Restos de planeta destruído são vistos caindo em sua estrela
Estrela engolindo planeta
Astrônomos conseguiram flagrar pela primeira vez o momento em que detritos de planetas destruídos atingiram a superfície de sua estrela. A colisão foi detectada no espectro de raios X, emitidos quando o material rochoso e gasoso colide e é consumido pela estrela. Esse material é o que resta de um sistema planetário depois que sua estrela hospedeira morre, destruindo os planetas mais próximos.
Os resultados são a primeira medição direta da acreção de material rochoso em uma anã branca, e confirmam décadas de indícios indiretos de acreção, colhidos em mais de mil estrelas até agora. O destino da maioria das estrelas, incluindo aquelas como o nosso Sol, é se tornar uma anã branca.
Uma anã branca é essencialmente uma estrela que queimou todo o seu combustível e "derramou" suas camadas externas, inchando, engolindo e eventualmente destruindo quaisquer corpos celestes ao seu alcance.
À medida que o material desses corpos é puxado para a estrela a uma taxa alta o suficiente, ele bate na superfície da estrela, formando um plasma aquecido por choque. Esse plasma, com temperatura entre 100.000 e um milhão de graus Celsius, então se deposita na superfície e, à medida que esfria, emite raios X que podem ser detectados.
Estrelas com elementos pesados
Há décadas, os astrônomos usam espectroscopia em comprimentos de onda ópticos (luz visível) e ultravioleta para medir a abundância de elementos na superfície das estrelas e, descobrindo sua composição, inferir seu processo de formação.
Há bastante indícios indiretos de que essas estrelas estão acumulando material ativamente: Observações espectroscópicas mostram que entre 25 e 50% das anãs brancas possuem elementos pesados, como ferro, cálcio e magnésio, poluindo suas atmosferas.
Até agora, porém, os astrônomos nunca tinham conseguido ver o material no momento em que ele é puxado para a estrela.
"Finalmente vimos material
realmente entrando na atmosfera da estrela. É a primeira vez que conseguimos
derivar uma taxa de acreção que não depende de modelos detalhados da atmosfera
da anã branca. O que é notável é que ela concorda extremamente bem com o que
foi feito antes," disse o professor Tim Cunningham, da Universidade de
Warwick, no Reino Unido.
Fonte: Inivação Tecnológica
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