxima do Sol

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O conceito de um artista de Proxima d, o terceiro planeta candidato orbitando nosso vizinho estelar mais próximo, Proxima Centauri. ESO / L. Calçada   Com o auxílio do Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul (ESO) no Chile, uma equipe de astrônomos encontrou evidências da existência de outro planeta em órbita de Proxima Centauri, a estrela mais próxima do nosso Sistema Solar. Este candidato a planeta é o terceiro detectado neste sistema planetário e o mais leve descoberto até agora em órbita desta estrela. Com apenas um quarto da massa da Terra, o planeta também é um dos exoplanetas mais leves já encontrados.   “Esta descoberta nos mostra que a nossa estrela vizinha mais próxima parece ter em sua órbita uma quantidade de planetas interessantes, ao alcance de mais estudos e futuras explorações”, explica João Faria, pesquisador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, em Portugal, e líder do estudo publicado hoje na revista Astronomy & Astrophysics. Prox

Ajuste fino do Universo para a vida pode ser uma ilusão

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 Um multiverso fornece uma explicação para o problema do ajuste fino, do porquê nosso cosmos parece ter os parâmetros perfeitamente ajustados para abrigar vida inteligente. [Imagem: Maayan Harel/FQXi ] Multiverso   Nas últimas décadas, algumas das mentes mais perspicazes da física sentiu-se atraída pelo que se convencionou chamar de "problema do ajuste fino" - ou sintonia fina. Ao sondar as leis físicas do Universo e determinar com precisão os valores das constantes físicas - como as massas das partículas elementares e as magnitudes das forças - os físicos descobriram que variações surpreendentemente pequenas nesses valores teriam criado um Universo sem vida.   Isso levou a um enigma: Por que as condições físicas do Universo são aparentemente tão bem adaptadas à existência humana?   Alguns físicos explicaram essas condições como acidentais invocando a teoria do multiverso, que propõe que há um número infinito de universos paralelos, cada um com diferentes parâmetros fís

O Telescópio Espacial James Webb acaba de detectar seu primeiro sinal

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  Esta semana, a NASA divulgou a emocionante notícia de que, quando o Telescópio Espacial James Webb iniciou seu processo de alinhamento de três meses, a equipe viu os primeiros fótons de luz estelar que viajaram por dentro do telescópio, detectados pela Near Infrared Camera (NIRCam).  A princípio, as fotos do Webb ficarão desfocadas, mas os cientistas ajustarão o telescópio gradualmente. A NASA diz que uma equipe de engenheiros e cientistas da Ball Aerospace, do Space Telescope Science Institute e do Goddard Space Flight Center da NASA estão testando o alinhamento e estão prontos para trabalhar.  “As imagens tiradas por Webb durante este período não serão imagens ‘bonitas’ como as novas visões do universo que Webb revelará [em alguns meses]”, relata o comunicado da NASA. “Eles servem estritamente ao propósito de preparar o telescópio para [fazer] ciência.”  Em tempo A jornada do Webb para fotografar partes desconhecidas do universo não será tão diferente da de seu antecessor,

Exoplaneta extremo é descoberto com uma atmosfera complexa e exótica

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Uma equipe internacional, incluindo pesquisadores da Universidade de Berna e da Universidade de Genebra, bem como do PlanetS do Centro Nacional de Competência em Pesquisa (NCCR), analisou a atmosfera de um dos planetas mais extremos conhecidos em grande detalhe. Os resultados deste planeta quente, semelhante a Júpiter, que foi caracterizado pela primeira vez com a ajuda do telescópio espacial CHEOPS, podem ajudar os astrônomos a entender as complexidades de muitos outros exoplanetas – incluindo planetas semelhantes à Terra. A atmosfera da Terra não é uma camada uniforme, mas consiste em camadas distintas, cada uma com propriedades características. A camada mais baixa que se estende desde o nível do mar passando pelos picos mais altos das montanhas, por exemplo – a troposfera – contém a maior parte do vapor de água e, portanto, é a camada na qual ocorre a maioria dos fenômenos climáticos. A camada acima dela – a estratosfera – é aquela que contém a famosa camada de ozônio que nos pro

Astrônomos encontram uma espécie potencialmente nova de estrela de nêutrons

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  O objeto, um magnetar de período ultralongo, era teórico até agora. A impressão de um artista de como o objeto pode parecer se for um magnetar. Magnetares são estrelas de nêutrons incrivelmente magnéticas, algumas das quais às vezes produzem emissão de rádio. Magnetares conhecidos giram a cada poucos segundos, mas teoricamente, “magnetares de período ultra-longo” poderiam girar muito mais lentamente. A cerca de 4.000 anos-luz da Terra, uma entidade astral lançou um grande flash de radiação três vezes por hora, cada um por um minuto de cada vez, pegando os pesquisadores de surpresa. “Este objeto estava aparecendo e desaparecendo ao longo de algumas horas durante nossas observações”, disse a principal autora Dra. Natasha Hurley-Walker em um comunicado de imprensa . “Isso foi completamente inesperado. Foi meio assustador para um astrônomo porque não há nada conhecido no céu que faça isso.   A cada 20 minutos, o objeto se torna uma das fontes de rádio mais brilhantes do céu. Provavelmen

Como pode ser medida a matéria escura no Sistema Solar

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  Nesta impressão de artista, a nave espacial Voyager 1 da NASA tem uma vista geral do Sistema Solar. Os círculos representam as órbitas dos grandes planetas exteriores: Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno. Lançada em 1977, a Voyager 1 visitou os planetas Júpiter e Saturno. A nave está agora a mais de 22 mil milhões de quilómetros da Terra, tornando-a o objeto mais longínquo jamais construído pelo homem. De facto, a Voyager 1 está agora a viajar através do espaço interestelar, a região entre as estrelas que está cheia de gás, poeira e material reciclado de estrelas moribundas. Crédito: NASA, ESA e G. Bacon (STScI) As fotos da Via Láctea mostram milhares de milhões de estrelas dispostas em espiral irradiando do centro, com gás iluminado no meio. Mas os nossos olhos só conseguem vislumbrar a superfície do que mantém a nossa galáxia unida. Cerca de 95% da massa da nossa Galáxia é invisível e não interage com a luz. É feita de uma substância misteriosa chamada matéria escura, que nunca foi

TESS Science Office no MIT atinge marco de 5.000 candidatos a exoplanetas

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  Catálogo de candidatos a planetas quase dobra de tamanho durante 2020-21. Um mapa do céu agora está repleto de mais de 5.000 candidatos a exoplanetas da missão TESS da NASA. O TESS Science Office no MIT lançou o lote mais recente de TESS Objects of Interest (grandes pontos laranja no mapa) em 21 de dezembro, aumentando o catálogo para este marco de 5.000 contagens. Créditos:Imagem cortesia de NASA/MIT/TESS.   Quando foi lançada em 2018, o objetivo da missão TESS era de descobrir a maior quantidade de exoplanetas possíveis, seguindo uma rigorosa programação de varredura do céu. A principal diferença da missão TESS para outras missões como a do telescópio Kepler, por exemplo, foi a de procurar por exoplanetas orbitando estrelas brilhantes e próximas.   Quando a TESS descobre um candidato a exoplaneta, esse objeto é catalogado e assim é criado o famoso catálogo de TOIs, ou TESS Object of Interest. Esses objetos posteriormente passarão por todo um processo para serem aprovados ou não co

Arp 282 – Bela interação entre duas galáxias no Universo

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  Crédito:ESA/Hubble & NASA, J. Dalcanton, Dark Energy Survey, DOE, FNAL/DECam, CTIO/NOIRLab/NSF/AURA, SDSS Hoje já se sabe muito bem que um dos principais aspectos envolvidos na evolução de uma galáxia é como elas se interagem no universo. As galáxias podem se fundir, podem colidir, ou podem se raspar, quando uma passa perto de outra, cada uma dessas interações têm um impacto importante na forma e na estrutura das galáxias. Essas interações até são comuns no universo, porém é raro capturar uma imagem de duas galáxias interagindo de forma dinâmica. Mas o Hubble está aí para isso, é tanta galáxia que ele observa e faz imagens, que acaba de vez em quando pegando uma interação como na foto acima.   Essa imagem mostra o que é conhecido como Arp 282, ou seja, um par de galáxias em interação, que é composto pela galáxia Seyfert NGC 169, na parte de baixo e pela galáxia IC 1559, na parte de cima. As duas galáxias que fazem parte do Arp 282 possuem núcleos bem destacados, e são conhecida