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Por que a matéria escura não obscurece a luz?

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As lentes gravitacionais ocorrem quando um objeto em primeiro plano, como esta galáxia vermelha, distorce o espaço-tempo ao seu redor, fazendo com que a luz de um objeto em segundo plano - a distante galáxia azul - apareça dobrada à medida que viaja pelo espaço-tempo curvo. Os astrônomos podem usar lentes gravitacionais para confirmar a presença de matéria escura, mesmo que ela não pareça se espalhar ou interagir com a luz. P: Se 85% da massa do universo é matéria escura, por que não obscurece a luz de objetos distantes? Como esse material não pode espalhar a luz?   R: A matéria escura é chamada de "escura" porque não exala ou interage com a luz - inclusive através da dispersão. É simplesmente a natureza da matéria escura e por que é tão difícil estudar. Mas alguns modelos de matéria escura afirmam que, em raras ocasiões, as partículas de matéria escura podem ser capazes de interagir com a matéria normal, inclusive pela dispersão da luz. Os astrônomos sabem

Dez coisas que o SDO já nos ensinou sobre o Sol nos seus 10 anos de operações

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Esta imagem pelo SDO (Solar Dynamics Observatory) da NASA, capturada no dia 16 de março de 2015, mostra duas manchas escuras, de nome buracos coronais. O buraco coronal inferior, um buraco coronal polar, foi um dos maiores observado em décadas.  Crédito: NASA/SDO Em fevereiro de 2020, o satélite SDO (Solar Dynamics Observatory) da NASA comemorou o seu 10.º ano no espaço. Na última década, a sonda manteve um olho fixo no Sol, estudando como a nossa estrela cria atividade solar e impulsiona o clima espacial - as condições dinâmicas no espaço que afetam todo o Sistema Solar, incluindo a Terra. Desde o seu lançamento a 11 de fevereiro de 2010, que o SDO recolheu milhões de imagens científicas da nossa estrela mais próxima, dando aos cientistas novas ideias sobre o seu funcionamento. As medições do Sol, pelo SDO - desde o interior até à atmosfera, campo magnético e produção energética - contribuíram muito para a compreensão da nossa estrela. As imagens do SDO também se tornara

NASA seleciona quatro missões possíveis para estudar os segredos do sistema solar

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Duas propostas da NASA-JPL estão entre as seleções: Trident exploraria a lua de Netuno, Triton, enquanto a Veritas pretende mapear a superfície de Vênus para determinar a história geológica do planeta. A NASA selecionou quatro investigações do Programa Discovery para desenvolver estudos conceituais para novas missões. Embora ainda não sejam missões oficiais e algumas possam não ser escolhidas para avançar, as seleções se concentram em alvos e ciências convincentes que não são cobertos pelas missões ativas da NASA ou seleções recentes. As seleções finais serão feitas no próximo ano. O Programa de Descoberta da NASA convida cientistas e engenheiros a montar uma equipe para projetar emocionantes missões científicas planetárias que aprofundam o que sabemos sobre o sistema solar e nosso lugar nele. Essas missões fornecerão oportunidades de voo freqüentes para investigações científicas planetárias focadas. O objetivo do programa é abordar questões prementes na ciência planetári

Como você mede a velocidade de rotação de uma galáxia?

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Quase todas as medidas de movimentos na astronomia usam uma lei da física específica, chamada de Efeito Doppler. Essa mudança no comprimento de onda (ou frequência, cor ou tom) de uma onda emitida por uma fonte em movimento foi primeiro descrita pelo físico Christian Doppler em 1882. Isso é familiar para todos nós, tenho certeza que você já notou que a sirene de uma ambulância muda o tom quando ela passa por você, ficando mais alto, quando ela se aproxima de você, e mais baixo quando vai ficando longe de você. Esse é o mesmo efeito que acontece com a luz emitida por estrelas nas galáxias. Mas com as ondas de luz, mesmo grandes movimentos só geram um pequeno desvio na cor, mas mesmo assim nós somos capazes de medir usando um instrumento espectrógrafo, que divide a luz nos seus componentes de comprimentos de onda, permitindo aos astrônomos identificar feições específicas causadas por átomos nas estrelas ou no gás. Uma dessas feições mais famosas é a linha do Hidrogênio-a

Rede neural descobre 11 asteróides que podem colidir com a Terra

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Uma rede neural chamada “Identificador de Objetos Perigosos” (HOI - Hazardous Object Identifier) desenvolvida pela Universidade de Leiden, na Holanda, identificou 11 novos asteróides que podem potencialmente colidir com a Terra, e causar danos catastróficos caso isso aconteça. Todos os objetos têm mais de 100 metros de diâmetro, grandes o suficiente para causar uma explosão equivalente à de centenas de armas nucleares, e nenhum deles havia sido identificado anteriormente pela Nasa. A pesquisa focou em objetos a uma distância de no máximo 7,5 milhões de km. Para treinar a rede neural, os cientistas criaram uma simulação de 10.000 anos de movimentação dos planetas e objetos do sistema solar. Então, partindo de um “ponto de impacto” no solo, “voltaram no tempo” revertendo a trajetória de um asteroide fictício até um momento específico. Esta posição foi usada como ponto de partida para a rede neural calcular a probabilidade, momento e local do impacto no futuro. A HOI obt

Como seria se vivêssemos em uma Super Terra?

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Cientistas criam teorias sobre as características do nosso planeta caso tivesse, no mínimo, o dobro de seu tamanho Antes de ser descontinuada por falta de combustível, a sonda Kepler da Nasa examinou, por quase quatro anos, uma parte da galáxia. A missão avaliou mais de 150 mil estrelas, procurando por planetas parecidos com a Terra, e que pertenciam a outros sistemas planetários. Como resultado da empreitada, a sonda foi capaz de detectar inúmeros exemplos de um tipo de planeta conhecido como Super Terra. Esses planetas podem lembrar bastante a Terra – são rochosos, menores que gigantes gasosos, localizados pertos de suas estrelas e exibem uma atmosfera relativamente fina. No entanto, eles são gigantes se comparados ao nosso planeta – sendo de duas a dez vezes maiores. Apesar das semelhanças, esses planetas intrigam os cientistas. Isso porque, embora sejam bastante parecidos, não apresentam todas as características terrestres. Por esta razão, especialistas discutem o qu

Hubble mostra galáxia hospedeira de supernovas

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© A galáxia NGC 2770: hospedeira de quatro supernovas. Crédito: ESA / Hubble & Nasa, A. Filippenko Esta imagem obtida pelo Telescópio Espacial Hubble, da Nasa e da Agência Espacial Europeia (ESA) , mostra uma visão aproximada da galáxia NGC 2770. Também conhecida como LEDA 25806 ou UGC 4806, essa galáxia, descoberta pelo astrônomo britânico William Herschel em 7 de dezembro de 1785, está localizada a aproximadamente 83,8 milhões de anos-luz de distância, na constelação do Lince (Lynx). A NGC 2770 é intrigante, pois ao longo do tempo hospedou quatro diferentes supernovas observadas (não visíveis aqui). As supernovas se formam de algumas maneiras diferentes, mas sempre envolvem uma estrela que está morrendo. Essas estrelas se desequilibram, perdem o controle e explodem violentamente, brilhando brevemente de forma tão intensa quanto uma galáxia inteira antes de desaparecer aos poucos. Uma das quatro supernovas observadas nessa galáxia, a SN 2015bh, é especialmente in

Marte é mais velho do que se pensava

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Estudo americano revela que o Planeta Vermelho surgiu poucos milhões de anos após a formação do Sistema Solar, mas sofreu bombardeio de planetesimais Marte em seu início, mostrando sinais de água líquida, atividade vulcânica em larga escala e bombardeio pesado de projéteis planetários, segundo concepção dos cientistas do SwRI. Crédito: SwRI/Marchi Em mais uma sinalização de que o Sistema Solar primitivo era um lugar caótico, evidências indicam que Marte provavelmente foi atingido por planetesimais, pequenos protoplanetas de até 2 mil quilômetros de diâmetro, no início de sua história. Cientistas do Southwest Research Institute (SwRI), dos EUA, modelaram a mistura de materiais associados a esses impactos, revelando que o Planeta Vermelho pode ter se formado em uma escala de tempo mais longa do que se pensava anteriormente. Determinar como Marte se formou e até que ponto sua evolução inicial foi afetada por colisões tem sido uma importante questão em aberto na ciência pla

Cientistas descobrem 'planeta bebê gigante' próximo da Terra

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Impressão de artista de um planeta massivo em órbita de uma estrela jovem e fria. No caso do sistema descoberto pelos astrónomos, o planeta tem 10 vezes a massa de Júpiter e a órbita do planeta em torno da sua estrela hospedeira é quase 600 vezes a distância Terra-Sol. Crédito: NASA/JPL-Caltech/R. Hurt (SSC-Caltech) Cientistas do Instituto de Tecnologia de Rochester descobriram um planeta massivo recém-nascido mais próximo da Terra do que qualquer outro com a mesma tenra idade encontrado até hoje. Este planeta gigante bebé, chamado 2MASS 1155-7919 b, está localizado na Associação Epsilon Chamaeleontis e fica a apenas 330 anos-luz de distância do nosso Sistema Solar.    A descoberta, publicada na revista Research Notes of the American Astronomical Society, fornece aos investigadores uma nova e interessante maneira de estudar como os gigantes gasosos se formam. "O objeto escuro e frio que encontrámos é muito jovem e tem apenas 10 vezes a massa de Júpiter, o que sign

Quando o universo “acordou”?

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Uma nova pesquisa pode ter descoberto em que época o nosso universo finalmente “despertou”, transformando-se de um ambiente neutro a um ionizado, cheio de energia em suas galáxias e estrelas. Transformação No novo estudo, os astrônomos identificaram algumas das mais antigas galáxias do universo: elas estavam totalmente formadas quando ele tinha apenas 680 milhões de idade. Os pesquisadores descobriram ainda que essas galáxias já estavam liberando radiação ultravioleta extrema em seus arredores nesse período. Isso ajudou a formar bolhas gigantes nas quais gás neutro se tornou energizado e ionizado, o que ofereceu aos cientistas a primeira evidência de uma época “transformativa” em nosso universo. Amanhecer cósmico A história do universo é um pouco complicada. Nos seus primeiros dias, tudo era uniforme: praticamente a mesma densidade média em todos os pontos. Tudo era também bastante neutro. Nem sempre foi assim, claro. Nas primeiras centenas de milhares de a