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Mostrando postagens de dezembro, 2016

Radiação Hawking

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Uma coisa que provavelmente você já ouviu falar, é a famosa radiação Hawking, neste texto procuraremos entender essa radiação que escapa dos buracos negros. Com esse nome em homenagem ao físico teórico Stephen Hawking, que propôs os argumentos teóricos dessa radiação em 1974, a radiação Hawking é uma radiação térmica explicada por efeitos quânticos. Antes de explicar exatamente o que acontece, devemos tirar da cabeça aquela imagem que construímos do vácuo como um espaço vazio. Pelo contrário, o vácuo é como uma grande sopa de partículas que borbulham a todo momento. As chamadas partículas virtuais,  flutuações quânticas de vácuo, aparecem dentro e fora da existência a todo momento e se aniquilam (partícula x anti-partícula) e isso nos mostra que o vácuo não é aquele grande espaço sem nada. Tendo isso em mente podemos imaginar o que aconteceria se essas partículas virtuais aparecessem perto do horizonte de eventos de um buraco negro. O que Stephen Hawking propôs é como se o bur

ALMA encontra evidências convincentes de dois planetas recém-nascidos em redor de jovem estrela

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Imagem ALMA do disco protoplanetário que rodeia a jovem estrela HD 163296. Novas observações sugerem que os dois planetas, cada com mais ou menos o tamanho de Saturno, estão em órbita da estrela. Estes planetas, que ainda não se formaram completamente, revelaram-se pela dupla impressão que deixam nas porções de gás e poeira no disco protoplanetário da estrela. Crédito: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO); A. Isella; B. Saxton (NRAO/AUI/NSF ) Os astrónomos sabem agora que a nossa Galáxia está repleta de planetas, desde mundos rochosos do tamanho da Terra até gigantes gasosos maiores que Júpiter. Quase todos esses exoplanetas foram descobertos em órbita de estrelas maduras com um sistema planetário completamente evoluído. Novas observações com o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) contêm evidências convincentes de que dois planetas recém-nascidos, cada um do tamanho de Saturno, estão em órbita de uma jovem estrela de nome HD 163296. Estes planetas, que ainda não estão completam

Nova equação pode ser a chave para a Teoria de Tudo

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U ma das coisas mais estranhas da física é que existem praticamente duas físicas diferentes: a da relatividade geral, que explica o comportamento da gravidade e corpos gigantescos do universo, como estrelas e planetas; e a mecânica quântica , que explica as menores partículas conhecidas até hoje, como os quarks e o léptons (que formam os prótons, neutrons e elétrons).  Assim como Ruth e Raquel, as duas físicas são irmãs gêmeas, mas não se bicam. Cada uma explica muito bem o campo em que trabalha, mas, quando são combinadas, elas simplesmente não funcionam — acredite, Einstein tentou bastante unificar as diferentes forças do universo, como explicamos neste texto sobre Teoria das Cordas . Agora, se depender de uma nova equação proposta pelo físico teórico Leonard Susskind, da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, as reuniões em família da física serão mais amistosas. Para ele, a ligação entre as duas está nos famosos buracos de minhoca — aquele tipo de atalho que liga dois

Como seria viver em Marte?

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A fascinação pelo planeta Marte não vem de ontem. Ela está presente nos filmes de ficção desde o século 19, e teorias conspiratórias ganharam força quando o astrônomo norte-americano, Percival Lowell especulou que os canais vistos no Planeta Vermelho poderiam ser sinais de vida extraterrestre inteligente. Mas será que o sonho de colonização em Marte poderá se tornar realidade? Poderíamos viver em Marte?   Em 1965 a nave Mariner 4 da NASA completou seu primeiro sobrevoo em Marte, e seis anos depois, a sonda Mars 3 foi a primeira a pousar controladamente no Planeta Vermelho. Desde então, tivemos inúmeras missões ao nosso vizinho próximo, e hoje temos rovers que andam pela sua superfície em busca de água e de indícios de vida microbiana, mesmo que seja do passado remoto.  A NASA tem até um projeto para lançar uma missão tripulada à Marte, que deve ocorrer em meados de 2030.  Ainda não se sabe qual seria o melhor lugar para pousos tripulados, e para uma possível colônia, mas acredita-

O sol vai destruir a Terra muito antes do que você pensa

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Sabe aquele ditado que a única certeza da vida é a morte? Pois bem, o mesmo serve para o nosso planeta. Ele inevitavelmente vai ter um fim, embora não exista nenhuma maneira de saber qual cenário apocalíptico será a causa da destruição da Terra. Mas, mesmo que a gente consiga escapar de asteroides, evitar um apocalipse nuclear ou uma pandemia, chegará um dia em que nosso próprio sol vai acabar conosco.  Este processo não vai ser bonito. E, de acordo com Jillian Scudder, astrofísica da Universidade de Sussex, no Reino Unido, esse dia pode vir mais cedo do que pensávamos. 10% mais brilhante O sol sobrevive pela queima de átomos de hidrogênio, transformando-os em átomos de hélio em seu núcleo. A estrela queima 600 milhões de toneladas de hidrogênio a cada segundo. Mas, conforme o núcleo do sol torna-se saturado com este hélio, ele encolhe, acelerando as reações de fusão nuclear – o que significa que a estrela cospe mais energia. A cada bilhão de anos que o sol passa queimando hid

Estrela moribunda mostra como será o fim do nosso sol

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Daqui cinco bilhões de anos, nosso sol vai morrer. Depois de ficar sem hidrogênio para queimar, ele começará a usar elementos mais pesados como combustível em seu núcleo de fusão, inchando e derramando enormes quantidades de material no espaço através de violentos ventos estelares. Durante este tempo, nossa estrela vai ficar cerca de 100 vezes maior do que é agora, tornando-se uma “gigante vermelha”. Esta expansão dramática engolfará Mercúrio e Vênus, os dois planetas mais próximos ao sol. O que é menos claro é o que acontecerá à Terra – nosso planeta seguirá o caminho de Mercúrio e Vênus ou vai escapar da agonia do sol e continuar a orbitar a pequena estrela anã branca que ele se transformará?  De qualquer forma, não estaremos aqui para saber. Nosso sol será maior e mais brilhante na fase gigante vermelha, de modo que provavelmente destruirá qualquer forma de vida em nosso planeta. L2 Puppis Com a ajuda do mais poderoso observatório de rádio do planeta, astrônomos lider

Primeiro buraco negro é criado na Terra

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Um buraco negro eletromagnético, que suga a luz a seu redor, foi criado em laboratório pela primeira vez. A criação, que funciona em freqüências de microondas, pode logo ser utilizado para se agarrar à luz visível, e pode revolucionar o funcionamento da eletricidade solar. A ideia foi proposta no início deste ano em um estudo de Evgenii Narimanov e Alexander Kildishevof, da Universidade Purdue, nos Estados Unidos. A pesquisa realizada pela dupla sugeria que as propriedades de um buraco negro cosmológico poderiam ser recriadas. Agora, os cientistas Tie Jun Cui e Qiang Cheng, da Universidade Southeast, na China, fizeram com que a teoria de Narimanov e Kildishevof se tornasse realidade. O buraco negro de laboratório construído pelos cientistas chineses é constituído por 60 tiras circulares de um metamaterial que foi anteriormente utilizado em uma tentativa de construir capas de invisibilidade . O dispositivo usa 40 tiras para formar a sua camada exterior e 20 tiras para absorver

Ventos de rubis e safiras atigem o céu de planeta gigante

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Impressão de artista do exoplaneta HAT-P-7b. Crédito: Mark Garlick/Universidade de Warwick De acordo com uma nova investigação pela Universidade de Warwick, foram detetados sinais de ventos poderosos num planeta 16 vezes maior que a Terra, a mais de 1000 anos-luz de distância - a primeira vez que sistemas climáticos foram encontrados num gigante gasoso para lá do nosso Sistema Solar. David Armstrong, do Grupo de Astrofísica da Universidade de Warwick, descobriu que o gigante de gás HAT-P-7b é afetado por mudanças a larga escala nos fortes ventos que se movimentam pelo planeta, provavelmente levando a tempestades catastróficas. Esta descoberta foi alcançada estudando a luz refletida pela atmosfera de HAT-P-7b e pela identificação de alterações nesta luz, mostrando que o ponto mais brilhante do planeta muda de posição. Esta alteração é provocada por um jato equatorial com velocidades de vento dramaticamente variáveis - no seu pico de intensidade, empurram vastas quantidade

Evento superluminoso explicado por buraco negro em rotação a "engolir" estrela

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Os telescópios do ESO ajudam a reinterpretar uma explosão brilhante Imagem de pormenor de uma estrela próximo de um buraco negro supermassivo (impressão artística) Créditos:ESO, ESA/Hubble, M. Kornmesser Foi observado , há cerca de um ano atrás, um ponto de luz extraordinariamente brilhante numa galáxia distante, ao qual se deu o nome ASASSN-15lh, supondo tratar-se da supernova mais brilhante observada até à data. No entanto, novas observações obtidas em vários observatórios, incluindo o ESO, lançam agora dúvidas relativas a essa classificação. Um grupo de astrónomos propõe que este evento correspondeu a um fenómeno ainda mais extremo e raro — um buraco negro em rotação rápida a desfazer uma estrela que se aproximou demasiado. Em 2015, o rastreio ASAS-SN ( All Sky Automated Survey for SuperNovae ) detectou um evento, ao qual se deu o nome ASASSN-15lh, que foi registado como sendo a supernova mais brilhante alguma vez observada e catalogado por isso como uma supernova supe

Enxame NGC 3603

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Uns meros 20.000 anos-luz do Sol encontra-se  NGC 3603 , residente do braço espiral Carina da nossa  Via Láctea .  NGC 3603  é bem conhecida dos astrónomos como uma das maiores regiões de formação estelar da nossa Galáxia. O enxame aberto central contém milhares de estrelas mais massivas que o  nosso Sol , estrelas que provavelmente se formaram há apenas um ou dois milhões de anos atrás numa única explosão de formação estelar. De facto, pensa-se que a  vizinha NGC 3603  contém um exemplo conveniente dos grandes enxames estelares que povoam as muito mais distantes  galáxias "starbust" . Em  torno do enxame  estão nuvens natais de gás interestelar brilhante e poeira, esculpidas pela radiação energética e pelos ventos estelares.  Captada pelo  Telescópio Espacial Hubble, a  imagem  abrange cerca de 17 anos-luz. Fonte: NASA

CASSINI transmite primeiras imagens de nova órbita

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Esta imagem foi captada pela sonda Cassini da NASA cerca de dois dias antes da sua primeira passagem íntima pelo limite exterior dos anéis principais de Saturno, durante a penúltima fase da sua missão. Crédito: NASA/JPL-Caltech/SSI A sonda Cassini da NASA transmitiu para a Terra as suas primeira imagens da atmosfera de Saturno desde que começou a última fase da sua missão. As novas imagens mostram cenas do alto do hemisfério norte de Saturno, incluindo o intrigante jato em forma de hexágono. A Cassini deu início à sua nova fase da missão no passado dia 30 de novembro. Cada uma das órbitas rasantes - 20 no total - levam a nave espacial bem acima do hemisfério norte de Saturno antes de a enviar a "raspar" os limites externos dos anéis principais do planeta. As câmaras da Cassini obtiveram estas últimas imagens nos dias 2 e 3 de dezembro, aproximadamente dois dias antes da primeira passagem íntima pelos anéis do planeta. As órbitas seguintes vão incluir imagens da m

Um reservatório de gelo imenso foi encontrado em Marte e pode ajudar na futura colonização do Planeta

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Fora a Terra, Marte é o planeta mais “habitável” do sistema solar – mas isso não significa que podemos simplesmente nos mudar para lá e esperar ter uma vida como temos no nosso planeta azul.  Mas embora a superfície de Marte seja mais estéril (e muito mais tóxica) do que o deserto mais árido da Terra, a NASA descobriu um vasto suprimento subterrâneo de gelo de água que pode, algum dia, ser um oásis para os futuros exploradores do planeta vizinho. A chave para a sobrevivência dos futuros colonizadores de Marte será a utilização de recursos existentes no Planeta Vermelho, de modo que a necessidade de desembarcar futuros exploradores perto de um recurso de água conhecido é fundamental. A água não é apenas um requisito para manter os astronautas vivos, ela é necessária para a produção de combustível e sustentaria qualquer eventual agricultura marciana. Simplificando, a menos que encontremos água em Marte e entendamos como acessá-la, nossos sonhos de colonizar Marte terminam. Tend

A matéria escura pode ser mais uniforme do que se esperava

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Estudo detalhado de uma grande área do céu feito com base em dados do VST revela resultado intrigante Mapa da matéria escura da região G12 do rastreio KiDS Créditos: Kilo-Degree Survey Collaboration/H. Hildebrandt & B. Giblin/ESO A análise de um enorme rastreio de galáxias, obtido pelo Telescópio de Rastreio do VLT do ESO (VST) no Chile, sugere que a matéria escura pode ser menos densa e estar distribuída de forma mais uniforme no espaço do que o que se pensava anteriormente. Uma equipa internacional de astrónomos utilizou dados do Rastreio KiDS (Kilo Degree Survey) para estudar como é que a radiação emitida por cerca de 15 milhões de galáxias distantes é afectada pela influência gravitacional da matéria das estruturas com maiores escalas do Universo. Os resultados do estudo parecem estar em desacordo com resultados anteriores obtidos com o satélite Planck. Hendrik Hildebrandt do Argelander-Institut für Astronomie em Bona, Alemanha, e Massimo Viola do Observatóri

Impressões digitais do Universo primordial

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Impressões digitais do Universo primordial – créditos: ESO / V. D’Odorico (Osservatorio Astronomico di Trieste, Italy) As galáxias mais massivas do Universo albergam buracos negros supermassivos nos seus centros. Estes buracos negros verdadeiramente colossais “comem” o material que os rodeia a taxas extremamente elevadas, libertando enormes quantidades de radiação no processo e resplandecendo, sendo os objetos mais brilhantes que se conhecem no Universo! Apesar das enormes distâncias a que se encontram da Terra, as regiões que rodeiam estes buracos negros brilham tão intensamente que a sua aparência é semelhante às estrelas da nossa própria galáxia, a Via Láctea . Alguns destes objetos, conhecidos por objetos quase-estelares ou quasars , são ferramentas valiosas que nos ajudam a compreender melhor o cosmos. Uma vez que se encontram tão afastados de nós, a radiação que emitem tem que percorrer muito espaço até chegar aos nossos telescópios. Este espaço não é vazio, encontrando

Esta galáxia inteira está sendo devastada por seu buraco negro supermassivo

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Uma bela imagem de uma galáxia sendo estrangulada por tentáculos de gás e poeira foi registrada pelo Telescópio Hubble. O estranho formato deste objeto celestial é causado por um enorme buraco negro localizado em seu centro. Ele está matando a galáxia. Chamada de NGC 4696, a galáxia está localizada no aglomerado de galáxias Centaurus, a 150 milhões de anos-luz de distância da Terra. Ela tem um formato elíptico que pode parecer com a de seus vizinhos, mas uma olhada mais cuidadosa revela que ela é bastante diferente.   A NGC 4696 tem filamentos encaracolados de poeira e hidrogênio ionizado que saem do corpo celeste principal e vão em direção ao espaço. Novas pesquisas sugerem que há um gigantesco buraco negro no centro da galáxia, responsável por essas características, além de impedir a criação de novas estrelas nesta região. A galáxia está com os dias contados. Esta curiosa galáxia tem chamado atenção dos pesquisadores há algum tempo, já que é a mais iluminada do aglomerado. M

Enxame galáctico embrionário imerso em nuvem gigante de gás frio

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Impressão de artista da Teia de Aranha. Na imagem, as protogaláxias podem ser vistas em branco e rosa, e o azul indica a localização do gás monóxido de carbono no qual as galáxias estão submersas. Crédito: ESO/M. Kornmesser. Astrónomos que estudam um enxame de protogaláxias ainda em formação, vistas como eram há mais de 10 mil milhões de anos atrás, encontraram uma galáxia gigante no centro do aglomerado que se está a formar a partir de uma sopa surpreendentemente densa de gás molecular.  É diferente do que vemos no Universo próximo, onde as galáxias em enxames crescem canibalizando outras galáxias. Neste enxame, uma galáxia gigante está a crescer ao alimentar-se da sopa de gás frio onde está submersa," comenta Bjorn Emonts do Centro para Astrobiologia em Espanha, que liderou a equipa internacional de investigação. Os cientistas estudavam um objeto chamado Galáxia Teia de Aranha que, na verdade, não é uma única galáxia, mas um grupo de protogaláxias a mais de 10 mil mi