Poeira da Lua coletada pela missão Apollo 11 é encontrada mais de 40 anos depois
Os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin, os primeiros homens a pisar na superfície da Lua, coletaram algumas amostras de poeira lunar quando fizeram parte da missão Apollo 11, em 1969, e mais de 40 anos depois, os vidros com a poeira do satélite foram encontrados por uma pesquisadora. As amostras estavam armazenadas em um setor de artefatos do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, nos Estados Unidos. A notícia saiu no Mashable.
"Nós não sabemos como ou quando elas foram parar no armazenamento do laboratório", afirmou Karen Nelson, responsável pela descoberta. A pesquisadora se deparou com 20 frascos com rótulos escritos a mão e datados de 24 de julho de 1970, embalados em uma jarra a vácuo. Junto com os frascos, um artigo científico publicado na revista Proceedings of Second Lunar Science Conference de 1971, intitulado 'Estudos de compostos de carbono na Apollo 11 e Apollo 12 retornaram com amostras lunares', também foi encontrado.
Os autores do estudo eram todos da Universidade da Califórnia, do Laboratório de Ciências Espaciais de Berkeley. O projeto contava ainda com a coautoria do ganhador do Prêmio Nobel, Melvin Calvin, que trabalhou em parceria com a NASA para proteger a Lua de uma possível contaminação durante o primeiro pouso, bem como proteger os astronautas de patógenos que pudessem estar escondidos na poeira lunar. A pesquisadora acredita que as amostras deveriam ter sido devolvidas para a NASA após a conclusão do estudo, mas algo aconteceu de errado e elas ficaram armazenadas no laboratório.
Karen Nelson contatou os especialistas do Laboratório de Ciências Espaciais logo após ter descoberto as amostras e eles se mostraram muito surpresos em saber que esses frascos estavam em outro laboratório. Logo em seguida, a pesquisadora entrou em contato com a NASA, que a autorizou a remover os frascos da jarra antes de mandá-los de volta para a agência espacial.
Ao todo, os astronautas que participaram das missões à Lua entre os anos de 1969 e 1970 trouxeram para a Terra cerca de 382 quilogramas de amostras, e muito pouco desse montante está desaparecido. Segundo Ryan Zegler, curador do Johnson Space Center em Houston, Texas, das 68 gramas de amostras enviadas para a equipe do químico Calvin em 1970, somente 50 gramas voltaram para a NASA. A agência afirma que as 18 gramas perdidas foram destruídas em testes.
"Dadas as distâncias tomadas para preservar as amostras, esta não parece ter sido uma tentativa de engano deliberado, mas provavelmente uma falha de comunicação, onde parte do material foi mantido para futuros estudos que nunca aconteceram", disse Zegler sobre a descoberta das novas amostras. "Por que eles nunca foram devolvidos não está claro". Os frascos foram encaminhados para os cofres da NASA e é possível que as amostras sejam usadas para outros estudos.
Fonte: http://canaltech.com.br
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