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Mapeando uma fusão

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Crédito: SO/ESA/Hubble & NASA/J. Weaver et al. Esta imagem incomum mostra o resultado de uma colisão catastrófica entre duas galáxias, a qual ocorreu há cerca de um bilhão de anos atrás. Desta colisão resultou uma única galáxia de forma muito estranha chamada NGC 7252, à qual se deu o curioso apelido de galáxia Átomos para a Paz. No coração deste resto da fusão podemos ver uma interessante “miniespiral” — um disco de gás brilhante em rotação, onde ocorre formação estelar intensa. Com o auxílio do instrumento VIMOS (Visible Multi-Object Spectrograph) montado no Very Large Telescope do ESO, astrônomos conseguiram medir o movimento do gás no interior deste disco, o que lhes permitiu mapear a sua rotação. As regiões vermelhas indicam gás que se afasta de nós, enquanto as regiões azuis assinalam gás movendo-se na nossa direção. Em conjunto, estas cores revelam o movimento de rotação contínuo do centro da galáxia, destacando também duas correntes de gás quente a nor

Exoplaneta rochoso e do tamanho da Terra não tem atmosfera

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Esta impressão de artista mostra o exoplaneta LHS 3844b, com 1,3 vezes a massa da Terra e em órbita de uma estrela anã M. De acordo com observações pelo Telescópio Espacial Spitzer da NASA, a superfície do planeta pode estar coberta sobretudo por rocha vulcânica escura, sem nenhuma atmosfera aparente.  Crédito: NASA/JPL-Caltech/R. Hurt (IPAC) Um novo estudo usando dados do Telescópio Espacial Spitzer da NASA fornece um raro vislumbre das condições à superfície de um planeta rochoso que orbita uma outra estrela que não o Sol. O estudo, publicado esta semana na revista Nature, mostra que a superfície do planeta poderá ser semelhante à da Lua ou à de Mercúrio: o planeta provavelmente tem pouca ou nenhuma atmosfera e pode estar coberto pelo mesmo material vulcânico refrigerado encontrado nas áreas escuras da superfície da Lua, chamadas mares. Descoberto em 2018 pela missão TESS (Transiting Exoplanet Satellite Survey) da NASA, o planeta LHS 3844b está localizado a 48,6 anos-luz d

Uma fantasia passageira

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Esta Imagem da Semana do  Telescópio Espacial Hubble  da  NASA / ESA  mostra a NGC 5307, uma nebulosa planetária que se encontra a cerca de 10000 anos-luz da Terra.  Pode ser visto na constelação  Centaurus  (O Centauro), que pode ser visto principalmente no hemisfério sul.  Uma nebulosa planetária é o estágio final de uma estrela semelhante ao Sol.  Como tal, as nebulosas planetárias nos permitem um vislumbre do futuro do nosso próprio Sistema Solar.  Uma estrela como o nosso Sol irá, no final da sua vida, transformar-se numa  gigante vermelha  .  As estrelas são sustentadas pela  f usão nuclear  que ocorre em seu núcleo, que cria energia.  Os processos de fusão nuclear tentam constantemente separar a estrela.  Apenas a gravidade da estrela impede que isso aconteça.  No final da fase gigante vermelha de uma estrela, essas forças se tornam desequilibradas.  Sem energia suficiente criada pela fusão, o núcleo da estrela colapsa em si mesmo, enquanto as camadas da superfície são e

Estamos mais perto de resolver o mistério do metano em Marte

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Os cientistas deram um importante passo em frente na descoberta da misteriosa fonte de metano em Marte, refinando as estimativas do gás na atmosfera do planeta.    O metano que "sopra" de uma enorme cratera em Marte pode ser um sinal de vida ou outra atividade não biológica sob a superfície do planeta.  A cratera Gale, que mede 154 km em diâmetro e tem aproximadamente 3,8 mil milhões de anos, é considerada por alguns como um antigo leito de um lago.   A equipe conseguiu melhorar a estimativa do metano usando dados de um satélite, o ExoMars TGO (Trace Gas Orbiter), e do rover Curiosity, que recolhe amostras de rochas, solo e ar para análise a bordo.   O Dr. John Moores, investigador da Universidade Nacional Australiana (ANU, "Australian National University") mas atualmente na Universidade de York, Canadá, que liderou o novo estudo, disse que os cientistas especularam por mais de uma década qual seria a fonte do metano em Marte.   "Este novo

Podem existir até 10 bilhões de planetas parecidos com a Terra na nossa galáxia

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Um novo estudo publicado na revista The Astronomical Journal nesta semana conclui que um planeta parecido com a Terra orbita um a cada quatro estrelas parecidas com o sol. Isso quer dizer que poderia haver até 10 bilhões de planetas parecidos com a Terra apenas na Via Láctea. Este trabalho foi conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia (EUA), que usaram dados do telescópio Kepler da NASA.   Esta estimativa é um dado importante para a procura por vida alienígena, já que planetas com potencial de vida são aqueles parecidos com o nosso. Ou seja, estamos procurando por planetas mornos e que contêm água líquida. Este estudo pode ajudar a guiar missões futuras que estão à procura de planetas com sinais de vapor de água e oxigênio. Conseguimos muito mais retorno de nossos investimentos se soubermos quando e onde procurar”, explica um dos autores do estudo, Eric Ford, ao Business Insider.   A equipe de Ford definiu um planeta parecido com a Terra como aque

A Morte de uma Estrela

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  A imagem acima feita pelo Telescópio Espacial Hubble, mostra uma cena escura e sombria na constelação de Gêmeos. O objeto dessa imagem confundiu os astrônomos que o estudaram pela primeira vez, ao invés de ser classificado como sendo um único objeto ele foi registrado como sendo dois objetos devido à sua estrutura de lobos, conhecido como NGC 2371 e NGC 2372, ou as vezes referido de forma conjunta como NGC 2371/72. Esses dois lobos visíveis na parte superior esquerda e inferior direita do frame, formam algo que é conhecido como uma nebulosa planetária. Apesar do nome, essas nebulosas nada tem a ver com planetas. A NGC 2371/2 se formou quando uma estrela parecida com o Sol atingiu o fim da sua vida e expeliu suas camadas externas, junto com o material e empurrando tudo isso para o espaço, deixando para trás apenas uma remanescente estelar superaquecida. Essa remanescente é visível como uma estrela de tonalidade laranja, no centro do frame, entre os dois lobos. A estrutura

Falhas descobertas em estrelas de nêutrons revelam segredos

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As estrelas de nêutrons não são apenas os objetos mais densos do Universo, mas também giram muito rápido e regularmente, até deixarem de fazê-lo.    Ocasionalmente, estas estrelas de nêutrons começam a girar mais rápido, devido a partes do interior da estrela se movendo para fora. É chamado de “falha” e fornece aos astrônomos uma breve visão sobre o que está dentro desses objetos misteriosos. Em um artigo publicado na revista Nature Astronomy, uma equipe da Universidade Monash, da Universidade McGill e da Universidade da Tasmânia estudaram a Vela Pulsar, uma estrela de nêutrons no céu do sul, que fica a 1.000 anos-luz de distância. Segundo o principal autor do artigo, Dr. Greg Ashton, da Monash School of Physics and Astronomy, Vela é famosa – não apenas porque apenas 5% dos pulsares são conhecidos por apresentarem falhas, mas também porque Vela “falha” cerca de uma vez a cada três anos, se tornando uma favorita para os “caçadores de falhas”, como o Dr. Ashton e seu colega,

LUA brilha mais do que o SOL em imagens do FERMI da NASA

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Estas imagens mostram a visão cada vez mais aprimorada do brilho de raios-gama da Lua do Telescópio Espacial de Raios-gama Fermi da NASA. Cada imagem de 5 por 5 graus é centrada na Lua e mostra raios-gama com energias acima dos 31 milhões de eletrões-volt, dezenas de milhões de vezes superiores à da luz visível. Nestas energias, a Lua é realmente mais brilhante do que o Sol. As cores mais brilhantes indicam um maior número de raios-gama. Esta sequência de imagens mostra como exposições mais longas, variando de dois a 128 meses (10,7 anos), melhorou a visão. Crédito: NASA/DOE/Colaboração LAT do Fermi Se os nossos olhos pudessem ver radiação altamente energética chamada raios-gama, a Lua pareceria mais brilhante do que o Sol! É assim que o Telescópio Espacial de Raios-gama Fermi da NASA tem visto o nosso vizinho no espaço ao longo da última década.  As observações de raios-gama não são sensíveis o suficiente para ver claramente a forma de disco da Lua ou quaisquer característi

Misteriosas estrelas negras podem ter criado os buracos negros supermassivos

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Uma nova teoria tenta explicar a origem dos misteriosos buracos negros supermassivos que estão no centro de quase todas as galáxias. E fala que suas origens podem remontar a outro misterioso e hipotético objeto do universo primitivo: as estrelas negras.  Estudos sugerem que estrelas negras seriam feitas do mesmo material que estrelas normais – ou seja, hidrogênio e hélio. Uma questão crucial, contudo, leva os cientistas a crer que essas estrelas não são somente feitas desses materiais.   Por serem um dos primeiros tipos de estrelas formadas após o Big Bang, uma quantidade significativa de partículas massivas que interagem fracamente (WIMPs), uma candidata à matéria escura, poderia estar presente nas composições das estrelas negras. Essas WIMPs poderiam se aniquilar e manter o núcleo da estrela estável para não entrar em colapso gravitacional, como o que ocorre com as estrelas atuais. Para a revista Astronomy, a pesquisadora Katherine Freese, da Universidade do Texas, diss

Uma estrela supermassiva explodiu e não deixou nada para trás

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A vida de uma estrela massiva normalmente termina numa dramática explosão, lançando uma grande quantidade de energia e deixando para trás um buraco negro ou uma estrela de nêutrons. Mas isso não acontece sempre. Os pesquisadores já suspeitavam a muito tempo que estrelas com uma determinada massa poderiam explodir de maneira que não deixassem nada para trás. A supernova SN 2016iet pode ser um desses casos. Ela é descrita pelos pesquisadores como sendo uma supernova de instabilidade de par, ou uma supernova de instabilidade de par instável. Nesse tipo de evento, as camadas externas colapsam com tanta energia que são produzidos   raios gama que posteriormente são convertidos em pares de   elétrons e pósitrons.  A produção de matéria e anti-matéria a partir de raios gama se propaga por toda a estrela. Os pares de partículas e anti-partículas continuam a se formar e se aniquilar, levando a uma explosão que não deixa nada para trás. A equipe foi capaz de estimar a composição qu