Cientistas descobrem 'planeta bebê gigante' próximo da Terra
Impressão de artista de um planeta massivo em órbita de uma
estrela jovem e fria. No caso do sistema descoberto pelos astrónomos, o planeta
tem 10 vezes a massa de Júpiter e a órbita do planeta em torno da sua estrela
hospedeira é quase 600 vezes a distância Terra-Sol. Crédito:
NASA/JPL-Caltech/R. Hurt (SSC-Caltech)
Cientistas do Instituto de
Tecnologia de Rochester descobriram um planeta massivo recém-nascido mais
próximo da Terra do que qualquer outro com a mesma tenra idade encontrado até
hoje. Este planeta gigante bebé, chamado 2MASS 1155-7919 b, está localizado na
Associação Epsilon Chamaeleontis e fica a apenas 330 anos-luz de distância do
nosso Sistema Solar.
A descoberta, publicada na
revista Research Notes of the American Astronomical Society, fornece aos
investigadores uma nova e interessante maneira de estudar como os gigantes
gasosos se formam.
"O objeto escuro e frio
que encontrámos é muito jovem e tem apenas 10 vezes a massa de Júpiter, o que
significa que provavelmente estamos a olhar para um planeta jovem, talvez ainda
no meio da formação," disse Annie Dickson-Vandervelde, autora principal e
estudante de doutoramento em ciências astrofísicas de West Columbia, S.C.
"Embora já tenham sido
descobertos muitos outros planetas graças à missão Kepler e a outras como ela,
quase todos são planetas 'antigos'. Este é também apenas o quarto ou quinto
exemplo de um planeta gigante tão longe da sua estrela 'mãe', e os teóricos
estão a lutar para explicar como se formaram ou como acabaram nessa
posição."
Os cientistas usaram dados do
Observatório Espacial Gaia para fazer a descoberta. O planeta gigante bebé
orbita uma estrela com apenas 5 milhões de anos, mil vezes mais jovem do que o
nosso Sol. O planeta orbita a sua estrela a 600 vezes a distância Terra-Sol.
Como este planeta jovem e gigante pode ter ficado tão longe da sua jovem
estrela "mãe" é um mistério. Os autores esperam que observações de
acompanhamento ajudem os astrónomos a entender como planetas massivos podem
acabar em órbitas tão largas.
Fontes: CNet
Astronomia OnLine
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