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Mais informações sobre o objeto 'OUMUAMUA

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Cientistas da Queen's University em Belfast lideraram investigações mundiais a um objeto misterioso que passou perto da Terra depois de chegar do espaço interestelar profundo.  Desde que o objeto foi avistado em outubro, o professor Alan Fitzsimmons e a Dra. Michele Bannister da Escola de Matemática e Física da Queen's University lideraram uma equipa internacional de astrónomos para reunir um perfil do estranho visitante, que recebeu o nome 'Oumuamua. A equipe foi composta por cientistas de outros locais do Reino Unido, dos EUA, Canadá, Taiwan e Chile. A equipe mediu o modo como 'Oumuamua reflete luz solar e descobriu que é parecido com objetos gelados cobertos com uma crosta seca. Isto porque 'Oumuamua está exposto aos raios cósmicos há milhões de anos, talvez milhares de milhões, tendo formado à superfície uma camada isolante rica em materiais orgânicos. A investigação, publicada esta semana na revista Nature Astronomy, sugere que a crosta seca de

O controverso Planeta Nove, novo integrante do Sistema Solar que ninguém nunca viu

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Estudo científico que previu a existência de corpo celeste provisoriamente chamado de Planeta Nove tem dividido comunidade internacional nos últimos dois anos. Ele tem dez vezes o tamanho da Terra e, por se encontrar 20 vezes mais distante do Sol que Netuno, precisa de 10 mil a 20 mil anos para completar sua órbita. Seu nome, ainda que provisório, é "Planeta Nove", porque se trata nada menos que do nono membro do Sistema Solar.  O problema é que ninguém o viu. O astro foi descrito pela primeira vez há dois anos em uma pesquisa publicada na revista científica The Astronomical Journal e, desde então, divide a comunidade científica. Mas os autores do estudo, Michael Brown e Konstantin Batygin, ambos especialistas do prestigiado Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), estão acostumados com a controvérsia: eles fazem parte também da equipe de pesquisadores que rebaixou Plutão à categoria de planeta anão. Embora muitos cientistas critiquem a falta de ev

HH 666: O Eixo do Mal na Nebulosa de Carina

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Recentemente a NASA publicou uma imagem tirada pelo telescópio Hubble que mostra um pilar de pó espacial de alguns anos-luz de comprimento. Trata-se da Herbig-Haro 666, uma jovem estrela descoberta em 2004 com uma má reputação não só por possuir em seu nome "o número do diabo", mas também porque constantemente lança para o espaço dois potentes fluxos de matéria capazes de destruir tudo ao seu redor. Por esta razão, a Herbig-Haro 666 é assim chamada pelos astrônomos de "eixo do mal" da nebulosa de Carina.  O perfil em camadas do pilar é formado por ventos e radiação emitidos por esta estrela — uma das mais massivas e quentes da nebulosa. Para analisar melhor essa composição espacial os astrônomos a investigaram em luz infravermelha, que penetra em camadas de pó e assim a revela. Essa estrutura encontra-se dentro de uma região que dá origem a estrelas maiores da nossa galáxia — a nebulosa Carina — que brilha nos céus do sul à distância de 7.500 anos-luz. Fon

Nasa utiliza inteligência artificial em nova descoberta do Kepler

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Com a descoberta de um oitavo planeta, o sistema Kepler-90 é o primeiro a empatar com o nosso Sistema no que toca ao maior número de planetas. Crédito: NASA/Wendy Stenzel Com a recente descoberta de um oitavo planeta em órbita de Kepler-90, uma estrela parecida com o Sol a 2545 anos-luz da Terra, o nosso Sistema Solar está agora empatado no que toca ao maior número de planetas em torno de uma única estrela. O planeta foi descoberto em dados do Telescópio Espacial Kepler da NASA. O recém-descoberto Kepler-90i - um planeta quente e rochoso que completa uma órbita em torno da sua estrela hospedeira a cada 14,4 dias - foi encontrado usando aprendizagem de máquina da Google. A aprendizagem de máquina é uma abordagem da inteligência artificial na qual os computadores "aprendem". Neste caso, os computadores aprenderam a identificar planetas ao encontrar casos, nos dados do Kepler, onde o telescópio registou sinais de planetas para lá do nosso Sistema Solar, conhecido

Dados do HERSCHEL ligam os misteriosos ventos dos QUASARES a formação estelar EXTREMA

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Impressão artistica de um quasar numa galáxia formadora de estrelas. O quasar é alimentado por um buraco negro supermassivo no centro da galáxia. À medida que o gás é puxado para um disco de acreção em torno do buraco negro, aquece até temperaturas muito altas e irradia energia através do espectro eletromagnético, preferencialmente na direção de dois jatos poderosos. Além disso, a galáxia produz estrelas a uma taxa de centenas por ano. Em comparação, a nossa Via Láctea produz 1-2 estrelas por ano. Crédito: ESA/C. Carreau Os astrónomos usaram o Observatório Espacial Herschel da ESA para resolver um mistério de décadas sobre a origem de poderosos ventos de gás frio nos arredores quentes de quasares. A evidência que liga estes poderosos ventos à formação estelar nas galáxias que albergam quasares também pode ajudar a resolver o mistério do porquê do tamanho das galáxias no Universo parecer estar limitado. Desde a sua descoberta, na década de 1960, que os quasares têm forneci

Maternidade estelar que salta à vista

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A câmera OmegaCAM montada no Telescópio de Rastreio do VLT do ESO capturou esta imagem resplandescente da maternidade estelar Sharpless 29. Podemos ver muitos fenômenos astronômicos na imagem, incluindo poeira cósmica e nuvens de gás que refletem, absorvem e re-emitem a luz de estrelas quentes jovens situadas na nebulosa.   A região do céu que vemos nesta imagem encontra-se listada no catálogo Sharpless de regiões HII: nuvens interestelares de gás ionizado onde abunda a formação estelar. Também conhecida por Sh 2-29, a Sharpless 29 situa-se a cerca de 5500 anos-luz de distância na constelação do Sagitário, próximo da maior Nebulosa da Lagoa. Esta região contém muitas maravilhas astronómicas, incluindo o local de formação estelar muito ativo da NGC 6559, a nebulosa que vemos no centro da imagem.   Esta nebulosa central é a estrutura mais notável da Sharpless 29. Apesar de ter apenas alguns anos-luz de dimensão, esta nebulosa mostra bem a devastação que as estrelas podem criar ao

Vaga-lumes cósmicos

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Galáxias brilham como vagalumes nessa imagem espetacular feita pelo Telescópio Espacial Hubble. Esse enxame de vagalumes  é na verdade o rico aglomerado de galáxias, conhecido como Abell 2163. O Abel 2163 é um membro do catálogo Abell, um catálogo de todo o céu que tem mais de 4000 aglomerados de galáxias. Esse aglomerado é particularmente bem estudado pois o material localizado no seu núcleo, o chamado meio intra aglomerado, exibe propriedades excepcionais, incluindo um grande e brilhante halo nos comprimentos de onda de rádio, temperaturas extremamente elevadas e luminosidade em raios-X. Esse é o aglomerado mais quente do catálogo.  Observando aglomerados massivos como o Abell 2163, é possível encontrar contribuições para o estudo da matéria escura, além de fornecer uma nova perspectiva sobre o universo distante, por meio do fenômeno das ondas gravitacionais. Essa imagem foi feita pela Advanced Camera For Surveys do Hubble e pela Wide Field Camera 3, para um programa de obser

O físico brasileiro que não acredita em Big Bang

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 Juliano Neves, doutor pela USP, questiona a famosa teoria — e propõe um universo diferente, que pode até ser cíclico. Juliano Neves é um ateu da física: ele não acredita em Big Bang. O pós-doutorando na Universidade de Campinas causou um rebuliço na mídia na última semana ao afirmar que a expansão inicial do cosmos, a partir de uma singularidade de densidade infinita, é só uma visão entre várias possíveis. Outras dessas visões — é bom lembrar, todas teóricas — pressupõem a existência de um universo cíclico, de um imenso balão em constante contração e expansão. Uma das consequências da adoção desse modelo seria a existência de um cosmos anterior ao nosso (e de um posterior também). O que deixou este repórter pensativo à noite, e te deixará também. Para peitar o onipresente Big Bang, Neves usou uma analogia matemática com a outra coisa da astrofísica que, segundo a maior parte dos especialistas, tem densidade infinita: os buracos negros. O brasileiro parte de premissas dif