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O que são aglomerados de galáxias? Astrônoma explica

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Nesta coluna das "Mulheres das Estrelas", a astrônoma Ana Carolina Posses explica o que se sabe sobre as regiões do Universo que abrigam galáxias com comportamentos peculiares Nesta coluna, eu, Ana Carolina Posses, irei contar um pouquinho sobre meu trabalho. Tenho um grande fascínio pelas galáxias; descobri essa paixão ainda na graduação, quando estudei galáxias que estão em processo de colisão. E agora vou falar sobre minha tese de mestrado que defendi no Observatório Nacional, Rio de Janeiro.   A Via Láctea faz parte do Grupo Local, que é formado por ela, mais duas galáxias massivas e dezenas de galáxias anãs. Porém, existem regiões no Universo com centenas e até milhares de galáxias próximas com comportamentos bastante peculiares comparados aos que observamos aqui na nossa vizinhança. Essas regiões são chamadas de aglomerados de galáxias e são as maiores estruturas que observamos no Universo! Mas que comportamentos peculiares? As galáxias dos aglomerados p

Via Láctea tem 890 bilhões de vezes a massa do Sol, concluem astrônomos

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  Astrônomos “pesaram” a Via Láctea — e ela é muito maior do que se imaginava. De acordo com o estudo, publicado no periódico científico arXiv, nossa galáxia pesa aproximadamente 1,8 tredecilhão de quilogramas — sendo 1 tredecilhão o mesmo que o número 1 seguido de 42 zeros.   Isso equivale a cerca de 296 quadrilhões planetas como a Terra ou 135 vezes a massa do buraco negro supermassivo fotografado no início de 2019. Mas a comparação mais utilizada pelos astrônomos é a de que a Via Láctea tem 890 bilhões de vezes a massa do Sol. Fazer medições de nossa própria galáxia não é tarefa fácil, considerando que estamos dentro dela. Como os especialistas explicaram em comunicado, não podemos ver muito bem o que está à nossa volta por causa de gases interestelares e estrelas oclusivas. Por isso, os cientistas se basearam nos dados de diversos sensores astronômicos, com o intuito de estudar como o gás, as estrelas e outros materiais se movem em diferentes partes da Via Láctea. A

800 mil anos atrás, um meteoro atingiu a Terra. Agora, os cientistas encontraram a cratera

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Um estudo de colaboração internacional entre cientistas de Singapura, EUA, Tailândia e Laos finalmente conseguiu identificar o local da cratera deixada por um impacto de meteoro que ocorreu nada menos do que 790.000 anos atrás. Tectitos Os cientistas sabiam que um meteoro havia atingido a Terra nessa época por causa de resíduos de rocha vítrea chamados de tectitos. Uma vez que haviam tectitos espalhados da Indochina ao leste da Antártica e do Oceano Índico ao Pacífico ocidental, os pesquisadores estimavam uma explosão com tanta força que cobriu cerca de 10% do planeta com esses pedaços pretos brilhantes. Também estimaram que a força do impacto havia criado um buraco com mais de 100 metros de espessura, e com um tamanho que poderia variar entre 15 a 300 quilômetros de diâmetro. Ok. Mas onde exatamente caiu esse meteoro? Esconde-esconde Por mais de um século, os cientistas procuraram evidências do local de impacto sem sucesso. O novo estudo utilizou análise g

O jovem de 17 anos que descobriu planeta com dois sóis em seu 3º dia na Nasa

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© Chris Smith/NASA's Goddard Space Flight Center  Jovem de 17 anos foi peça-chave para descoberta de planeta a 1.300 anos-luz da Terra O jovem de 17 anos havia recém-chegado ao estágio de verão na Nasa (agência espacial americana), mas em seu terceiro dia de estágio descobriu um planeta com dois sóis.   Ainda faltava um ano para Wolf Cukier terminar o ensino médio em Nova York, mas ainda assim conseguiu fazer parte de um grupo de voluntários que passaria um período na agência espacial. Seu ingresso na Nasa não foi pouco, mas não se compara ao que aconteceu em seguida: no terceiro dia de treinamento, ele fazia parte da equipe que descobriu um planeta a 1.300 anos-luz da Terra. O achado Cukier iniciou um estágio no Goddard Space Flight Center, instituto de pesquisa da NASA em Greenbelt, no Estado de Maryland (no leste dos Estados Unidos). Seu trabalho era examinar os dados do TESS, satélite conhecido como Satélite de Pesquisa de Exoplaneta em Transição ou, mais

Cientistas identificam o elemento que apontará a vida fora da terra

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Estamos cada vez mais próximos de descobrir a existência de vida fora do planeta Terra. Contudo, ao contrário do que muitos podem pensar, o oxigênio pode não ser o elemento essencial, para formação de vida. Recentemente, cientistas identificaram o elemento que apontará a vida fora da Terra e a resposta é surpreendente.   Sendo um assunto que nos assola há tantos e tantos anos, não é de surpreender que novas discussões, sobre a presença ou ausência de vida fora do planeta, sejam realizadas. Dessa forma, além de hidrogênio e oxigênio, fosfina e fosfato também podem ser marcadores muito promissores para a vida, entenda. Existe vida em outro planeta? Uma pergunta que persegue a humanidade e nos faz, cada dia mais, manter esforços em busca de uma resposta positiva. Dessa forma, para afirmar se há, ou não, um possível recipiente de vida é preciso utilizar o que chamamos de "marcadores biológicos". Biomarcadores, ou marcadores biológicos, são principalmente gases que se

Água restante em Marte pode desaparecer mais rapidamente do que se imagina

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A descoberta surpreendente pode ajudar os pesquisadores a entender melhor por que Marte moderno é um mundo deserto Há algum tempo, pesquisadores trabalham com a ideia de que Marte já foi coberto por oceanos e rios de água líquida, algo que os próprios vales do Planeta Vermelho sugerem. A maior parte água teria se perdido no espaço há bastante tempo, e um novo estudo indica que o restante dela pode continuar desaparecendo — e rápido. Além disso, se a pesquisa estiver correta, significa que o planeta pode ter perdido seus oceanos de forma muito mais veloz do que se imaginava. Observações anteriores detectaram a presença de gelo abaixo do solo, em especial nas calotas polares do planeta. Ali há menos de 10% da água que já houve na superfície marciana. Esse gelo ainda libera água em forma de vapor na superfície, mas ela está se perdendo. É que essa água alcança a atmosfera superior, onde a radiação ultravioleta do Sol acaba por dividir suas moléculas para formar hidrogênio e o

Descobertas e os eventos astronômicos mais aguardados dessa década

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Anualmente, diversas descobertas científicas são feitas. Por sorte, elas acontecem, pois são os ícones que movem o mundo em que vivemos. Graças aos mais diversos estudos, hoje, contamos com a cura de algumas doenças, compreendemos mais do passado e podemos esperar algumas coisas no futuro. No entanto, os estudos não são feitos apenas aqui no nosso planeta. É preciso compreender o espaço em que vivemos para saber lidar com tudo. Por esse motivo, espera-se novas descobertas todos os anos. Dessa vez, as pessoas apostam em algo mais para a década. Já temos a informação de vários eventos astronômicos, que poderão acontecer entre 2020 e 2030. A década que acabou recentemente foi permeada de momentos astronômicos que ficarão marcados na história. Graças às descobertas e observações, o mundo poderá saber dessas coisas no futuro. Em 2015, foi detectado, pela primeira vez, as ondas gravitacionais que são produzidas pela colisão entre buracos negros. Desde 2009, descobriu-se mi

Energia escura não existe?

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Energia escura, apesar de extremamente misteriosa, se tornou padrão na cosmologia. Evidências da existência dessa energia de repulsão se acumulam desde 1998. Foi nesse ano que os astrônomos observaram pela primeira vez que a expansão do universo ocorre de forma cada vez mais rápida, se acelera ao longo do tempo. E a energia escura atua como um acelerador. Enquanto o espaço expande, surge um novo espaço e, com ele, mais energia escura repulsiva, o que faz com que a expansão fique ainda mais rápida. Vinte anos depois, inúmeras mensurações independentes consentem que a energia escura compõe cerca de 70% do conteúdo de todo o universo. Essa noção é tão presente na visão atual do cosmos que todos foram pegos de surpresa quando um artigo científico recentemente, publicado na revista Astronomy & Astrophysics, questionou se ela realmente existe. A análise dos quatro autores, que inclui o físico de Oxford Subir Sarkar, foi compreensiva. Eles analisaram centenas de supernovas – p

"Berçário" de estrelas da Via Láctea é encontrado próximo ao Sistema Solar

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O berçário de estrelas está localizado no braço espiral mais próximo ao nosso Sistema Solar. Essa é uma das maiores estruturas coesa da Via Láctea (Imagem: Alyssa Goodman / Harvard University) Astrônomos descobriram uma vasta estrutura na Via Láctea, composta de muitos “berçários” estelares, regiões ricas em gás e poeira onde as estrelas nascem. Os berçários encontrados estão interconectados na forma de um filamento longo e fino de 9.000 anos-luz de comprimento e 400 anos-luz de largura. Essa estrutura está localizada a cerca de 500 anos-luz do nosso Sol, algo relativamente próximo, considerando que a Via Láctea mede 105.700 anos-luz. Sua posição na galáxia é no braço espiral mais próximo ao nosso Sistema Solar. A estrutura foi encontrada quando uma equipe internacional de astrônomos analisava dados do observatório Gaia, da ESA (agência espacial europeia), para trabalhar em um novo mapa da nossa galáxia, e foi batizada de Radcliffe Wave (ou Onda Radcliffe, em portuguê

Essas duas estrelas vão colidir e ofuscar todas as outras no céu

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Um novo estudo da Universidade Estadual de Louisiana (EUA) descobriu um par de estrelas em rota de colisão tão brilhantes que, quando o evento final ocorrer, deve ofuscar todas as outras estrelas do céu. V Sagittae O par é chamado de V Sagittae e fica na constelação de Sagitta. Uma das estrelas do sistema binário é uma anã branca, enquanto a outra é quatro vezes mais massiva. Enquanto circulam em órbita juntas, o plasma da estrela maior é transferido para a anã branca. Os pesquisadores analisaram imagens das estrelas desde 1890, notando que elas vêm ficando cada vez mais brilhantes – pelo menos dez vezes mais intensas ao longo do último século. Neste século, devem ficar tão brilhantes que se tornarão visíveis a olho nu. Explosão Os cientistas criaram modelos do par, descobrindo que as estrelas estão se aproximando cada vez mais. Segundo os cálculos da simulação, elas devem colidir em 2083. Durante as semanas finais desse evento, a estrela maior será totalme