*O Começo da Astronomia
É provável que os homens primitivos conhecessem algumas formas organizadas no céu. O começo registrado da Astronomia ocorreu por volta de 3.000 A . C. Os corpos celestes eram da maior importância prática para as tribos mais antigas. Enquanto o Sol fornecia luz e calor durante o dia, a Lua fornecia luz durante a noite. O homem tinha meios de regular a vida através do comportamento regular do nascer e do por do sol, das fases da Lua, bem como das posições do Sol em relação às estrelas, em estações diferentes.
Os primeiros observadores do céu tinham o Sol como um deus e a Lua como uma deusa. Para eles as estrelas eram luzes fixas num hemisfério sólido sob o qual se estendia a terra plana. Os eclipses, cometas e estrelas cadentes consistiam em manifestações dos deuses que controlavam o destino da humanidade. Afirmavam antigamente que a Terra era apoiada no dorso de quatro enormes elefantes de pé sobre imensa tartaruga. Esta se apoiava numa serpente que flutuava num oceano sem limites.
Os acontecimentos astronômicos foram primeiramente registrados pelas grandes civilizações conhecidas. Primeiramente as que se desenvolveram na China, Índia, América do Sul e Oriente Médio. Os velhos registros oferecem dificuldades para análise, mas é quase certo que os chineses, há uns cinco mil anos, já haviam construído relógios de sol de tipo avançado e estabelecido um calendário de 365 dias. Os chineses pensavam que o Sol fora engolido por um enorme dragão quando acontecia um eclipse. Toda a população se reunia para fazer o máximo de barulho para espantá-lo. Ligada a essa crença há a história dos infelizes astrônomos Hsi e Ho, que deixaram de prever um eclipse do Sol, pois deveriam prevê-lo com antecedência para que o povo pudesse espantar o dragão.
Como colocaram a segurança do mundo em risco, foram executados. A par
de todas essas crenças, surgiram povos que conseguiram alcançar grandes
conhecimentos, e no ano 2.500 A . C., pelo menos cinco "estrelas
errantes" ou planetas eram conhecidos e alguns deles devem ter sido
conhecidos bem antes.
Créditos: Paulo Américo de Paiva Pinheiro -
Depto. Astronomia da SIFETE