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Uma galáxia difícil de classificar

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A galáxia Messier 86 já é conhecida dos astrônomos há mais de dois séculos, mas ainda não se sabe se ela é elíptica ou lenticular Messier 86: ainda não se sabe se essa galáxia tem formato elíptico ou lenticular. Crédito: ESA/ Hubble/Nasa/P. Cote et al. A galáxia Messier 86, aqui em imagem do Telescópio Espacial Hubble da Nasa/ESA (as agências espaciais americana e europeia), ainda é um enigma para os astrônomos. Apesar de ter sido descoberta há mais de 235 anos pelo astrônomo Charles Messier, os cientistas não chegaram a uma conclusão sobre se ela é elíptica ou lenticular (ou seja, um cruzamento entre uma galáxia elíptica e uma espiral).   Parte do aglomerado de galáxias da constelação de Virgem, a Messier 86 está situada a cerca de 50 milhões de anos-luz da Terra. A galáxia está se movendo pelo espaço de modo notavelmente rápido: sua trajetória atual a leva em nossa direção, de volta ao centro do aglomerado do outro lado, a mais de 875 mil quilômetros por hora. Devid

A busca por candidatos a buraco negro

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Astrônomos conceituam que na formação dos grandes buracos negros estão buracos negros médios – até hoje não constatados e objeto de uma procura intensa Galáxia NGC1313: sua fonte emissora de raios X pode se encaixar no perfil dos objetos procurados pelos astrônomos. Crédito: ESO Na vastidão do universo, os buracos negros mais pesados ​​ cresceram a partir de sementes. Alimentadas pelo g á s e poeira que consumiram, ou pela fusão com outros objetos densos, essas sementes cresceram em tamanho e peso para formar os centros das galáxias, como a Via Láctea. Mas, diferentemente do reino das plantas, as sementes de buracos negros gigantes devem ter sido buracos negros também. E ninguém encontrou essas sementes – ainda. Uma ideia é que buracos negros supermassivos (equivalentes, em massa, a centenas de milhares de bilhões de estrelas) cresceram a partir de grupos de buracos negros menores nunca vistos antes. Esse grupo, os “buracos negros de massa intermediária”, pesaria algo

Planeta Nove pode ser um buraco negro primordial, sugerem novas pesquisas

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Um novo estudo conduzido pelos astrônomos Jakub Scholtz, da Universidade de Durham (Inglaterra), e James Unwin, da Universidade de Illinois (EUA), sugere que, ao invés de um planeta flutuante, o que se esconde nos confins do sistema solar seja na verdade um buraco negro primordial. Planeta 9 Você já deve ter ouvido falar da teoria do Planeta Nove, um planeta solitário que estaria orbitando o sol a uma distância de cerca de 300 a 1.000 UA (unidades astronômicas, equivalentes à distância média entre a Terra e o sol).  Tal planeta nunca foi encontrado; sua possível existência foi inferida por sinais que, dizem Scholtz e Unwin, também poderiam indicar a presença de um buraco negro primordial. O que é um buraco negro primordial? Um buraco negro primordial é um objeto hipotético que corresponde a um buraco negro relativamente pequeno e antigo, formado como consequência de flutuações de densidade no início do universo, logo após o Big Bang.   Os cientistas pensam que, se

Detalhes de uma água-viva cósmica

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Foto de fluxos de gás saindo da galáxia ESO 137-001 ajuda a compreender as condições necessárias para a formação de novas estrelas em ambientes intensos e mutáveis A galáxia ESO 137-001 e seus tentáculos de gás: janela para se entender a formação estelar em ambientes como esse. Crédito: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/P. Jachym (Czech Academy of Sciences) et al. Com o auxílio dos “olhos” do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) e do Very Large Telescope do ESO (VLT), astrônomos mapearam os tentáculos de uma água-viva cósmica: uma série de fluxos de gás saindo de uma galáxia espiral chamada ESO 137-001.   Esse animal celeste pode ser visto na imagem com todo o detalhe. Os vários elementos que compõem a imagem foram capturados por diferentes telescópios. A galáxia e seus arredores foram observados pelo Telescópio Espacial Hubble da Nasa/ESA. Seus tentáculos, que mostram fluxos de hidrogênio e aparecem em tons de violeta brilhante, foram observados pelo instrumento MUSE

O Gás, a Poeira e as Estrelas da Nebulosa do Pelicano

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A Nebulosa do Pelicano está a ser transformada lentamente. IC 5070, a sua designação oficial, é dividida da maior Nebulosa da América do Norte por uma nuvem molecular repleta de poeira escura. O Pelicano, no entanto, é muito estudado porque é uma mistura particularmente ativa de formação estelar e de nuvens de gás em evolução.   A imagem em destaque foi produzida em três cores específicas - luz emitida pelo enxofre, hidrogénio e oxigénio - que nos podem ajudar a entender melhor estas interações. A luz das jovens estrelas energéticas está a transformar lentamente o gás frio em gás quente, com a fronteira em avanço entre os dois, conhecida como frente de ionização, visível em laranja brilhante à direita. Permanecem tentáculos particularmente densos de gás frio. Daqui a milhões de anos, esta nebulosa poderá já não ser conhecida como Pelicano, pois o equilíbrio e a posição das estrelas e do gás certamente deixarão algo que tem um aspeto completamente diferente. Crédito: Yannick

A nova simulação de buraco negro da NASA é fascinante

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A primeira fotografia de um buraco negro, gerada com colaboração internacional do Telescópio Event Horizon, é uma das conquistas científicas mais impressionantes da última década. A roda laranja desfocada que fica do outro lado do universo custou uma quantidade colossal de dados e inteligência para ser observada.   Porém, por mais inspirador e assustador que seja, não tem muito o que ver nela. Mas a nova visualização da NASA é absolutamente fascinante. A assombrosa visualização, gerada por Jeremy Schnittman através um software criado no Centro de Vôo Espacial Goddard da NASA, lembra o buraco negro Gargantua do filme Interestelar, mesclado com a imagem do Event Horizon, e mostra como a gravidade da galáxia afunda o espaço-tempo ao seu redor. Buracos negros são locais incrivelmente densos do espaço com gigantesca força gravitacional. Seu poder é tão monstruoso que sequer a luz consegue escapar. Isso mesmo que você leu: quando a luz passa muito perto de um buraco negro ela é

Astrofísicos podem finalmente ter encontrado algo mais rápido que a velocidade da luz

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Os cientistas descobriram que as explosões de raios gama podem exceder a velocidade da luz e causar eversibilidade no tempo. De acordo com a relatividade geral de Einstein, nada poderia viajar mais rapidamente do que a velocidade da luz no vácuo. Mas no espaço muitas coisas bizarras ocorrem, incluindo esta nova pesquisa de dois astrofísicos: rajadas de raios gama poderiam acelerar a uma velocidade maior que a da luz, chegando a níveis superluminais. Curiosamente esse estudo não vai contra a teoria de Einstein. Os astrofísicos Jon Hakkila e Robert Nemiroff (EUA) descobriram que apesar dessas explosões ultrapassarem a velocidade da luz nas nuvens de gás ao redor de si, isso só acontece nos meios de transmissão dos jatos, não no vácuo. Os cientistas também dizem que os jatos superluminais poderiam causar a reversibilidade temporal que pode costuma ser observada nas curvas de luz das rajadas de raios gama. Jon Hakkila fez a analogia de que seria como as pedras que salta

Enigmática explosão rádio ilumina o halo tranquilo de uma galáxia

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Com o auxílio do Very Large Telescope do ESO, os astrônomos observaram pela primeira vez uma rápida explosão de ondas rádio passando por um halo galáctico. Com uma duração de menos de um milissegundo, esta enigmática explosão de ondas rádio cósmicas chegou quase imperturbável até à Terra, sugerindo assim que o halo da galáxia atravessado tem uma densidade surpreendentemente baixa e um campo magnético bastante fraco. Esta nova técnica poderá ser usada para explorar halos esquivos de outras galáxias.  Utilizando um mistério cósmico para investigar outro, os astrônomos analisaram o sinal de uma rápida explosão rádio no intuito de estudarem o gás difuso existente no halo de uma galáxia massiva.  Em novembro de 2018, o radiotelescópio ASKAP (Australian Square Kilometre Array Pathfinder) observou uma rápida explosão de ondas rádio, chamada FRB 181112.  Observações de acompanhamento com o Very Large Telescope (VLT) e outros telescópios revelaram que os pulsos de rádio passaram pelo hal

Satélite da Nasa registra pela primeira vez o momento em que estrela é 'devorada' por buraco negro supermassivo

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Descoberta inédita de astrônomos identifica as chamadas 'perturbações de maré', ou TDE. O fenômeno é resultado dos efeitos gravitacionais de quando as forças de um buraco negro dominam a gravidade de um corpo celeste e o despedaçam. Ilustração mostra o momento em que o buraco negro "captura" a estrela, modelo é feito a partir de dados captados por satélites e são transformados em desenho – Ilustração: Robin Dienel/Carnegie Institution for Science A agência espacial norte-americana (Nasa) observou pela primeira vez o momento em que uma estrela é "engolida" por um buraco negro supermassivo. No estudo publicado nesta quinta-feira (25) pela revista "The Astrophysical Journal", cientistas defendem que descoberta é um marco para entender mais sobre este fenômeno. Segundo os astrônomos, o que o satélite capturou foi a destruição de uma estrela por meio de efeitos gravitacionais – as chamadas "perturbações de maré", ou da sigla e

O vulcão mais poderoso da lua de Júpiter, Io, está prestes a explodir

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Imagem em cores falsas de um vulcão em Io, conforme capturada pela sonda Galileo da NASA  NASA / JPL O maior e mais poderoso vulcão da lua de Júpiter, Io, entra em erupção como um relógio e está pronto para explodir novamente em breve. Também parece que o intervalo entre as erupções está diminuindo, mas não sabemos o porquê. Normalmente, é difícil prever quando os vulcões entrarão em erupção, porque há muitas forças geológicas diferentes em jogo. Mas este vulcão em Io, chamado Loki, em homenagem ao deus nórdico trapaceiro, clareia e escurece periodicamente, e esses períodos luminosos nos levam a explosões iminentes. “Às vezes, por algumas centenas de dias, será bem escuro, não haverá muita coisa acontecendo. E então por mais algumas centenas de dias seguidos, será 15 a 20 vezes mais brilhante quando estiver ativo ”, diz Julie Rathbun no Instituto de Ciência Planetária do Arizona. Ela apresentou suas últimas observações de Loki em 17 de setembro em uma reunião conjunta d