Via Láctea tem 890 bilhões de vezes a massa do Sol, concluem astrônomos
Astrônomos “pesaram” a Via
Láctea — e ela é muito maior do que se imaginava. De acordo com o estudo,
publicado no periódico científico arXiv, nossa galáxia pesa aproximadamente 1,8
tredecilhão de quilogramas — sendo 1 tredecilhão o mesmo que o número 1 seguido
de 42 zeros.
Isso equivale a cerca de 296
quadrilhões planetas como a Terra ou 135 vezes a massa do buraco negro
supermassivo fotografado no início de 2019. Mas a comparação mais utilizada
pelos astrônomos é a de que a Via Láctea tem 890 bilhões de vezes a massa do
Sol.
Fazer medições de nossa
própria galáxia não é tarefa fácil, considerando que estamos dentro dela. Como
os especialistas explicaram em comunicado, não podemos ver muito bem o que está
à nossa volta por causa de gases interestelares e estrelas oclusivas.
Por isso, os cientistas se
basearam nos dados de diversos sensores astronômicos, com o intuito de estudar
como o gás, as estrelas e outros materiais se movem em diferentes partes da Via
Láctea. A ideia foi produzir a chamada “curva de rotação”, medida que revela
como os corpos gravitam em diferentes pontos da galáxia.
O “disco” da nossa galáxia
gira, afetando os corpos celestes de diversas formas, já que eles desenvolvem
velocidades diferentes de acordo com sua massa e sua distância do centro. Se a
mesma força atuasse em todos os sistemas, esses astros seriam destruídos.
Os astrônomos consideraram
essas diferenças para realizar a medição do peso da Via Láctea. “Se você faz
isso usando diferentes distâncias, do centro até muito longe, você obtém uma
estimativa da massa envolvida em distâncias crescentes. Assim, é possível
deduzir não apenas uma massa total, mas também a distribuição dessa massa”,
disse Fabio Iocco, astrofísico do Imperial College de Londres, ao site LiveScience.
Além disso, os pesquisadores
sugerem que aproximadamente 93% da massa total da nossa galáxia seja de matéria
escura – ou seja, dos 890 bilhões de “sóis”, apenas 60 bilhões são de matéria
conhecida.
Fonte: Espacoecologiconoar.com.br
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