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É hora de dar tchau!

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Na quinta-feira (30), logo no comecinho da noite, chegou ao fim uma missão espacial muito bem sucedida, a Messenger. Destinada a estudar Mercúrio em detalhes, ela foi lançada em agosto de 2004 e, após seis anos e meio de viagem que incluíram três sobrevoos ao planeta, ela foi colocada em órbita elíptica em março de 2011. Na verdade, a Messenger foi a primeira sonda a orbitar o menor e menos conhecido planeta do Sistema Solar. Antes dela, a Mariner 10 passou por lá em março de 1974, efetuando 3 sobrevoos antes de seu combustível acabar e entrar em órbita do Sol. Até 2011, o que tínhamos de informações sobre Mercúrio era fruto dos sobrevoos da Mariner 10 e, claro, das observações em Terra. Só que por causa da sincronia dos sobrevoos da Mariner, ela sempre fotografou a mesma face do planeta. Como resultado, menos de 45% da superfície do planeta foi mapeada, ou seja, muita coisa ainda precisava ser feita, mas o pouco que foi mapeado mostrou que, no geral, a aparência de Mercúri

Há pelo menos 11 galáxias errantes circulando pelo universo

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De vez em quando, os astrônomos observam uma estrela fugitiva, que está rodando sozinha por toda galáxia a uma velocidade vertiginosa. Porém, as estrelas não são as únicas coisas que, ocasionalmente, dão a louca no vazio cósmico: muitas vezes as galáxias saem de casa para nunca mais voltar. Astrônomos do Centro Smithsonian para Astrofísica de Harvard (EUA) já viram 11 galáxias errantes que estão girando pelo espaço intergaláctico a até 6 milhões de quilômetros por hora. Cada um desses montes de estrelas ultrapassou a velocidade de escape, o que significa que estão quebrado os laços gravitacionais que as seguram na sua vizinhança cósmica. A descoberta dessas exiladas solitárias foi publicada nesta semana na revista “Science”. Os pesquisadores descobriram esses nômades galácticos enquanto garimpavam arquivos de dados astronômicos em busca de elípticas compactas, uma classe relativamente nova de pequenas galáxias que, acredita-se, se formam quando um grupo de estrelas se separa

Rachaduras nas paredes do Universo

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A maior descoberta de 2014 pode ter sido uma ilusão. Mesmo assim, ela serve para lembrar algo especial: que somos mais do que meros observadores do cosmos.  Entenda Depois do céu , tem outro céu. Sem estrelas. Se você voar alto o bastante, uma hora sai da Via Láctea. As estrelas vão ficar lá embaixo, confinadas em braços espirais. Mas ainda vai existir um céu, e ele será pontilhado de galáxias. E depois desse céu, tem outro céu. Sem galáxias. É o que os telescópios mostram. Para além das galáxias, o que existe é uma sopa de radiação. Um caldo onipresente - que os astrônomos chamam de "radiação cósmica de fundo". "De fundo" porque permeia tudo o que dá para ver além do domínio das galáxias. Para qualquer canto que você apontar um telescópio, essa radiação vai estar lá. Na prática, ela forma as paredes do Universo.  E foi nessas paredes que podem ter feito, em março deste ano, uma das descobertas mais bonitas da história. Essas paredes já eram bem conhecidas. E

O que são estrelas do tipo Wolf-Rayet?

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Estrelas do tipo Wolf-Rayet são estrelas massivas e quentes que perdem as suas massas rapidamente. Saiba tudo sobre elas. As estrelas do tipo Wolf-Rayet pode são até 20 vezes mais massivas do que o nosso Sol, mas perdem rapidamente a sua massa por meio de ventos solares muito fortes. Ou seja, são estrelas que vivem rápido e morrem jovens. Claro que elas não foram sempre assim. O Wolf-Rayet é um estágio normal na evolução de estrelas massivas, na qual linhas de emissão de hélio e nitrogênio (no caso das Wolf-Rayet do tipo WN) ou de hélio, carbono e oxigênio (nas do tipo WC) são visíveis. A fase final da vida dessas estrelas é a mais famosa; é quando elas explodem como uma supernova e semeiam o universo com elementos cósmicos. Mais especificamente, as Wolf-Rayets se tornam supernovas do tipo II. Essas supernovas são o colapso gravitacional de estrelas enormes, com pelo menos dez massas solares. A presença de hidrogênio é o que distingue as do tipo II de outras classes de su

O mapa do universo

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Os astrofísicos criaram um mapa 3D do nosso universo. Ele se estende por quase dois bilhões de anos-luz e é o desenho mais completo da nossa vizinhança cósmica até agora. O mapa esférico de superaglomerados de galáxias levará a uma maior compreensão de como a matéria é distribuída e fornecerá informações importantes sobre a matéria escura, um dos maiores mistérios da física. O mapa foi criado pelos professores Mike Hudson, Jonathan Carrick e Stephen Turnbull, do Departamento de Física e Astronomia da Universidade de Waterloo, no Canadá, e Guilhem Lavaux, do Instituto de Astrofísica de Paris e do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França. “A distribuição de galáxias não é uniforme e não tem nenhum padrão. Ela tem picos e vales muito parecidos com uma cadeia de montanhas. Isto é o que é esperado se a estrutura em larga escala se origina de flutuações quânticas do início do universo”, explica Hudson. As áreas azuis e brancas mais leves no mapa representam maiores concent

NUSTAR captura possiveis gritos de estrelas zombie

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O NuSTAR obteve uma nova imagem de raios-X altamente energéticos (magenta) do centro movimentado da Via Láctea. O círculo mais pequeno mostra o centro da nossa Galáxia, onde a imagem do NuSTAR foi capturada. Crédito: NASA/JPL-Caltech Perscrutando o coração da Via Láctea, o NuSTAR (Nuclear Spectroscopic Telescope Array) da NASA avistou um brilho misterioso de raios-X altamente energéticos que, de acordo com os cientistas, podem ser os "uivos" de estrelas mortas à medida que se alimentam de companheiras estelares. "Com as imagens do NuSTAR, nós podemos ver um componente completamente novo do centro da nossa Galáxia," afirma Kerstin Perez da Universidade de Columbia em Nova Iorque, autora principal de um novo artigo sobre os achados, publicado na revista Nature. "Nós ainda não podemos explicar definitivamente o sinal de raios-X - é um mistério. Mais trabalho precisa ser feito." O centro da Via Láctea está repleto de estrelas jovens e velhas, buraco

Os Pilares da Criação revelados em 3D

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Novo estudo sugere que estruturas icônicas poderiam também ser chamadas de Pilares da Destruição Esta visualização da estrutura tridimensional dos Pilares da Criação no centro da região de formação estelar Messier 16 (também chamada Nebulosa da Águia) baseia-se em novas observações do objeto obtidas pelo instrumento MUSE montado no Very Large Telescope do ESO, no Chile. Os pilares são constituídos, na realidade, por várias partes distintas de cada lado do aglomerado estelar NGC 6611. Nesta ilustração, a distância relativa entre os pilares ao longo da linha de visão não está em escala. Crédito:ESO/M. Kornmesser Com o auxílio do instrumento MUSE montado no Very Large Telescope do ESO , astrônomos criaram a primeira imagem completa em três dimensões dos famosos Pilares da Criação na Nebulosa da Águia, ou Messier 16. As novas observações mostram como é que os diferentes pilares de poeira deste objeto icônico estão distribuídos no espaço e revelam muitos detalhes novos - inclui

Como seria viver nas luas de Úrano

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Úrano seria um difícil de habitar, mas as suas luas contam uma história diferente. Saiba como seria viver em Titânia e Miranda, as duas maiores luas de Urano. Ao todo, Úrano tem 27 luas conhecidas, e os seus cinco maiores satélites são muitas vezes consideradas grandes luas. Se quiséssemos estabelecer bases permanentes em satélites de Úrano, Titânia e Miranda seriam os alvos principais. Titânia apresenta a gravidade mais forte (quase 4% da Terra), e Miranda tem uma superfície madura para a exploração. Uma vez que a Voyager 2 foi a única nave espacial a visitar o sistema de Úrano, ainda não sabemos muito sobre as luas do planeta. Quando a Voyager 2 passou por lá, em 1986, era inverno e escuro em todo o hemisfério norte de todas as luas, por isso, só se podia ver uma parte dos seus hemisférios sul. Assim, verificou-se que o hemisfério sul de Titânia tem inúmeras crateras e acidentes geográficos tectónicos, incluindo canyons e falhas, alguns dos quais poderiam ser locais in

Universo pode acabar em um "vazio" escuro?

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Modelo padrão da cosmologia A cosmologia passou por uma mudança de paradigma em 1998, quando pesquisadores anunciaram que a taxa de expansão do Universo estaria se acelerando. Hoje já há dúvidas sobre a velocidade de aceleração dessa expansão do Universo , mas o fato é que a ideia de um tipo de energia desconhecida - chamada de energia escura - constante ao longo do espaço-tempo, funcionando então como uma constante cosmológica, tornou-se o modelo padrão da cosmologia. Agora, astrofísicos acreditam ter encontrado uma descrição melhor para o que está acontecendo, o que pode incluir a transferência de energia entre a energia escura e a matéria escura. Valentina Salvatelli e Najla Said, da Universidade de Roma, na Itália, usaram dados de uma série de pesquisas astronômicas, incluindo o SDSS ( Sloan Digital Sky Survey ), que recentemente divulgou o primeiro mapa da matéria escura , para testar diferentes modelos de energia escura. E os dados não se encaixaram muito bem dentr

Por quanto tempo o planeta Terra permanecerá habitável? Menos do que você imagina

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De acordo com astrobiólogos da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, as condições de habitabilidade da Terra estão garantidas por mais cerca de 1,75 bilhão de anos. Mas isso não é tanto assim como você imagina. As descobertas, que foram publicadas este mês na revista Astrobiology, revelam o “prazo de validade” para a vida no planeta Terra com base em diversas variáveis, incluindo a distância do nosso planeta até o Sol e a variação de temperatura em que é possível ainda haver água líquida por aqui.  A equipe de pesquisa observou as estrelas em busca de inspiração. Usando planetas recentemente descobertos fora do nosso sistema solar (os chamados exoplanetas) como exemplos, os cientistas investigaram o potencial desses mundos para abrigar vida. A pesquisa foi conduzida por Andrew Rushby. “Para fazer essas estimativas, nós usamos o conceito de ‘zona habitável’, que é calculado por meio da distância de um planeta da sua estrela em que as temperaturas ainda são propícias pa