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VST captura três em um

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Dois dos residentes mais famosos do céu dividem os holofotes com um vizinho menos conhecido, nesta enorme imagem de 3 bilhões de pixels obtida pelo Telescópio de Rastreio do VLT do ESO (VST). À direita vemos a tênue nuvem de gás brilhante conhecida por Sharpless 2-54, no centro temos a Nebulosa da Águia e à esquerda encontra-se a Nebulosa Ômega. Este trio cósmico constitui apenas uma parte do vasto complexo de gás e poeira, no qual estão se formando novas estrelas, as quais iluminam os seus arredores. Sharpless 2-54,  Nebulosa da Águia  e  Nebulosa Ômega  situam-se a cerca de 7000 anos-luz de distância — as duas primeiras encontram-se na constelação da  Serpente , enquanto a última se situa no Sagitário. Esta região da Via Láctea abriga uma enorme nuvem de material pronto para formar estrelas. Estas três nebulosas indicam onde é que regiões desta nuvem se compactaram e colapsaram para formar novas estrelas; a radiação energética emitida pelas estrelas re...

Astrónomos explicam formação de sete exoplanetas em redor de TRAPPIST-1

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Esta impressão de artista apareceu na capa da edição de 23 de fevereiro de 2017 da revista Nature, anunciando que a estrela TRAPPIST-1, uma anã vermelha ultrafria, tem em órbita sete planetas do tamanho da Terra. Qualquer um destes planetas pode ter água líquida. Os planetas mais distantes têm, mais provavelmente, grandes quantidades de gelo, especialmente na face oposta à estrela. Crédito: NASA/JPL-Caltech Astrónomos da Universidade de Amesterdão forneceram uma explicação para a formação do sistema planetário TRAPPIST-1. O sistema tem sete planetas tão grandes quanto a Terra que orbitam muito perto da sua estrela hospedeira. O ponto crucial, de acordo com os investigadores da Holanda, é a linha onde o gelo se torna em água. Perto dessa linha de neve, as rochas que vaguearam a partir das regiões mais longínquas receberam uma porção adicional de água e aglomeraram-se para formar protoplanetas. O artigo com o modelo foi aceite para publicação na revista Astronomy & Astrophys...

Júpiter agora tem 69 luas

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Júpiter nos deu algumas notícias bem interessantes nesta semana. Além de ser o  maior e mais velho planeta  do nosso sistema solar, ele estava escondendo duas luas de nós em todos esses anos. Recentemente, um grupo de astrônomos viram um par de satélites erráticos, elevando o número das luas conhecidas de Júpiter para 69.  Que beleza .  O astrônomo Scott Sheppard e seus colegas encontraram a  S/2016 J 1  e  S/2017 J 1  nos dias 8 de março de 2016 e 23 de março de 2017, respectivamente. A  Minor Planet Electronic Circulars , da União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês) anunciou os dois satélites no começo desse mês. "Continuávamos nossa pesquisa à procura de objetos muito distantes no sistema solar, que incluía a busca do  Planeta 9 , e Júpiter acabou por estar nessa área que pesquisávamos em 2016 e 2017",  disse  Sheppard à  Sky and Telescope . Claramente, ter ficado distraído com Júpiter valeu a ...

A verdadeira forma do Bumerangue

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Esta Fotografia da Semana mostra a  Nebulosa do Bumerangue , uma  nebulosa protoplanetária , observada pelo  Atacama Large Millimeter/submillimeter Array  (ALMA). A estrutura de fundo em violeta, obtida no óptico pelo  Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA , mostra uma forma clássica de lóbulo duplo com uma região central muito estreita. A capacidade do ALMA em observar o gás molecular frio revela a forma mais alongada da nebulosa (em laranja). Desde 2003 que esta nebulosa, localizada a cerca de 5000 anos-luz de distância da Terra, detém o recorde do objeto mais frio conhecido no Universo. Acredita-se que a nebulosa formou-se a partir do envelope de uma estrela nas fases finais da sua vida, a qual teria engolido uma companheira binária menor. É bem possível que esta seja a causa dos fluxos muito frios que apresenta, os quais se encontram iluminados pela luz da estrela central moribunda. O ALMA observou o disco de poeira central da nebulosa e os flu...

Valsa das ANÃS MARRONS no sistema LUHMAN 16AB

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Essa série de pontos, com a distância variando entre eles, mostra na verdade a lenta valsa de duas anãs marrons. A imagem na verdade representa uma composição de 12 imagens feitas ao longo de 3 anos com o Telescópio Espacial Hubble. Usando astrometria de alta precisão, uma equipe de astrônomos rastreou os dois componentes do sistema, à medida que eles se movimentavam tanto no céu, como um em relação ao outro. O sistema observado, é conhecido como Luhman 16AB, está localizado a apenas 6 anos-luz de distância da Terra, e é o terceiro sistema estelar mais próximo do nosso Sol, perdendo somente para o sistema de Alfa Centauri e para a Estrela de Barnard. Apesar da proximidade, o Luhman 16AB só foi descoberto em 2013 pelo astrônomo Kevin Luhman. As duas anãs marrons que constituem o sistema, Luhman 16A e Luhman 16B, orbitam uma em relação a outra a uma distância equivalente à distância entre a Terra e o Sol, e essas observações mostram a grande precisão e o poder de observação do H...

Estranho buraco em MARTE? Uma cratera ou uma cavidade colapsada ?

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Durante o final do verão no hemisfério sul de Marte, o ângulo da luz solar que atinge a superfície do Planeta Vermelho revela detalhes súbitos no planeta.  Nessa imagem, a câmera HiRISE da sonda MRO capturou uma área de dióxido de carbono congelado na superfície. Parte do gelo de dióxido de carbono aparece derretido, dando à superfície  essa aparência de queijo suíço. Mas além disso, o que se pode observar é um grande buraco incomum, ou uma cratera no lado direito da imagem, com algum gelo de dióxido de carbono claramente visível no assoalho da cavidade. Ainda não se sabe ao certo o que causou essa cavidade incomum. Poderia ser uma cratera de impacto, ou poderia ser uma cavidade colapsada, por derretimento ou sublimação do gelo de dióxido de carbono em subsuperfície.  A sonda MRO tem orbitado Marte por mais de 10 anos, e completou mais de 50000 órbitas. A sonda MRO tem duas câmeras. A CTX que tem resolução menor e já imageou mais de 99% da superfície de Marte. E a...

Dois exoplanetas, com características, são diferentes. Porque?

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Este diagrama compara observações, pelo Telescopio Espacial Hubble, de dois "Júpiteres quentes" em órbita íntima de duas estrelas parecidas com o Sol. Os astrónomos mediram o modo como a luz de cada estrela-mãe era filtrada pela atmosfera de cada exoplaneta. HAT-P-38b tem uma assinatura espectral da água indicada pelo pico da característica de absorção no espectro. Ou seja, a atmosfera superior está livre de nuvens ou neblinas. WASP-67b tem um espectro sem qualquer característica da absorção da água, sugerindo que a maior parte da atmosfera do planeta está mascarada por nuvens de alta altitude.  Crédito: arte - NASA, ESA e Z. Levy (STScI); ciência - NASA, ESA e G. Bruno (STScI) Com o auxílio do Telescópio Espacial Hubble da NASA, cientistas estudaram dois "Júpiteres quentes" numa experiência única. Dado que estes planetas têm virtualmente o mesmo tamanho e a mesma temperatura, e orbitam duas estrelas praticamente idênticas à mesma distância, a equipe teoriz...