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O que são galáxias ultraluminosas?

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Observadas pela primeira vez na década de 1980, as galáxias ultraluminosas infravermelhas (ULIRGs, na sigla em inglês) são, como o nome sugere, o tipo mais luminoso de galáxia conhecido. Tais estruturas despertam a curiosidade dos astrônomos até hoje. Como se formaram, afinal? Duas hipóteses foram criadas pouco depois da descoberta: a primeira, de 1988, sugere que essas galáxias seriam uma fase evolutiva de quasares (corpos astronômicos de alta energia, muito maiores que estrelas, mas menores do que galáxias); a segunda, de 1998, propõe que são fruto da fusão de várias galáxias. Observações mais recentes reforçam esta última hipótese. Usando equipamentos específicos, astrônomos analisaram a galáxia ultraluminosa Arp 220 e encontraram um par de “caudas” (formadas por estrelas e gases interestelares) com 50 mil anos-luz de comprimento. Estudando as propriedades luminosas dessa estrutura, eles concluíram que Arp 220 é resultado da fusão de pelo menos quatro outras galáxias...

Determinada a distância de uma galáxia antiga

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Uma equipe internacional de astrônomos liderada por Fabian Walter do Instituto Max Planck para a Astronomia (MPIA) em Heidelberg, na Alemanha, conseguiu pela primeira vez determinar a distância da galáxia HDF850.1. Esta galáxia é uma das mais produtivas na formação estelar no Universo observável. A galáxia está a uma distância de 12,5 bilhões de anos-luz. Assim, a vemos quando o Universo tinha menos de 10% de sua idade atual. Além disso, a HDF850.1 faz parte de um grupo de cerca de uma dúzia de protogaláxias que se formaram nos primeiros bilhões de anos de história cósmica. A galáxia HDF850.1 foi descoberta em 1998. É famosa por produzir novas estrelas a uma taxa extraordinária, mesmo em escalas astronômicas: uma massa acumulada de mil sóis por ano. Para efeito de comparação: uma galáxia comum como a nossa não produz mais do que uma massa solar de novas estrelas por ano. O "Hubble Deep Field", onde HDF850.1 está localizada, é uma região no céu que proporcion...

Descoberto novo tipo de ligação química no espaço

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Um fenômeno que aqui na Terra significaria a quebra imediata de uma molécula, nas condições extremas do espaço serve para manter juntos dois átomos, formando uma "molécula magnética". [Imagem: Lange et al./Science]   Reação química espacial Cientistas descobriram a possibilidade de um novo tipo de ligação química, mantida por campos magnéticos extremamente fortes. A reação não poderia ocorrer nas condições naturais da Terra e nem mesmo do Sistema Solar inteiro: ela só ocorre nas proximidades de estrelas de nêutrons ou anãs brancas. Na Terra, os átomos se ligam por ligações covalentes, ou ligações de hidrogênio - quando eles compartilham elétrons - ou por ligações iônicas - quando a atração eletrostática faz com que íons de cargas opostas se juntem. No novo tipo de ligação, que Kai Lange e seus colegas da Universidade de Oslo, na Noruega, chamaram de ligação paramagnética, é o magnetismo que mantém os átomos coesos. Ligação magnética Os campos mag...

Rios de Titã, uma das luas de Saturno, possui uma taxa de erosão quase nula

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Pesquisadores do MIT compararam imagens de rios de Titã com modelos de evolução de rios terrestres.  A comparação permitiu descobrir que os rios de metano líquido na maior lua de Saturno criam pouca ou nenhuma erosão.  Benjamin Black analisou as medidas de rios em Titã, através de imagens captadas pela sonda Cassini da NASA, e fez comparações com modelos de rios navegáveis da Terra, encontrando evidências de que os rios dessa lua se parecem com os rios que existiam em nosso planeta nos períodos iniciais de formação.  Isso é relativamente ‘estranho’, pois Titã possui 4 bilhões de anos, de modo que os rios têm desgastado muito pouco a superfície fria da lua. Afinal, o que aconteceu durante todo este período colossal de bilhões de anos? A pergunta faz parte de um mistério de proporções titânicas ainda sem resposta.  Taylor Perron, professor de geologia do MIT, acha que existe sim erosão em Titã, mas em um processo inacreditavelmente lento ou possa ter ocorrido fenô...

Achado possível exoplaneta menor que a Terra

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© NASA/JPL-Caltech (ilustração de exoplaneta menor que a Terra)   Um exoplaneta menor que a Terra foi detectado pelo telescópio espacial Spitzer da NASA. O exoplaneta, denominado UCF-1.01, está a uma distância de 33 anos-luz e tem dois terços do tamanho das Terra. "Nós encontramos fortes evidências de um planeta muito pequeno, muito quente e muito próximo", diz Kevin Stevenson, da Universidade da Flórida Central.Os exoplanetas giram em torno de estrelas além do nosso Sol, por isso, poucos menores do que a Terra foram encontrados até o momento. O Spitzer tem realizado estudos de trânsito em exoplanetas conhecidos, mas é primeira vez que o UCF-1.01 foi identificado com o telescópio.O candidato a exoplaneta foi encontrado por acaso nas observações do Spitzer. Os pesquisadores estudavam outro exolplaneta que gira em torno da estrela anã GJ 436. Nos dados do telescópio, os astrônomos notaram mudanças constantes na quantidade de luz infravermelha emitida pela estrela, suge...

APEX participa na observação mais precisa de sempre

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Telescópios no Chile, Hawaii e Arizona atingem uma precisão dois milhões de vezes melhor que a da visão humana   Uma equipe internacional de astrônomos observou o coração de um quasar distante com uma precisão sem precedentes. As observações, obtidas ao ligar pela primeira vez o telescópio Atacama Pathfinder Experiment (APEX) com dois outros telescópios situados em continentes diferentes, são um passo crucial em direção ao objetivo científico do projeto “Telescópio de Horizonte de Eventos”: obter imagens de buracos negros de grande massa situados no centro da nossa própria Galáxia e de outras galáxias. Os astrônomos ligaram o APEX, no Chile, com o Submillimeter Array (SMA), no Havaí, EUA e o Submillimeter Telescope (SMT), no Arizona, EUA. Deste modo, conseguiram fazer a observação direta mais precisa até hoje do centro de uma galáxia distante, o quasar brilhante 3C 279, que contém um buraco negro de elevada massa - cerca de um bilhão de vezes a do Sol - e encontr...

Câmera HiRISE Registra Buraco na Superfície de Marte

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O que criou esse buraco incomum em Marte? O buraco acima foi descoberto por acaso em imagens do talude empoeirado do vulcão Monte Pavonis em Marte feitas pela câmera HiRISE a bordo da sonda Mars Reconnaissance Orbiter que atualmente orbita o planeta Marte. O buraco parece ser uma abertura para uma caverna em subsuperfície, parcialmente iluminado na imagem à direita. A análise dessa e outras imagens que se seguiram revelaram que a abertura tem aproximadamente 35 metros de diâmetro, enquanto que a sombra no interior indica que a caverna subjacente tem aproximadamente 20 metros de profundidade. O por que de existir uma cratera circular ao redor desse buraco ainda é um tópico de muita especulação e pesquisa, bem como a extensão completa da caverna subjacente. Buracos como esse são de particular interesse pois o interior cavado desses buracos é relativamente protegido da superfície de Marte, fazendo com que eles sejam bons candidatos para conter algum tipo de vida marcian...